Objectos sem uso
A vida moderna anda cheia de gadjets, e eu não posso atirar a primeira pedra que também uso e abuso de aparelhinhos (sobretudo na cozinha) que acho que facilitam a vida... Há muita coisa eléctrica, muita coisa automática, e do descascar a batata ao espremer a pasta de dentes existem ‘auxiliares’ para tudo.
Mas por outro lado, há também objectos que tiveram a sua utilidade no passado e hoje servem para decoração, quando se gosta desse tipo de decoração... Estou a pensar nas facas corta-papel.
Estava ontem a endireitar a minha sala de estar e arrumei numa das prateleiras, à laia de vitrina de museu, três facas dessas. Uma era de tartaruga, outra de prata, outra de marfim. Coisas de valor, hoje. E... completamente inúteis!
Aquelas minhas, uma herdada, duas de presentes, eram realmente presentes que se ofereciam quando os livros vinham fechados e a comunicação se fazia por carta.
E não foi assim há tanto tempo! Os livros novos vinham com as páginas que eram impressas em papel A1 creio eu, e depois dobradas várias vezes antes de serem cosidas, portanto para se poderem ler o papel precisava de ser 'cortado'. Podia usar-se uma faca qualquer, é evidente, mas o uso era haver uma faca para papel, em qualquer secretária.
Por outro lado, escrevia-se ainda muitas cartas, e podem abrir-se de qualquer modo é claro, mas fica melhor cortar o topo do envelope com uma faca de papel. Hoje os livros já vêm cortados e prontos a consumir, e cartas quase só recebemos com facturas (e mesmo isso cada vez menos que já mandam muitas por correio electrónico para poupar papel)
E as lindas facas, passam para as vitrinas de antiguidades.
Mas por outro lado, há também objectos que tiveram a sua utilidade no passado e hoje servem para decoração, quando se gosta desse tipo de decoração... Estou a pensar nas facas corta-papel.
Estava ontem a endireitar a minha sala de estar e arrumei numa das prateleiras, à laia de vitrina de museu, três facas dessas. Uma era de tartaruga, outra de prata, outra de marfim. Coisas de valor, hoje. E... completamente inúteis!
Aquelas minhas, uma herdada, duas de presentes, eram realmente presentes que se ofereciam quando os livros vinham fechados e a comunicação se fazia por carta.
E não foi assim há tanto tempo! Os livros novos vinham com as páginas que eram impressas em papel A1 creio eu, e depois dobradas várias vezes antes de serem cosidas, portanto para se poderem ler o papel precisava de ser 'cortado'. Podia usar-se uma faca qualquer, é evidente, mas o uso era haver uma faca para papel, em qualquer secretária.
Por outro lado, escrevia-se ainda muitas cartas, e podem abrir-se de qualquer modo é claro, mas fica melhor cortar o topo do envelope com uma faca de papel. Hoje os livros já vêm cortados e prontos a consumir, e cartas quase só recebemos com facturas (e mesmo isso cada vez menos que já mandam muitas por correio electrónico para poupar papel)
E as lindas facas, passam para as vitrinas de antiguidades.
8 comentários:
É giro pensar isso - aparecem uns e desaparecem outros.
Agora com as leis anti-tabaco etc, (é giro ver no Conta-me como foi... como se fumava tanto ainda com tanta naturalidade!) começam a ser objectos em vias de desaparecimento os isqueiros de bolso e os cinzeiros...
Ainda se usa um pouco, mas reconheço que muito pouco...
É coisa que já não se vê nas secretárias a não ser a fazer parte de «um conjunto»...
:)
Por acaso também faço uma espécie de «colecção». Há algumas lindíssimas. o King tem razão, hoje aonda se vêm como conjuntos de secretária, mas essas são funcionais, linhas mais direitas e a fazer conjunto. As bonitas são essas mesmo antigas, de materiais nobres muitas delas, ou delicadas.
Cada vez há menos variedade de facas... Reparem nos faqueiros modernos, alguns com um design até bonito e que depois se compõem de faca, garfo, colher de sopa e colher de chá. Mais nada!!!!
As diversas facas, de peixe, de sobremesa, até de manteiga, evaporaram-se. Só em grandes faqueiros cheios de peças complicadas. Mas para o dia a dia, desapareceram.
E ainda falas das facas de abrir livros.
Ooooh!
:)
Cá por mim, não digo nada, eu estou como tu, ainda tenho algumas, guardo-as religiosamente, assim a modos de antiguidades.
Olha dessas antiguidades não tive, mas uma de cabo de cristal da Atlantis andou por aqui até partir numa queda.Hoje são objectos de colecção e na verdade outros se vão acumulando, por cairem em desuso. Cést lá vie!!
Vês Kika, uma com o cabo de cristal, era mesmo uma peça bonita de certeza. E as que eram de utilidade quotidiana, havia as tais bonitas e também havia vulgaríssimas, de madeira simples, sem nada de especial
Mas são de facto objectos se se vão perdendo. Ou perdendo a finalidade, melhor dizendo. :)
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