terça-feira, janeiro 13, 2009

Mulher

Estava em conversa com uma amiga.
Analisávamos as duas uma situação não exactamente ‘dramática’ mas chata. Na família dela tinha havia uma grande expectativa em relação a determinada situação que depois de bem ponderado se concluiu que não era tal como se pensava.
A má notícia foi ela que a recebeu e depois teve de a transmitir ao resto da malta lá de casa.
- «Foi mesmo um balde de água fria!» disse-lhe eu. «E como é que o L. e o P. reagiram?»
- «Bem...» ela sorriu «eu ‘amornei’ um pouco a água do balde..
Rimos as duas.
É que é mesmo assim. Muita igualdade de géneros, muito feminismo, muita independência, (e posso testemunhar que se há família onde isso se passa é na dela) mas na hora onde há uma chatice, instintivamente ela consegue ‘almofadar’ um pouco a pancada que aí vem.

Ou, como ela disse, ‘amornar’ a água para não cair tão gelada e inesperada.

23 comentários:

Anónimo disse...

:D

Claro!
Então para que é que serve uma mulher?

Anónimo disse...

A história é meiga e engraçada, mas reconhece que «a culpa» é dela.
Em relação ao filho/a entende-se, mas se a 'protecção' psicológica se estende ao companheiro já é feitio dela.
:)

Anónimo disse...

Os comentários deste blog «têm dias».
Hoje é dia de os tais smiles não se verem na sua forma de bonequinho.
Tábem!!!
:(

Anónimo disse...

A «metáfora» de 'amornar a água do balde' faz sorrir, mas a verdade é que todos nós fazemos isso! Claro que numa família a mulher tem muito o instinto de estender a asa para proteger, mas o caso de fazer com que a água não se sinta tão fria é natural, depois do primeiro choque digamos que o balde de água que atiramos ao outro ao passar pelo nosso corpo já 'amornou'.
Natural.

Anónimo disse...

Não sei se é a mesma amiga da Emiele que amorna,aquece mas nunca esfria o suficiente ou ferve para pôr os "marmanjos"na ordem...portanto,se fôr, a saga continua...AB

josé palmeiro disse...

Calculo que a situação fosse deveras embaraçosa, depois há as formas de a comunicar. A maneira como a transmites revela esse teu jeito de "amornar a água", mas deixa-me fazer um paralelismo com uma anedota que a minha mãe contava, dizia ela, que "havia um soldado a quem lhe havia morrido o pai, o sargento, sem saber como lhe dar a notícia, começou a rodear o assunto e não o sabendo resolver, chamou o cabo, que logo lhe disse que resolveria de imediato a situação. Chegou ao pé do soldado e disse-lhe_ Oh pá, tiveste um azar do caraças, morreu a tua familia toda! Perante o choro inconsolável, voltou à carga e disse. Não chores, pá! não foi a familia toda, foi só o teu pai!"

Anónimo disse...

A nossa 'colega' AB ou conhece as pessoas ou tomou posição contra.
Só por aquilo que aqui se diz, até acho a reflexão terna e simpática. É evidente que não é função das mulheres 'amornar' a água fria dos baldes que nos atiram, mas o certo é que isso acontece muitas vezes e , por mim... olha, bem-hajam!

Anónimo disse...

Olha, entrei ao mesmo tempo (quase) que o Zé palmeiro e portanto só agora li o que escreveste.
Eh pá!
É uma anedota mas olha que está bem visto!....

Anónimo disse...

Como mulher revejo-me muito nisto.
Também me integro numa perspectiva de igualdade de direitos e deveres e sobretudo de oportunidades, mas a verdade é que a nível de expressão de emoções as mulheres fazem-no de outra forma e com mais ... ou melhores resultados.
Não exactamente como a anedota, que tem mesmo graça!

Anónimo disse...

Fiquei a rir com a piada do Zé Palmeiro e já que se falou de tropa lembrei-me de uma graça que se contava quando eu era novo (hoje isto nem fazia sentido com os telemóveis e essa coisa toda)
Mas era ainda quando se escreviam cartas.
Uma vez num certo quartel, chegou uma carta, dirigida àquela unidade e que no endereço tinha escrito «Para o meu filho». Tinham posto a carta de lado, até que entrou entrou um magala que perguntou «Vocemecês têm aí uma carta do mê pai?...»
Deram-lha logo.
Só podia ser ele!

Anónimo disse...

Qual a surpresa?...
Eu sou muito a «almofada» dos murros no estômago que aparecem lá em casa. Não chegam ao estômago, ou chegam já amortecido.
Mas acho que é genético!

Anónimo disse...

Não tomei exactamente posição contra nem sei se a pessoa a quem a Emiele e refere é a mesma cuja familia "vive"dos amortecimentos dos embates a que ela permanentemente expõe o corpo.Mas essa coisa da "natureza" das mulheres que por causa da debilidade emocional dos homens(coiiiiiitaaaaaadosssss!)etc,etc,já não me comove francamente (e não quer dizer que não o faça,tb,nobody is perfect).AB

Anónimo disse...

Zorro disse tudo.Bravo Zorro, ainda há Homens!Apoio-o!

André disse...

Por favor, debilidade emocional dos homens...

cereja disse...

Não AB, percebi que estavas a pensar na minha amiga que tratou do pai até à morte dele, com uma força e coragem espantosa, mas desta vez não é. Aliás ela, desde que ele se foi, parece outra e na maioria das coisas consegue dizer «já decidi que isso não me rala!» e não se rala mesmo!...
Mas exactamente porque a gente fala, fala, mas...nobody is perfect é que escrevi isto.
Eu não acho que seja assim tão genético, Joaninha, mas lá que é muito cultural e todos fomos banhados por essa cultura, é quase indiscutível!
Voltando aqui à vaca fria, ou à água fria, neste caso concreto tenho a convicção de que se fosse o outro elemento da família a apanhar com o duche, faria exactamente o mesmo. Mas achei graça à conversa porque ilustra muito uma atitude que é muitíssimo vulgar.

cereja disse...

FJ... ai, ai... não te caiu um dentinho?...
:)

Anónimo disse...

Bom,se tiver que explicar cada ironia,estou feita....AB

Anónimo disse...

Este passou-me mas já agora que estou aqui, digo que para mim é perfeitamente natural essa atitude,só nao são naturais as contradições

cereja disse...

Isto é que vai uma conversa!!! Ai ABzinha, quando eu te citei com o nobody is perfect estava exactamente a gozar. Afinal eu podia ser a autora da frase, né?... Também tenho as minhas teorias mas as práticas são o que são...

Kika, até as contradições são naturais também... Afinal somos simplesmente humanos. :D

cereja disse...

O Palmeiro Júnior também sentiu que essa desculpa da «debilidade emocional dos homens» já não pega.
Lá isso...
:)
Eu também não vou nessa, mas ainda é um alibi para muita coisa...

Anónimo disse...

Emiele a conversa anda cruzada.Claro que eu sei que estavas a gozar...mas deixa-me acrescentar que andas uma boa alma.Até já estás a almofadar de novo...Almo...fadar-ora aí está uma palavra que assim separada tem a sua graça.AB

Anónimo disse...

Só uma coisinha as contradições até podem ser naturais, ok somos humanos,mas não são desejaveis , se não lá vem o velho ditado Bem prega o frei Tomaz, olha para o que eu digo e não para o que eu faço.Good night

cereja disse...

Claaaaro, Kika!
Por isso eu disse que a história poderia bem ser minha!!:D