terça-feira, março 03, 2009

Mas ainda não se tinham apercebido?

Título de primeira página do D.N.:
Pré-escolar público recusa uma em cada quatro crianças de 3 anos
Aqui o Pópulozinho semana sim, semana não fala nisso, não é? Já nem me podem ouvir...
E neste número são capazes de contabilizar como «público» as Misericórdias, por exemplo, que são IPSS. 'Público' deveria ser considerado aquele que é do Estado, controlado por ele. No caso das crianças deviam ser serviços dependentes do Ministério da Educação ou da Segurança Social.
Quantas há em Lisboa, por exemplo? Que aceitem crianças de 3 anos?

E não vamos falar das creches, para meninos com idades abaixo dos 3 anos, que isso então...

7 comentários:

fj disse...

Realmente tu bem malhas aqui no ferro (frio ou quente?) mas ninguém ouve.
O preço de um infantário é um salário mínimo nacional.
E os públicos é mentira!
Pela notícia um quarto das crianças tem de recorrer ao privado, mas também acho que é muito mais do que um quarto!
Olha, eu não conheço ninguém dos meus amigos, que conseguisse vaga!

Anónimo disse...

Um, dó, li, tá...!
Ou é educação, ou justiça ou saúde! A gente abre o Pópulo e um dos 3 é. Mas afinal a «culpa» não é tua, as coisas andam aí para se ver.
Hoje escapou a Saúde - dedicaste-te à Justiça e Educação.
Tá bem!!!

Anónimo disse...

Exactamente Zorro, um infantário privado é um salário, só para isso.
E depois querem saber porque não há mais crianças...

Quem se atrever a ter dois ou três filhos, tudo o que ganhar até ao último tostão é para pagar a escola. E depois falta tudo o resto.
que haja privados para se poder escolher, tudo bem. Só que para isso tem de haver opção, «escolher» é isso mesmo. Hoje não há escolha, é entre um melhor e outro pior mas sempre privado e sempre caro.

josé palmeiro disse...

Este, tinha-me passado o que é de admirar, pois faz parte da minha vida.
Não não sou dono de nenhum infantário, antes fosse, mas casado com uma educadora de infância que dedicou à causa toda uma vida de trabalho.
Voltando ao escrito, como não quererias que fosse assim, crianças com 3 e 4 anos, só dão trabalho, as de 5, para além do trabalho que será comum a todas, dá também subsídio, por parte do estado às instituições, mas já era assim, há uns anos. Vir agora dizer que se dá mais um ano de ensino pré-escolar, é mais uma fraude! Porque não levar em frente, o ensino pré-escolar em toda a sua dimensão, dos 3 aos 5 anos, em jardins de infância públicos, oferecendo pleno emprego a quem é da área e está desempregado e já agora, utilizando as inúmeras, salas de aula que veem sendo, desactivadas com a centralização dos ciclos escolares nas tais escolas modelo que o governo fala, ou então integrar esse ano de pré-escolar, nas escolas de 1º ciclo, para assim a integração das crianças se processar sem traumas nem desvios. Falemos claro, o ensino pré-escolar, no nosso país, está transformado numa mina d'ouro, em que quem sofre são os mineiros...

Anónimo disse...

Olha lá, quem e que mente, perdão, «está enganado»:
Este senhor ou será esta senhora???

O que eu sei é que quem quiser um lugar para uma criança pequena numa creche ou mete uma «cunha» ou paga um balúrdio...

cereja disse...

Estrela, daquilo que a conheço, até considero que a Clara Guterres é honesta e tem lá os seus números em que deve acreditar. Por outro lado quando se aceitam certos lugares, e cargos, ficamos com 'obrigações' de defender a camisola. é complicado.
Mas, como dizes, nem tem nada que saber, basta ter um filho pequeno e procurar um local de confiança e de preço razoável e logo vemos o que o mercado oferece...

cereja disse...

... só mais um dado.
Por aquilo que sei, ainda há pouco tempo, os pouquíssimos infantários da Segurança Social na área de Lisboa tinham mais de 100 crianças em lista de espera. Não sei se estes números são os que se encontram noutros países?!
Por outro lado, quando o tempo de licença de parto é como em certos países nórdicos, realmente não são precisas creches. Não é a quadratura do círculo - Portugal era dos países onde havia mais mulheres a trabalhar em full-time.