Manipulação da informação?

Claro que é grave acusar sem provas, e não o irei fazer. Não faço a menor ideia se foi ou não verdade a dita acusação de intervenção de um assessor do Primeiro Ministro tentando actuar sobre um noticiário da RTP.
Até pode ser que, naquele caso em concreto, não se tivesse passado nada do que se afirma. Mas, basta andar de olhos abertos para ver que sempre, mas sempre, a TV pública foi era é a TV oficial. Com raríssimas excepções, a cobertura que se dá aos acontecimentos fá-lo com os holofotes preparados com lâmpadas que fazem brilhar as acções do «poder» e deixam na sombra as que podem incomodar.
Sempre assim foi. Aliás seria ingenuidade pensar de outro modo, todos sabemos a arma poderosíssima que é a Televisão. Não quero dizer que a pressão se faça às claras e descaradamente. Se calhar de vez em quando lá acontece, e daí a bronca. De um modo geral é mais subtil, mais ‘subliminar’, mas a mensagem chega onde se quer! Reparem quando se aproxima tempo de eleições, o «tempo de antena» a mais que quem está no governo tem sempre. E como é fácil, disfarçar ou deixar cair no esquecimento, intervenções de pessoas ‘indesejáveis’. Este de que se fala agora é apenas um caso onde o escândalo foi maior, ou de zanga de comadres.