quinta-feira, abril 09, 2009

Confusão de idades...

Ora bem, a história que quero contar hoje, um tanto na sequência do que ontem contei dos callcenters, tem muito mais graça conhecendo as personagens em questão, isso não é possível, mas puxem pela imaginação.
Ora aqui vai:
Uma família minha amiga, é constituída por um pai, uma mãe e dois filhos já crescidos. O marido não só é mais velho do que a mulher como parece até bem mais velho do que é, está digamos que «mal conservado» enquanto ela, pelo contrário está muito fresca e parece ainda jovem.
A semana passada, telefonaram lá para casa um destes telefonemas «armadilhados». Teoricamente era um ‘rastreio’ de situações de AVC, queriam conhecer os hábitos desta família, e a minha amiga lá foi respondendo, mas com pedra no sapato. Uma das questões era que idade ela tinha e, para arredondar, respondeu-lhes que tinha 50 anos – embora não coincidisse com a sua voz ao telefone, porque ela tem uma voz muito fresca e juvenil. Até que, a páginas tantas, inevitavelmente lá veio: Tinha ganho qualquer coisa (parece que uma cafeteira eléctrica) completamente grátis, e ainda um maravilhoso livro, que nas livrarias custaria quase 50 € mas lhe ia chegar às mãos por uns meros 10 €.
Como se adivinha, ela respondeu prontamente que muito obrigada, mas dispensava! «Oh, mas porquê?» - veio a insistência. Até lho iam levar a casa!!!
Ela, muito firme, informava «Não venham que eu não o quero e se calhar nem cá vou estar!» e que sim, e que não custava nada, e que era só dar uma vista de olhos, e mais isto e mais aquilo.
Ela desligou e não pensou mais no caso.
Dois dias depois batem à porta. Como estava ocupada e diz ao marido para ver quem é e ele assoma à janela para se certificar, vendo um jovem muito risonho que trazia... a cafeteira e o livro! Lá da porta da rua, pergunta pela minha amiga e o marido informa que ela não está!
«Desculpe, e o senhor quem é?» ainda na mira que pudesse ser um candidato ao AVC e lhe ficasse com o livro.
«Eu?! Sou o filho dela!» respondeu ele com brusquidão..

Diz a minha amiga que o pobre vendedor nem disse mais nada e fugiu. Deve ter concluído que aquilo era uma casa de loucos, ou a senhora com quem tinha falado devia estar entre os 80 e 90 anos...
Ela ainda se ria a contar-me a história.





9 comentários:

Anónimo disse...

lol!!
Tou a ver a cena!

Se, como dizes, o tipo tinha um ar de bastante mais dos tais cinquenta que ela disse que tinha (e se calhar não tinha...) imagino a cara do vendedor.

É chato mas a gente tem msmo de se «defender»...

fj disse...

Beeem....
Lá que tem piada tem.
Mesmo que o senhor não tivesse o ar decrépito do velhinho com que ilustraste a história.

A gente por um lado tem pena, mas por outro, acha que eta gente das «vendas forçadas» têm de encontrar outo sistema de vender.

Unknown disse...

(pronto! agora não tenho tempo, mas realmente ficou-me Joana quando queria que ficasse a Joaninha que era o meu nick!)

Amanhã se calhar passou por aqui muito mais tarde, mas hoje ainda me levantei cedo.

De facto a história completa bem a de ontem. Imagino a cara do vendedor sobretudo se o senhor rspondeu em tom agressivo...
Coitadito!

cereja disse...

Olá!!!
Vim ver se tudo tinha entrado, estive a responder aos debaixo, e agora vi que tinham entrado os meus amigos de sempre...

Pois é. Esta história tem mais graça conhecendo as pessoas, mas é tal como contei. Ela tinha uma voz que ao telefone poderia parecer uma menina, era está careca, gordo, com rugas. Não dava para ser filho dela!!!!!

josé palmeiro disse...

Ilariante!!!
Quanto à agressividade das vendas, é indecoroso. felismente que ainda há gente que se aguenta à bronca!!!

kika disse...

Emiéle , na verdade pelo livro tive de pagar 8 euros. Já não me lembrava disso... mas neste caso valeu a pena. Deve ser a mesma empresa pelo que descreveste. A vendedora era fantástica, via-se que tinha formação universitária mas sujeita-se a este trabalho.Parecia feliz pois a empresa é multinacional e ela ganhava 500 euros...Naquele dia não me saiu da mente!!!
Do que falas hoje, só me ocorre dizer, que se o telefone tivesse imagem, tudo seria diferente...

fj disse...

Para vendas agressivas maridos agressivos. E não se ter lembrado de dizer que era neto, ainda foi bom. Claro que Zorro tem razão, tambem faz pena.

Maria disse...

Que história hilariante!
Consolei-me a rir(como se usa dizer na minha terra).
E todos os intervenientes foram tão bem nos seus papéis.
Obrigada e que o bom humor nunca lhe abandone.
Maria

cereja disse...

O FJ «apanhou» de que casal eu estava a falar, (a gente conhece mais ou menos as mesmas pessoas) e ainda achou mais graça.
É que aquele marido quando responde torto... responde mesmo torto!