sexta-feira, novembro 10, 2006

A água e o seu preço relativo

O relatório de Desenvolvimento Humano de 2006 chama a atenção para um facto chocante "a água é mais cara para os que têm menos possibilidades económicas".
Ficamos a pensar como é que pode ser, mas os exemplos dizem que as famílias mais pobres de El Salvador, Nicarágua e Jamaica, por exemplo, gastam mais de dez por cento dos seus rendimentos em água enquanto na Inglaterra gastar mais de três por cento do rendimento familiar em água já é considerado "um indicador de dificuldade económica".
E é em países de terceiro mundo que o problema é angustioso porque ‘mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável e 2,6 mil milhões não possuem saneamento básico’ o que vai dar origem a uma espiral de causa efeito onde as consequências se vão multiplicando: As doenças provocadas pela água vão atingir naturalmente quem tem dificuldades no seu acesso e custam 443 milhões de dias lectivos por ano portanto atrasam o potencial de aprendizagem de mais de 150 milhões de crianças.
Números assustadores.

6 comentários:

Anónimo disse...

Perante estas notícias só me lembro do à vontade com que abrimos a torneira e deixamos a água correr...
É terrível não ter acesso a água!

cereja disse...

Bom dia!
É isso Méri, apear de tudo, que bom vivermos no primeiro mundo mesmo que na sua franja...

Anónimo disse...

Estou como a Méri. parece tão natural abrir a torneira e sair água boa...

Anónimo disse...

Mas mesmo os países do primeiro mundo é bom começarem a preocupar-se. Isto é um bem que não é eterno... Claro que ao ler os links que deixaste uma pessoa arrepia-se. É muita, muita gente, com uma vida de cão. (de cão vadio, que os cães domésticos até tomam banho...)

cereja disse...

É que enquanto existe água, Raphael, ela devia ser melhor repartida, não é? Iss é que é chocante.

josé palmeiro disse...

Pois é, o problema da distribuição.
São situações que se anteveem há muito tempo e que por isso não constituem novidade, infelizmente.
Bom seria que os "guardiões do mundo", metessem na cabeça que era melhor ajudar a resolver este e outros problemas, que moldar tiranos, que servem, enquanto servem e que se depõem e matam, quando não interessam. No entanto isso seria impossível porque eles também sabem, muito bem que não dando água, aos que dela necessitam, é a melhor e mais tranquila forma de dominar o mundo.