Um novo jornal?...
Numa altura onde as coisas andam tremidas pelos jornais, com tantos jornalistas despedidos, (por exemplo o despedimento colectivo de 122 jornalistas em meados do mês passado) estranha-se um pouco que se planeie um novo Jornal Diário.
Mas vamos esperar para ver.
Numa época onde a palavra de ordem é «reciclar», onde se tenta aproveitar o que existe, estranho que os jornais que despediram os 122, deitem fora jornalistas experientes (pelo que se sabe muitos deles com longos anos de carreira) não os aproveitassem, e agora se venha inventar um novo jornal com o título fantasioso de «i». A explicação do nome é... que «não há nenhuma razão especial que explique a escolha, a não ser a convicção de que uma marca é o que fez dela». Ah?!
De resto a descrição que podemos ler, fala-nos muito de aparência, de técnicas supermodernas e sofisticadas, mas não sabemos ainda que linha editorial, ou seja que ideias, é que têm.
Mas afinal se calhar nem é necessário.
O director dessa coisa fez questão de sublinhar que o "i" "não é um jornal ou um site, mas uma marca de informação"
Já me estou a imaginar a pensar «Oh Diabo, já é tarde não vou encontrar ali no quiosque 'a minha marca de informação', lá vou ter de comprar um jornal»
9 comentários:
Qual a dúvida?
Dão «trabalho» muito temporário a uns tantos estagiários, que mantêm debaixo da sua pata e fazem aquilo que lhes mandarem.
O dito jornal 'i' cá para mim inventaram um título palerma para que enquanto se discute essa coisa do nome não de analisam outras coisas mais importantes. É uma cenoura.
A «história dos jornalistas despedidos» dava um estudo interessante.
também isso foi por uma 'avaliação'. é evidente que toda a gente e todas as profissões estão em avaliação permanente... Até um profissional liberal é 'avaliado', se receber mal o cliente ele não volta lá! é um modo de avaliação, não é?
Desta vez os jornalistas que foram saneados declaram que
"foram alvo de uma avaliação efectuada expressamente para a ocasião".
Interessante, heim?...
Olha, não me cheira bem.
Esse Jornal «Lena», ná....
E se falir é bem feito.
Não investe no que tem e vai lançar um novo?...
Mary, cheira pessimamente!
Olha quem não vai comprar essa «marca de informação» e o filho do meu pai!
Investirão algum do deles? Não me parece, portanto nada perdem.
Quanto ao resto, estou como o King, ainda por cima com a crise, gastar dinheiro num jornal, não!
Prefiro comprar um livrinho...
A comunicação social está a mudar de facto. Muito. A informação que há 100 anos era escrita e já era bom, depois passou a ser «ouvida» pelo rádio, depois veio a TV, e agora a net e os seus vários «filhotes».
Ou seja, essa coisa de um jornal-que-não-é-jornal é capaz de fazer mais sentido do que se julga á primeira vista.
Por exemplo (ou passando a outra coisa) a campanha que abriu no Twitter para mandar o Marcelo para o Parlamento Europeu pode ser uma amostra da força possível de um meio de comunicação para forçar uma decisão política.
Fico a ver à janela...
:)
Fiquei com a ideia de que era um i minúsculo, assim a modos que um ponto de exclamação às avessas.
e se assim for permite muitas interpretações: o que é o contrário de uma exclamação...?
Estes arremedos de linguagem à la pós-moderna sempre me deram uma imensa vontade de rir. Quanto ao resto, é como diz o comum do cidadão:- Há que dar lugar aos mais jovens - mesmo quando para tal tenhamos de sacrificar a competência, a sageza e a experiência de quem anda nisto há décadas, só porque não sabe operar com um template destes, dos pós-modernos, ultra-sofisticados, Socráticos enfim...
Um ganda "I" também para eles!
Palmeiro, o que me indigna um tanto é que quero acreditar que há lugar para todos - os mais velhos com um tipo de conhecimentos e experiência, os mais jovens com outros saberes e outra energia. Todos deviam ser úteis, se a sociedade fosse como devia, não é?...
Joaninha - essa da candidatura do Marcelo não sei se não terá 2 leituras. Talvez o queiram longe para ficarem mais à vontade na disputa dos lugares...
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