segunda-feira, março 02, 2009

Bem estar, o que quer mesmo dizer afinal?...

Quando se fala em progresso de cada país, tem-se levando em consideração o PIB, como elemento avaliador desse ponto. Mas agora considera-se que apenas o PIB não leva todos os factores em consideração, e pensa-se em algo que avalie o «bem-estar».
E para a coisa ser mais completa, pensaram em dois avaliadores de Bem-estar – o Bem-estar Social e o Pessoal.
Portanto, por aquilo que entendi o Bem-Estar Pessoal avalia sentimentos positivos e negativos, vitalidade, satisfação de vida, resiliência, auto-estima, optimismo, autonomia, competência, envolvimento e significado e objectivo; o Bem-Estar Social a confiança e sentimento de pertença e as relações sociais de apoio.
Nessa perspectiva, a Dinamarca e a Ucrânia surgem como a primeira e última deste ranking que revela assimetrias espantosas entre os países europeus.
Porém, conclui-se que
«1. Países com um elevado nível de Bem-Estar Pessoal não têm necessariamente um nível elevado de Bem-Estar Social: a Dinamarca e a Ucrânia mostram uma estabilidade pouco comum. Os países da Europa Central e de Leste (excepto e Eslovénia) tem um maior Bem-Estar Social do que Pessoal, assim como Portugal e Espanha.
2. Os países Escandinavos têm a melhor média de Bem-Estar geral, enquanto que a os da Europa Central e de Leste revelam a média mais baixa. Dinamarca, Suíça e Noruega estão por isso no topo, em contraste com a Ucrânia, Bulgária e Hungria que estão nos lugares mais baixos do ranking»
E o curioso é ver que Portugal «ocupa o 18º lugar em Bem-Estar Pessoal, subindo no entanto à 7ª posição quando se trata de Bem-Estar Social». Traduzindo isto por miúdos, o bem-estar emocional: ausência de sentimentos negativos e a satisfação de vida são os nossos pontos mais fracos.
Não sei se tem a ver com características nossas, mas é patente quando nos comparamos com brasileiros por exemplo. Perante situações sociais parecidíssimas, vemos que um brasileiro consegue encontrar os tais «sentimentos positivos, vitalidade, satisfação de vida, resiliência, auto-estima, optimismo, autonomia, competência» etc... E nós?!


Devíamos tomar uma colher desse xarope todos os dias de manhã!


7 comentários:

Anónimo disse...

Esse exemplo dos brasileiros é mesmo o único que aqui pode ajustar-se. porque temos mais do que razão para andar desanimados e a sentir um verdadeiro «Mau-estar» e não Bem-estar.

Mas lá os primos do outro lado do Atlântico conseguem realmente mesmo em situações bem difíceis ver um lado bom, quando mais ninguém vê... Não sei de onde lhes vem tanta energia e alegria. Nossa não é de certeza.!

Anónimo disse...

Bom,venho cá mais tarde que agora tenho de ir à vida.AB

fj disse...

Huuummm....

É claro que há uma postura combativa, de arregaçar as mangas e fazer qualquer coisa que parece não estar muito nos nossos genes...Mas esta distinção entre o pessoal e o social, tem que se lhe diga.
Mas tal como a AB, agora não me dá para grandes reflexões, que tenho bastante que fazer noutro sítio...

josé palmeiro disse...

O King tem razão!
Só mesmo os do outro lado do Atlântico, têm essa capacidade, deve ser da conjugação de todos os factores que deram origem ao País, mais o calor e o imenso mar...
Quanto ao resto, tu deixaste lá tudo dito.

Anónimo disse...

Estive a ler a notícia, mas olhem que não entendi nada!!!
É muito contraditória.
Portugal afinal tem confiança em quê? No apoio da família? Diz lá «a qualidade das interacções próximas com a família e amigos» mas isso indica que somos afectivos, emocionais, etc e depois...?!
A afirmação (que contradiz o teu post) de que «a auto-estima é mesmo superior à da vencedora Dinamarca» parece-me delirante. como é que isso foi avaliado? Após um jogo de futebol do Euro?....

André disse...

Vão-me desculpar, mas isso soa-me tudo a uma grande fantochada travestida de ciência. Essa coisa dos índices e dos critérios de satisfação, parece-me mais um cúmulo de considerandos estereotipados sobre cada país "per se" do que um estudo sério e cabal acerca das dimensões sócio-relacionais de cada povo.
Como diria o outro, isto é tudo muito relativo...

cereja disse...

E é!
Comparar povos com características de tal modo diferentes e passados históricos ainda mais diferentes e até características genéticas quase opostas, é sempre uma grande caldeirada...
Comparar é deturpar muitas vezes, Palmeiro.