Desmoralizados?
O que se passará com as nossas «forças de segurança»? Já tinha lido uma referência a esta tendência depressiva, mas os números que leio hoje fazem pensar: este ano já tivemos 5 suicídios de polícias e pelo que aqui se diz vão em 18 em cinco anos. Decerto que as causas podem ser muitas e, pelo que tenho ido lendo aqui e ali, há em muitos casos as ditas «causas passionais» mas o certo é que não abona nada em favor da estabilidade emocional necessária a uma missão como a sua, esta atitude. A auto-agressão que é acabar com a própria vida é sinal de um desequilíbrio muito grave e, nestes casos referidos, os actos foram concretizado, não foram ‘simples’ ameaças. Parece-me que a tutela deverá preocupar-se com isto e analisar seriamente a situação.
12 comentários:
mas sugeres q esses desequilíbrios afinal suicídios podem ter na base causas profissionais específicas da função?
pois, claro q sugeres...
as forças de segurança devem ter formação específica para lidar com situações de grande tensão ( e con certeza têm, digo eu) e os seus mebros devem ser escolhidos à luz de critérios como o auto-domínio e a resistência.
O q falha?
Repara Vague, que se fala numa 'categoria profissional' aqui na notícia. Talvez se fossem contabilizados os suicídios dos enfermeiros, ou dos agentes de seguros, ou dos aviadores...
Mas na notícia fala-se de polícias, parece-me muitas mortes, e nem sequer penso que a nossa terra seja conhecida por esse tipo de actos de modo que é inquietante que haja essa percentagem entre esta classe.
é verdade, émiéle. mas penso tb precisamente noutro tipo de profissões, sujeitas a elevados níveis de profissão.
é preocupante, muito e requer análise cuidada por quem de direito...
Imagino que esteja em sintonia com o que dizes - há profissões que exigem tanto do ponto de vista psicológico que deviam ser encaradas com outro respeito. (uso o termo 'respeito' por me parecer que é o mais justo). Evidentemente que todos os trabalhos t~em as suas dificuldades e é leviano falar no trabalho dos outros como sendo mais leve ou mais pesado do que o nosso - cada um sabe do seu!
Contudo alguns casos entram pelos olhos dentro.
Há realmente profissões de grande risco psicológico, na minha opinião, bem piores do que a de "forças de segurança".
E não será porque como eles têm pistola, tem essa 'saída' facilitada? É rápido.
Há, na realidade, que olhar de frente para esta situação.
Na verdade a actual situação porque passa, não é a melhor sobres vários pontos de vista e esse apoio psicológico é um deles, mas há mais, e para mim a falta de um comando sem ambiguidades, também é determinante.
Beeeem... Não é por nada, mas aquilo é um raio de um ofício que não entra nas minhas simpatias. Naturalmente que há tipos porreiros, com certeza, mas chuis não é raça que me agrade de um modo geral. Claro que como todas as carreiras específicas da função pública apanharam a doer, que isto tem-se tentado nivelar por baixo. Quero eu dizer «nivelar por baixo» o maralhal, que lá nos TOPs não há nivelamento para ninguém, é claro (a ideia do Zé Palmeiro ali no post da greve era cómica...)
Que as condições de trabalho devem ser péssimas, acredito sem dificuldade. Mas estou como a Joaninha, creio que é o facto de ter ali a pistóla à mão de semear que provova esta hecatombe.
Eu compreendo Raphael, mas olha que há de tudo como em todas as profissões. Só que eles dão mais nas vistas...
De qualquer modo, levo em consideração vocês pensarem qe o terem a «arma à mão» pode facilitar, mas de qualquer modo lá que andam deprimidos, andam!
A mim preocupa-me o facto de andarem com a arma na mão pessoas que têm realmente estes problemas. E o meu medo não é só por eles! Ser polícia é uma profissão que envolve uma certa responsabilidade e precisa de ser desempenhada por pessoas qualificadas para isso! Já alguma vez viram um cirurgião a tremer como varas verdes? Não pode, a profissão dele não o deixa, só pode ser cirurgião se não o fizer!
Este é um assunto sério e que merece uma reflexão de quem faz os testes de aptidão...
Já me tenho questionado, que tipo de testes se faz para entrar para a polícia. Palpita-me que se avalia as suas capacidades intelectuais, e se calhar o desenvolvimento físico, mas não se pondera uma séria avaliação de personalidade.
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