Irresponsabilidade
Eu sei que isto de dar bitates sobre atitudes e decisões dos outros é antipático e arrogante. Não sou o «grilo do Pinóquio» nem tenho que aplaudir ou censurar o que quer que seja que outro ser humano faz desde que não seja contra princípios importantes.
E não é o caso.
De modo nenhum.
Mas tem andado aqui a dar-me voltas na cabeça a história daquela mulher norte-americana que deu à luz 8 bebés. Problema dela? Óbvio. Não tenho nada com isso? Também é óbvio. Mas não posso ter opinião? Isso é que posso.
O que os media nos contam é que se trata de uma mulher de 33 anos que vive com a sua mãe, professora reformada, numa casa de 4 assoalhadas. Já tinha 6 filhos, o mais velho com 7 anos. É solteira e para conceber estes 8 gémeos recorreu ao esperma de um dador. Vai ficar agora com 14 filhos, nessa casa de 4 divisões, onde a mãe/avó já agora se queixa de que anda muito cansada com os actuais 6 netos, e que não faz mais nada senão cuidar deles e há roupa espalhada por toda a casa! Chegam agora 8 pequeninos e a precisar de cuidados ao mesmo tempo!!!
Dizem que a mãe ficou admirada por serem 8 porque cuidava que eram SÓ 7...
Para além das evidentes dificuldades económicas, é também a parte emocional e afectiva que me está a fazer confusão. Uma criança para além da comida e fraldas precisa de atenção, de estímulo, de sentir o apoio de um adulto. Nesta história impressionante, o que dá ideia é que esta mulher já não dava grande atenção aos vários filhos que tinha, e descarregava em cima da sua mãe. O que vai agora fazer com mais 8? Pensará que é uma brincadeira?...
E os médicos que participaram nisto, tinham a noção do que estavam a fazer?
Pronto. Volto ao princípio, eu não tenho nada com isto. Mas posso mostrar-me incomodada. Pobres filhos de tal mãe.
14 comentários:
Post muito importante, Emiéle.
Nem vou dizer muito, agora, porque tenho trabalho a fazer.
Mas levantas um problema muito sério, o da responsabilidade de se ter um filho, que para os senhores «pró-vida» só existe enquanto feto ou bebé pequeno.
E quando começa a crescer?
como se cuida como deve ser de uma criança?...
Desculpem mas não vou lá com rodeios.Aquilo não é uma casa :é uma coelheira.E ninguém me tira da cabeça que a rapariga serve para uma experiencia qq. ou então pertence a uma daquelas iluminadas seitas que tratam a debilidade mental como sinal divino.AB
Muita coisa me deixa de boca aberta.
Já ouvi que ela fez a tal inseminação porque «queria uma menina»!!!!!
E dita frase «julgava que eram 7 mas afinal são 8» é de bradar aos céus!!
A AB tem razão - um coelha.
E os médicos????
o que eu sei é que podem criar in vitro vários embriões viáveis, mas que os congelam. Agora implantar os 8????????
Como disse agora a AB parece que estavam a fazer uma experiência.
Que grande estupidez!
Olha, sabes que também me escandalizou.
Ouvindo a avó, para quem vai «sobrar» todo o trabalho uma pessoa fica com pena.
É claro que para já devem aparecer muitas ajudas e pessoas bem intencionadas podem mandar dinheiro, etc.
Mas como a Emiéle aqui diz, de momento é um pandemónio, mas talvez como é «engraçado» haja ajudas, contudo daqui a 10 anos? Os 8 meninos na escola, os 8 meninos a precisarem de roupa, os 8 meninos com os seus amigos, os 8 meninos a terem férias, ... e os 6 irmãos mais velhos?...
Eu por mim acho que a mulher era mesmo tonta. Atrasada mental, ou coisa assim. Queria brincar com bonecas.
Mas que os senhores doutores tão ciosos das suas éticas, tão cheios de 9 horas quando se trata de uma IVG ou abreviar o sofrimento de uma vida que já só tem perante si um enorme sofrimento terminal, entrem nesta palhaçada é que dá que pensar.
Afinal era uma mulher que já tinha filhos. E muitos.
Que loucura.
Mais uma vez me socorro da AB.
Só pode ser uma experiência reprodutiva tudo o resto é especulativo. Uma vergonha total!!!
A primeira vez que ouvi esta história, foi contada de um modo parcial e imaginei todo um romance: seria um casal sem filhos, que depois de muita luta contra a infertilidade, tinha decidido este método e por engano tinham implantado todos os embriões!...
Isto era eu a imaginar algo que fizesse sentido. Para mim teria sido um erro médico.
.......
Depois a pouco e pouco, vi outros contornos.
Primeiro, afinal a mãe já tinha tido filhos.
Depois era uma mulher solteira.
Depois eram seis filhos.
Depois vivia só com a sua própria mãe que a ajudava (ou seria ela que ajudava a mãe?...)
Depois a explicação que a dama dava é que sempre tinha desejado uma família grande.
Depois não havia engano nenhum, ela sabia que eram estes embriões todos e estava de acordo...
Valha-me ....
Será a Nossa Senhora da Conceição?!
Ainda acabam a ser adoptados, vão ver...
A imagem é fantástica!
Dá muito bem como alguém se pode sentir, afinal tão abandonado no meio de tal confusão.
Ela queria uma «família grande» ou muitos brinquedos???
Teresa SP
A ideia da 'infantilidade' da senhora, que devia querer «muitas bonecas» é ainda a mais provável, mas como é que os médicos aderiram???
Se estes meninos forem adoptados é capaz de ser o único final feliz para esta história.
que a mulher tenha pouco ou nenhum juizo, ainda vá... há doidos em todo o lado (e desculpa lá, mas uma se fulana com 6 filhos recorre a esperma de um dador, só pode ser maluca ou burra, ou as 2 coisas...), mas os médicos??
que raio de médicos são esses???
Saltapocinhas, se calhar os paizinhos desses 6 filhos achavam que já tinham dado para esse peditório, e não encontrou nenhum disponível...
Mas era aí que eu queria chegar. Que a criatura fosse tonta e irresponsável, enfim... Mas os especialistas que lhe fizeram a vontade?!?!
Entendo o que quer dizer quando diz que não tem nada haver com isso...
Mas, sempre temos um aopinião sobre tudo...
O que penso é que infelizmente são as pobres criançinhas é que vão sofrer... Principalmente no futuro, quando a mãe/avó não estiver mais presente...
E essa é ainda outra coisa! Repara amigo, que a senhora, agora com os netos que tem já anda estafada. E pelo que se sabe nasceu um de cada vez... imagine-se agora a dobrar a quantidade e todos bebés do mesmo tamanho!
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