quarta-feira, agosto 26, 2009

Era de esperar

Li por aí que Cavaco vetou a nova lei sobre as uniões de facto
Normal. Nada de mais.
O que me surpreende a mim é a surpresa das pessoas. Quando se votou Cavaco, sabia-se que isso implicava muitas outras escolhas. Não sou bruxa mas isso foi sempre claro para mim. Penso que quem votou naquela personagem, tinha todos os dados para saber quem ele era, o que pensava, que atitudes tinha e quais as decisões que tomaria com os poderes que lhe iam dar.
O homem que «não tinha dúvidas e raramente se enganava», agora anda com várias dúvidas, mas apenas quando as leis que são aprovadas na Assembleia da República vão ao arrepio dos seus gostos. Lendo as suas razões - ou dos seus assessores, é claro - sobre esta Lei das Uniões de Facto, até parece que se estava a propor para aí umas enormes e fundamentais alterações. Mas não seria nada de muito especial e, com essa tal lei que foi vetada por ele, não se prejudicaria ninguém, tanto quanto li, e se quiserem podem confirmar, e podia beneficiar algumas pessoas. Claro que podemos ter a ideia de que regular essa união* vai um tanto contra os «bons costumes» é certo, mas eles são cada vez menos os que aceitam os «bons costumes» felizmente.
Huuummm… No país real, a verdade é que andamos a casar ‘oficialmente’ bastante menos do que a viver-se em uniões livres. Os costumes não gostam. A Igreja não gosta.
Hoje em dia, até quem casa ‘oficialmente’ já fez um ensaio geral de como é essa coisa de viver com outra pessoa. Se gostaram, avançaram para o tal casamento. Ou gostaram mas pensaram que assim estavam bem. Ou não gostaram, e a experiência ficou por ali.
E sabemos que tal atitude não se passa apenas em Portugal, muito pelo contrário. É uma onda geral.
Mas que Cavaco e as pessoas que ele representa esteja contra, nada de mais natural. Por isso é que votaram nele!


*a única possível aos homossexuais, que é o que aqui está em causa, é claro....

30 comentários:

kika disse...

Acabem com o casamento e ponto final e com a célula familiar já agora, mistura-se para aí tudo e criam-se uumas regras de dividir filhos, bens , dividas e sei lá o que mais
Quem votou no Presidente sabia o que esperar, já era muito conhecido dos portugueses, já quem votou no Sócrates, só agora é que está a ver quem ele é.
Dois anos de união de facto e já está, ficam com a minha casa pago as dividas, etc etc
Havia muito para dizer, mas quase tudo que sai deste governo me incomoda, aparecerão aqui os bons comentadores para esclarecer melhor
se houve ou não erro com o veto.

Anónimo disse...

kika, mostraste bem a tua posição.
(Já agora, estou de acordo com as duas - quem votou Cavaco sabia ao que ia, quem votou Sócrates podia pensar que estava a votar socialista, só percebeu depois...)
Mas, repara Kika, dizes que «dois anos de união de facto e já está», mas afinal «dois meses de casamento e já está» não é? Como podemos dizer (ou dizia-se) «trinta anos de união de facto» e os irmão ou familiares do nosso companheiro ou companheira ficam com tudo o que era nosso...
O chato é afinal sempre o dinheiro.
Por outro lado, Kika, família é afecto, é amor, é carinho. Essa coisa da 'célula familiar' não pode acabar enquanto houver pais e filhos, pode é haver novos tipos dessas células.
Como aliás sempre houve.
Quando há 100 anos os bons burgueses mantinham uma família, da mulher oficial, e outra mulher e filhos, mantida 'de casa e pucarinho' afinal tinham duas famílias e a sociedade sabia e fechava os olhos.
Esse tipo de coisas cada vez se pode ver menos. Ou seja a sociedade está bem menos hipócrita.

Anónimo disse...

De resto o veto existe para se usar.
Parece que o Cavaco o está a usar muito. Deve estar convencido que agora é empatar um pouco para ter outro governo mais do seu agrado.

sem-nick disse...

E um governo do agrado do Cavaco é também do agrado de muitos de nós...?

Cá por mim, este executivo do Sócrates foi excelente para desbravar caminho para esse futuro 'governo do gosto de Cavaco' se chegar a ser eleito.
Sempre me convenci que isto estava tudo debaixo de controle.

Joaninha disse...

Um post para quebrar a serenidade do conjunto leve desta semana!

Tanto quanto já sei reconhecer os teus comentadores, imagino que quase todos vão estar de acordo, e curiosamente, era na Kika que pensei quando estava a ler, como a voz discordante, e acertei em cheio. Mas, por mim, haver várias opiniões até dá mais vida ao blog, às tantas parece um coro e isso não tem piada.
Como a minha posição - mesmo como independente que continuo a ser - é mais na área da esquerda, não só não me revejo nada «neste ps» do Sócrates, como menos ainda no psd, para não falar nas demagogias do cds.
Mas há certas críticas vindas do psd que não me dizem nada. Estou bem ralada se o homem é engenheiro ou regente agrícola, se é casado ou divorciado, se mora aqui ou ali. É verdade que pode ser chocante se mente sobre a sua vida, porque serve de medida para outras mentiras, mas o que me interessa é que políticas traçou para Portugal neste 4 anos e a que resultados chegou. Não critico tudo o que fez. Fez coisas boas, e o simplex não tendo os resultados que se desejava, melhorou muitas das coisas que precisávamos de fazer, por exemplo.
Claro que a política social foi um desastre. Mas quem a começou foi o psd, parece que há quem se esqueça.

De resto tens razão, quem se admira com o Cavaco parece não saber o que a casa gastava...

josé palmeiro disse...

Apetecia-me ser malcriado, mas vou conter-me.
Dos "dois", que falam, quem poderia desconhecer?
Pergunto-me é se o Miguel Vale D'Almeida não saberia, onde se aninhar, mas está bem cada um deita-se na cama que escolheu e pronto.
Do Aníbal, tal como da igreja, já ninguém tem qualquer dúvida, tal como do Sócrates ou melhor desse "Sócretino".
Tenhamos coragem de experimentar outras soluções, que estas, estão provadas e não servem. Dos casamentos, ajuntamentos e/ou uniões de facto não falo porque o King e a Joaninha já disseram o essencial. Quanto aos bens, se os tiverem façam doações a quem acharem merecê-las, não as deixem ao livre arbítrio, para que não haja aproveitamentos que, depois nos façam dar voltas, no nosso eterno descanso.
Desculpem-me, mas fico imensamente "mal disposto", com estas coisas.
Deixem-me chamar a vossa intenção para dois factos que marcaram o dia de ontem:
-1º - A intervenção de Marques Mendes, na Universidade de Verão do PSD.
-2º - A entrevista ao Dr. Adriano Moreira, no jornal da noite da sic notícias, pelo Mário Crespo.
Se não viram, tivessem visto, pois valeu, bem, a pena.

fj disse...

Apoiado, José Palmeiro.
O meu palpite é que a Emiéle, como tem estes posts já escritos, só vai eventualmente chamando a atenção para uma coisa ou outra que já passou.
Apesar de este tema não ter «passado». Ainda hoje há muita gente que não sabe bem que direitos tem ou não tem, e assusta-se com muita coisa que afinal não é nada demais.
(Quanto ao Vale de Almeida, ó Zé essa do 'mas está bem cada um deita-se na cama que escolheu' não sei se calhou se foi de propósito, mas digamos que "veio a propósito"; cá por mim é a politica de última hora do ps sobre os gays que o fez fazer esta estranha opção)

fj disse...

Ah, e ainda sobre a dita lei: aqui no post vem o link, que apesar de em pdf dá para ver a lei; de facto o que raio é que tem de mal, que force a um veto?... Qual é a liberdade que retira?

mary disse...

Zé Palmeiro, olha que quando foram as eleições, o que o povo anónimo podia saber do José Sócrates era que tinha sido Ministro do Ambiente do Guterres, e depois Secretário Geral do PS. E quem fosse ler o Programa (o que a gente da rua não faz, como se sabe) até acharia bem as suas propostas de criação de emprego, etc e tal. Aliás o PS tinha criticado o Código do Trabalho do Bagão!! Ahahahahah!!!
Agora, à segunda é que só cai quem quiser.

Quanto ao Aníbal, aí é mesmo certo, também não entendo o que se esperava. Cá por mim até acho que se tem portado muito bem, pensei que fosse bem pior.

A lei é grande e apesar do link só tove tempo de uma vista de olhos. Não sei porque é que a Kika acha que 2 anos é pouco, aliás para certas coisas até pedem 5 anos!! Tantos e tantos casamentos que não duram isso...

mary disse...

Já tinha clicado, e lembrei-me ainda em relação ao casamento, que muitas vezes depois do primeiro as pessoas assustam-se. Recordo para já dois casais que conheço, na casa dos cinquenta e tais, que vivem juntos há bem mais de vinte anos, num dos casos ela era viúva e ele divorciado, e no outro eram os dois divorciados, e a verdade é que não se casam. A ideia que tenho é que o casamento foi tão mau que nem se querem lembrar disso... Mas são duas famílias. E ironicamente, a filha do casamento da senhora que era viúva, já casou, de véu e grinalda, e já se separou!!!! e a mãe está ali de pedra e cal com o segundo e fiel companheiro.

Anónimo disse...

Não sei se vem a propósito (e daí talvez venha) mas espreitem o post do Raínha chamado Um dia destes ainda começo a gostar do Santana Lopes
Está giríssimo, e deliciei-me com a frase: Pedro Rolo Duarte não entendeu a expressão “governo-sombra” – ela não significa desatar a governar mal o Sol se põe.:)
Eheheheh!!!!
Extremamente bem visto.

Anónimo disse...

Parece que a política esquentou hoje aqui!
Por cá, a lei já é válida faz um bom tempo e foi aplaudida. Muitas familias de baixa renda eram constituidas informalmente, sempre na esperança de um dia ter dinheiro suficiente para bancar a igreja e documentação. E aí vinham os filhos... E o casamento ficava para depois.
A briga de foice vinha na morte de um dos conjuges, principalmente o homem, quando este vinha de um casamento anterior e já divorciado legalmente, mas com filhos. Ou quando sua familia não aprovava ou desconhecia a nova familia.
Quando se é de baixa renda, ser desalojada de sua própria casa que ajudou a construir, por não ter direito algum, mesmo que tenha vivido mais de 10 anos com o parceiro, era uma revolta e a lei deu tranquilidade a estas familias "fora da lei".

rs disse...

King, até tem graça como quase sempre o Rainha mas qualquer dos dois blogs citados, quer o do PRD quer o homem do Portugal dos Pequeninos não vale a deslocação. Nunca lá vou porque venho irritado!

mary disse...

Senhora, sabes que este é um blog «muito político» se passares para os anos anteriores vais confirmar isso, eu acho é que a Emiéle se cansou... mas é muito certeira na pontaria, quando aponta!

De resto o aspecto que apontas também é real. E agora que virou moda os casamentos serem de luxo, com muitos convidados, grande copo de água etc e tal. Porque simplesmente passar por uma Conservatória de Registo Civil e assinar uns papeis não pode ser muito caro. Para mim tem mais a ver como disse mais acima, com medos antigos e más recordações.

E, claro, é um modo retorcido de evitar a 'legalização' das uniões dos gays. é que esta lei, afinal era para aí que estava a fazer pontaria, como insinua a Emiéle.

gui disse...

Só venho dizer que gostei da imagem, da Liberdade a beijar a Justiça!

Unknown disse...

A ilustração é um mimo!

Eu não serei, com certeza, a "boa comentadora" que a Kika sugere para esclarecer este caso mas, a razão do "veto" do PR, a emiéle já respondeu no final do "post" e pelo que diz o próprio PR não me parece o que o seu receio seja pela extinção do regime "casamento" mas sim a aproximação, cada vez maior, do regime "união de facto" àquele. A páginas tantas o PR, até, diz que se corre o risco de criar dois tipos de casamento, nas palavras dele : " (...) de transformar a união de facto num "para-casamento’, num ‘proto-casamento’ ou num ‘casamento de segunda ordem’” (...) "

(Extraído do jornal de Negócios Eva Gaspar@ Net -24/8/09)

Então será esse "2º tipo de casamento" que ele quer evitar e assim não facilitar a vida aos casais do mesmo sexo, de resto não vejo outra razão, mas também digo - sou casada há 30 anos e já sei mais sobre o regime "união de facto" do que o meu próprio "regime" e talvez não serei a única e haverá, ainda hoje, quem case ou se una sem saber patavina do que está a fazer neste e noutro sentido :))
E, já agora, para concluir - não fora o caso dos casais do mesmo sexo, eu não veria grandes diferenças entre casamento ou união de facto que valessem o meu esforço para compreender a razão do "veto" e quanto ao Senhor Silva nunca tive ilusões...;-))

(vim a correr não li todos os comentários com muita a atenção, desculpem. Não vou acrescentar nada mas, mesmo assim, quero comentar e desejar um bom dia a todos)

Unknown disse...

Senhora, não tinha lido o seu comentário pertinente ao que refere às famílias "fora da lei" Senhora, o regime união de facto existe em Portugal,legislado e aplicado, desde 2001; o que se está a debater é um diploma para melhorar a lei. Muito pertinente a sua referência a esses casos de famílias "fora da lei" que por cá também existem e para esses a lei e a promulgação do "diploma" que aqui vem à baila, faz todo o sentido.

sem-nick disse...

O mais cómico disto tudo, é o inacreditável argumento do perigo das uniões de facto misturando a poligamia e a homossexualidade!!
Sabemos, segundo os dados da ciência, que 10% da humanidade é homossexual. Ou seja, se existem 10 milhões de portugueses, 1 milhão deverá ser homossexual. Mas «polígamo»???????? Cabe na cabeça de alguém que vivam em poligamia consciente um número razoável de pessoas?! Não estou a falar do que se disse aqui, de haver sobretudo homens que (e isso creio que foi sobretudo antigamente, quando as mulheres não trabalhavam!) mantêm duas famíkias, a do casamento e 'a amante' de quem às vezes até têm filhos. Isso não é bem poligamia, acho eu. E além disso não é contemplado nesta lei! Para ser «união de facto» não pode haver nenhum casamento anterior legal - e muito menos simultâneo.
Há cada um!!!

josé palmeiro disse...

Zorro, "veio a propósito"! e é como dizes.
Mary, também sempre se soube onde estavam as origens do Pinto de Sousa, menino formado na Jota do PSD e que depois, com o mesmo apropósito, rumou para o PS e lá fez vida, ou fez pela vida. Mas eu sou "velho" e lembro-me de muita coisa, daí...

Anónimo disse...

Bom, meus palpites políticos param por aqui. :) Só quem vive o "politico nosso de cada dia" é que sabe o quanto tem que se aguentar.

Aqui no Brasil, quanto às uniões gays, um ou outro caso conseguiu na justiça o reconhecimento de parceria - diferente de sociedade comercial - ganhando o direito de herança na morte de um deles, alguns pouco mais que isso.

Também existe casos esparsos de adoação de crianças por casais homossexuais. Todos acabam sendo primeira página de jornal.

Apesar do esforço da mídia para que isso seja devidamente regulamentado e aceito, também existe um morosidade para que o assunto venha à baila e, a sociedade em geral, apesar da Parada Gay estridente, também não se vê entusiasmada com isso.

Agora... O caso da Liberdade e da Justiça no rodapé do texto está quente! :)

kika disse...

Já estava á espera desta reacção..
O king tenta dizer-me que familia é afecto amor e carinho e já agora solidariedade. Pleno acordo, só que os afectos amores e carinhos quando acabam o que fica? Vejam o concreto:
Hoje em dia a juventude , um rapaz uma rapariga dois rapazes duas raparigas andam uma semana juntos e e se um deles tem casa o outro, propoe-lhe mudar-se com bagagens para casa dele.
Vamos viver juntos. Muito apaixonados e ao fim de dois anos, afinal não é isto que queriam.
Como é?
Vão-me dizer que no casamento tb é assim.. só que no casamento houve um tempo de namoro que é muito importante e alem do mais o casamento tem um peso de responsabilidade,(claro que há de tudo), mas o pressuposto é diferente, e embora hoje em dia as pessoas se separem com toda a facilidade, isso não significa, que a maioria não pondere muito antes de partir para um divorcio.
Passar-se-á o mesmo com as uniões de facto?Porque é que quando as pessoas saem dum divorcio, quase nunca mais querem casar.
Então o "papel" tem muito peso, não é verdade?
Então se a união de facto vai ter o valor do casamento, parece-me que estamos a cair no mesmo!
As situações têm de ser salvaguardadas e para isso há que legislar bem e com responsabilidade, com amadurecimento de ideias e não na onde de caça ao voto duns quantos em época de eleições.
Não desejo que levianamente se criem situações de muito sofrimento
para os vindouros , já basta a crise
e a divida que lhes estamos a deixar.
Roma e Pavia não se fizeram num dia e afinal estamos tão atrasados em tanta coisa, a começar pela educação, apesar desses cursos que o dito criou Novas Oportunidades, mas para quê?
Ele sim teve uma boa oportunidade,
e soube-a aproveitar muito bem.
Estou a desviar-me do assunto..
Pessoalmente, já quase fomos vitimas(familia) da união de facto 5 anos
Quantas pessoas não se aproveitarão de agora serem só 2 anos?
É tudo muito romântico mas eu não vou nessa!!!
Boa noite e olha Joaninha, na verdade não sou tão dissonante como te pareço, mas somos diferentes com certeza.

Anónimo disse...

Kika, eu não tentei dizer, eu quero pensar que seja. Se não o é, não é casamento é uma obrigação, um frete, uma coisa que força as pessoas a viver juntas detestando-se ou traindo a confiança um do outro. Para mim 'isso' não é nada.
De resto, imagino que vivas num mundo diferente daquele que eu conheço. No meu mundo, as rapazes e raparigas não têm casa, vivem com os pais e quando decidem comprar uma casa é um encargo enorme. E isso para qualquer dos casos, quer o casamento oficial, quer na união de facto. Não entendo o que queres dizer com o «aproveitar» com o ser dois anos, ou cinco anos. Aproveitar o quê? Não pagar a um advogado? Mas nem isso, porque quem quiser pode pedir um divórcio directamente sem meter advogado. Não entendo o que se aproveite.
Por outro lado, Kika, se como dizes se «caçam» uns votos, também se perdem uns votos - de quem por exemplo pensa como tu. Ou não é? Quando se ganham votos de uma banda perdem-se da outra. Se são mais os que se ganham do que os que se perdem, então é porque há mais gente a concordar com o que se propõe.

fj disse...

Infelizmente em grande parte da discussão não entro, não conheço os diplmas, e o link não chega porque precisava de comparar.Pena pois gostava de comentar. No resto, e sem menosprezo de tantos aproximo-me de sem -nick, fundamentalmente (aproximo-me de ZP, achando curioso trazer para aqui a referência a MMendes, na sua intervenção de hoje-AMoreira não o consigo levar a sério..) .Assim infelizmente só posso opinar sobre a espuma política. Para mim JS e ACS são muito próximos, aquele fui trunfo fundamental e consciente da eleição deste,o que revela concertações estratégicas e não só ( vide caso casa pia que para mim , sendo uma habilissima manobra da direita, teve mãozinha doutrém(s)). Cs contenta o seu povo, cada vez mais revelado como conservador e, a meu ver, reacionário. JS para quem vê nele algo que se aproxima de social-democrata tambem fica satisfeito porque se vitimisa, mantem ilusões e esconde combinações que, por enquanto, não lhe convêm. Razão tem kikas, quem votou em CS sabia quem ele era por mais que se disfarce de "centrista", mas os seus apoiantes "sabiam " e fizeram muito bem. Cavaco é, cada vez mais, o que é ( nada disto me levaria a chamá-lo fascista ou coisa que valha, mas não me permite ter ilusões sobre o que ainda vai acontecer ).JS vai indo, vamos ver onde chega o caminho, mas é peça importante nas alternativas a Manuela (s) Ferreira (s) Leite(s), coelhos e rangeis incluidos. Zp não vamos a tiros tão pessoais.O MVA agora leva de todos, e não podemos dar-lhe tanta importância, nem "psicalanizar" a rotação dele. Rotações há muitas, e talvez se evite pessoalisar tanto. Desculpem o desvio, o vosso itinerário era muito mais interessante, mas palpites "jurídicos" em matérias destas, não o devo fazer. Mas tenho opinião claro, basta quem cito( se tivermos de ir a votos ).

fj disse...

Só mais uma notita, em desfavor de JS: Cavaco faz parte integrante de uma trindade à qual, aparentemente, JS ainda não tem acesso: PR, Igreja Católica, PSD,ou seja, um presidente, uma religao, uma maioria. Mas ainda pode vir uma pomba que altere os dados sabe-se lá.

Unknown disse...

Fj, bravo,com a sua opinião sobre a "espuma política" fiquei esclarecida!
Quanto aos diplomas até tive o cuidado de os comparar - fui procurar o original e realmente, tal como o PR disse, a união de facto está-se a aproximar do regime "casamento" (julgo ter percebido, eles são perceptíveis) e assim sendo, a vantagem desta opção será, sobretudo, para os casais do mesmo sexo. Quanto às alterações - beneficiarão todos os que já se encontram nesse regime e os futuros, claro, e onde há direitos, também há deveres e vice-versa, portanto não via o porquê de tanta preocupação...Qualquer coisa me estava a escapar, não sou perspicaz em matéria de política:))

( A mim não me causa qualquer confusão haver uniões, de "casamento" de "facto" ou outras quaisquer, logo que existam de facto )

Unknown disse...

Ainda aqui estou. para dizer ao sem- nick que, ao contrário do que ele pensava , a "lei" só não contempla as pessoas com casamentos não dissolvidos e ainda assim, se tiver sido decretada a separação de pessoas e bens, pode haver "união de facto".

cereja disse...

Queridos comentadores (parece esquisito, não é? não dou comendas a ninguém!!!)
Bem, queria dizer que me dirijo a todos os que deixaram aqui a sua opinião que desta vez não posso responder nem um a um, nem demoradamente. Não só os comentários foram muitos como foram muito extensos!
Apreciei a Kika ter vindo enfrentar um grupo (?) que ela já sabia não pensarem como ela. Foi bom para o Pópulo a sua presença.
Quanto aos outros navegam nas mesmas águas do que eu... Que dizer? O fj teve um comentário muito giro quando lembrou um presidente, uma religião, uma maioria. É. Vamos ver se conseguem...

cereja disse...

(acho que o meu trocadilho ficou claro, entre o t e o d, acho eu...)

Só uma nota para a Maria que está sempre tão bem informada que estou quase para a contratar como «conselheira» aqui do Pópulo :)
É que sempre que escreve ajuda a ver qualquer coisa melhor. 'Brigada, Maria.
E outra nota para a Senhoar - Gisto muito, muito, que passes por cá. É uma nota de frescura que fazia muita falta, somos todos um tanto sérios, mesmo o fj que é muito trocista é um humor menos leve do que o teu. Mas quanto à faceta «política» a verdade é que o Pópulo sempre o foi um bocado. Não numa visão partidária, mas para mim a vida social é também a vida política (da saúde, da educação, dos transportes, do emprego, da juventude, da habitação, dos idosos, .... é tudo)

kika disse...

A maior parte é contra o casamento,ou fazem-no só pela festa etc e tal e depois aparecem uns grupos que o desejam,para obterem beneficios que afinal se são um casal tão apaixonado deviam prescindir deles ou então usar o que a lei concede em tal matéria a qualquer cidadão.
Há muitas contradições nisto tudo
Alguns é só, sim porque sim.

Didas disse...

Por essas e por outras é que eu nem sou republicana.