sexta-feira, janeiro 02, 2009

De bicicleta em Lisboa



O projecto era
andar em Lisboa, de bicicleta, durante cem dias.
Podemos seguir a sua experiência no blog: 100 dias de bicicleta em Lisboa

Ora, segundo o investigador do projecto que chegou agora ao fim este foi um sucesso e, para ele, terminou com alguns mitos (o mal dos mitos é que são isso mesmo e não se terminam ‘racionalmente’...)
Segundo ele a questão das colinas é um desses mitos:«as colinas correspondem a 10 por cento da área da cidade, Lisboa é essencialmente plana na zona ribeirinha e um grande planalto no centro. Temos uma zona alta da cidade, praticamente plana, que corresponde a mais de metade da área da cidade. E por aí qualquer pessoa consegue andar de bicicleta sem esforço»
Contudo imagino que para se passar deste estudo a uma implantação do projecto sejam necessárias ciclovias.
Ele afirma – e não me custa acreditar – que «A minha velocidade média em hora de ponta chega a ser superior à de um automóvel» porque em hora de ponta é certo que os carros .. não andam! E vemos que um ‘duas rodas’ consegue esgueirar-se durante essas pausas constantes do trânsito e só parar verdadeiramente nos semáforos!... Mas...
Ou estou a ser pessimista ou creio que a não se criarem ciclovias, corredores como os de bus para as bicicletas, o que afinal se faz nas cidades que as usam como transporte dominante, dado o estado caótico da nossa condução automóvel, seria ainda muito arriscado aventurarmo-nos nesta selva montados num frágil duas rodas.

8 comentários:

Anónimo disse...

O que eu não sei!!!!

Tinha ouvido essa experiência da bicicleta mas pensai que fosse uma espécie de brincadeira por uns dias. Vejo que afinal foi UMA TESE!!!!
E existe um blog!

Aqui o Pópulo é muito instrutivo!

Anónimo disse...

Hummmm....
Deixa esperar para ver...

Anónimo disse...

A foto ali de cima é bem elucidativa. Já viram o espaço que fica para a ciclista? !
Sem vias especiais a coisa não dá!

cereja disse...

É das tais coisas - se existissem muuuuitas bicicletas e muitos bons transportes públicos, realmente os automóveis tornavam-se mais ou menos inúteis pelo menos para o dia a dia.
Só que isso são ... desejos.
temos de lidar com a realidade.

josé palmeiro disse...

Ao ler este post, não pude deixar de fazer comparações com uma realidade que conheço, a Holanda.
Tal como o King, aflora, no seu comentário, em Lisboa, só experiências e mesmo essas, só para quem dominar convenientemente o velocípede e mesmo assim há sempre que contar com um, outro qualquer veículo que entenda barrar-lhe o caminho.
Afinal, foi uma tese, tudo bem, mas daí poder-se extrapular para a realidade, faltarão sempre, as ciclovias, já que, pelos passeios como muitos ciclistas fazem, no mínimo, é inconveniente circular.

Anónimo disse...

Pobre Lisboa, ficaria parecido com Nápoles... caos completo!!

Anónimo disse...

Kika tem a sua razão. Não vejo muita gente a subir a alameda ,no verão por exemplo, para depois ir trabalhar, ou vir do conde barão para o chiado a "puxar" por aí a cima.Mas claro restam mais espaços para aproveitar,com as alterações imprescindiveis, até na cabecinha de muitos condutores. Veremos, não sou otimista numa taxa de alteração muito grande.

cereja disse...

Fj - é claro que dás logo dois exemplos extremos... Também se podia falar na Graça, etc. Mas o que eles dizem é que de Lisboa inteira isso nem chega a ser 20%. Se pensarmos na zona de Benfica onde muita gente mora e trabalha, em Alcântara, idem, Alvalade, zona do aeroporto ou até Avenidas Novas, pode não ser completamente plano, mas não encontras muitas subidas!.... (e o que sobe depois é a descer!)