Os «cebolas» da actualidade
Eu sou pontual.
Deve ser coisa genética, que sou assim desde que me lembro.
Não tenho culpa. É terrível porque quase me tenho de justificar com a maioria dos meus amigos, como se fosse uma esquisitice, uma ‘mania’ estranha e constrangedora para os outros, essa maioria que não liga a horas. Quando me dizem às 5 horas isso quer dizer sempre «mais ou menos», quer dizer, aí entre as 5 e as 5 e meia ou 6...
E tenho algum ‘sentido do tempo’ mas não demais. Não tenho como algumas pessoas, ‘um relógio dentro da cabeça’, portanto regulo-me pelos outros, os relógios materiais.
Desde pequenina que ando com um no pulso. E tenho tido vários, é claro. É um objecto que também segue modas como todos sabemos. Desde há muitos anos que os relógios passaram a funcionar a pilhas e não se dá corda.
Prático.
Para quem é um tanto esquecido aquilo é um descanso, enquanto a pilha dura temos horas. Evidentemente que há o reverso da medalha, quando a pilha acaba (e não costuma avisar) acabaram as horas sem apelo nem agravo.
Há uns dias isso aconteceu. Acabou a pilha numa altura onde não dava para a ir substituir. Tenho outro é certo, mas ultimamente a parva da bracelete faz-me uma reacção alérgica qualquer e não dá para andar com ele. De modo que vasculhei lá na gaveta e ainda encontrei o meu velhinho, de dar corda, que funciona lindamente e a quem fiquei muito agradecida.
Eu sei que muitos amigos (e também quem me está a ler) me dizem: «Relógio?! Então não tens o telemóvel?» e reconheço que muitíssima gente, desde o advento do telemóvel, quando precisa de saber horas saca do telemóvel e informa-se aí. Mas, como eu não tenho «telemóvel de pulso», tenho sempre de abrir a mala, ou rebuscar no bolso, o que não é tão prático como olhar para o pulso.
Por outro lado, desculpem-me os defensores do telemóvel-relógio mas quando os vejo procurarem no bolso esse aparelho, a imagem que me surge é dos cavalheiros de há cem anos a tirarem «a cebola» do bolso do colete. É a cebola deste novo século!
Deve ser coisa genética, que sou assim desde que me lembro.
Não tenho culpa. É terrível porque quase me tenho de justificar com a maioria dos meus amigos, como se fosse uma esquisitice, uma ‘mania’ estranha e constrangedora para os outros, essa maioria que não liga a horas. Quando me dizem às 5 horas isso quer dizer sempre «mais ou menos», quer dizer, aí entre as 5 e as 5 e meia ou 6...
E tenho algum ‘sentido do tempo’ mas não demais. Não tenho como algumas pessoas, ‘um relógio dentro da cabeça’, portanto regulo-me pelos outros, os relógios materiais.
Desde pequenina que ando com um no pulso. E tenho tido vários, é claro. É um objecto que também segue modas como todos sabemos. Desde há muitos anos que os relógios passaram a funcionar a pilhas e não se dá corda.
Prático.
Para quem é um tanto esquecido aquilo é um descanso, enquanto a pilha dura temos horas. Evidentemente que há o reverso da medalha, quando a pilha acaba (e não costuma avisar) acabaram as horas sem apelo nem agravo.
Há uns dias isso aconteceu. Acabou a pilha numa altura onde não dava para a ir substituir. Tenho outro é certo, mas ultimamente a parva da bracelete faz-me uma reacção alérgica qualquer e não dá para andar com ele. De modo que vasculhei lá na gaveta e ainda encontrei o meu velhinho, de dar corda, que funciona lindamente e a quem fiquei muito agradecida.
Eu sei que muitos amigos (e também quem me está a ler) me dizem: «Relógio?! Então não tens o telemóvel?» e reconheço que muitíssima gente, desde o advento do telemóvel, quando precisa de saber horas saca do telemóvel e informa-se aí. Mas, como eu não tenho «telemóvel de pulso», tenho sempre de abrir a mala, ou rebuscar no bolso, o que não é tão prático como olhar para o pulso.
Por outro lado, desculpem-me os defensores do telemóvel-relógio mas quando os vejo procurarem no bolso esse aparelho, a imagem que me surge é dos cavalheiros de há cem anos a tirarem «a cebola» do bolso do colete. É a cebola deste novo século!
9 comentários:
Isso não será inveja de um bom telemovel?
Por melhor que seja não é pulso, pois não? Portanto a minha analogia mantem-se.
(e olha logo tu, que perdes um por semana!!! Só mesmo pendurado ao pescoço!)
Pois eu uso preferêncialmente um relógio de corda. Terá aí uns trinta e tal anos, e nunca me deixou enrascado. Por outro lado é, disciplinador, pois obriga-me a dar à corda todas as noites, ao deitar. Faz bem. Também tenho dois de pilhas que de vez em quando alterno, mas não me dão aquele prazer...
Depois, pelas "cebôlas", tenho um carinho especial, pois até os coleciono e um tenho um carinho muito especial por ele, pois era do meu pai. Telemóveis, são para comunicar, quando é caso disso e quantas menos funções melhor.
Até ao momento só tiveste concordâncias (quero dizer o FJ ficou a gozar contigo mas deve ir dar ao mesmo) mas palpita-me que se tiveres mais comentários vais apanhar com os defensores do telemóvel para a função relógio. É o que vejo por todo o lado. imagino que a venda dos relógios tenha baixado de um modo sensível!
Concordo plenamente com a Emiéle quer na pontualidade quer nos relógios. Usar o telemóvel, só na praia.Mas quanto á pontualidade somos um fracasso completo.
As pessoas fazem questáo de se fazerem esperar,acham que provocam um certo desejo em que as espera, e tornam-se mais notadas.
Odeio esperar, talvez seja das coisas que mais stress me provoca.
Tiveste muita graça com a comparação!
Mas sabes que nem todos os telemóveis servem. O meu tem as horas em números tão pequenos que não me serve de muito. Talvez, como disse o FJ, se fosse um BOM telemóvel...
não uso o telemovel para nada, muito menos para ver as horas (acho que desligado não dá horas...)
ah, e também sou pontual!
Estou pasmada. Tal como o King sempre imaginei que muita gente (ou alguma gente) passasse aqui para discordar de mim. pelo menos «ao vivo» farto-me de ouvir esse conselho 'para-que-tens-um-relógio-se-tens-telemóvel?'
E depois encontrei para aqui «almas gémeas» tal como Saltapocinhas! Olá mana!
Bem, tenho de corrigir uma coisa: afinal não sou como a Saltapocinhas, ando com o telemóvel e até anda sempre ligado (excepto nos cinemas que lhe tiro o som)porque quando vejo que está descarregado carrego-o outra vez. O que se passa é que só o utilizo para recados urgentes portanto passam-se dias e dias, inteiros, que não o uso. Felizmente que ele apita quando vai ficar descarregado senão esquecia-me de o carregar!
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