quarta-feira, novembro 12, 2008

Ver para crer

Há notícias que desde logo me preparo para ou criticar ou aplaudir.
Outras que me deixam de ‘pedra no sapato’
Tenho de reconhecer que esta é uma delas:
Portugal vai ultrapassar “ligeiramente” taxa de creches exigida na União Europeia
É certo que o alvo não é muito ambicioso: «a meta da Carta de Barcelona fixa nos 33 por cento a taxa de cobertura de creches para as regiões dos países da União Europeia» [só como nota de esclarecimento a Carta de Barcelona é de 2002 – passaram 6 anos]
Trinta e três por centro, é um terço. Imagino que se deve levar em conta que outro terço seriam crianças cujas mães fiquem em casa a tomar conta delas (o que se sabe que não acontece cá onde a grande maioria de mulheres trabalha) mas ainda faltará um último terço que vai ficar... onde?

9 comentários:

josé palmeiro disse...

Ainda bem que deixaste o link da notícia. Quem a for ler e ler, também os comentários, basta ler os dois primeiros, mesmo que nada saiba do assunto, fica esclarecido.
Esta gente, lei-se governo, parece que anda a descobrir a pólvora e como nada tem para dizer ou fazer, a não ser destruir ainda mais o nosso já débil tecido social, vai-nos atirando com estes fogos de artifício. Aprendamos a lição e corramos com eles de vez, pois já estão demais, há muito tempo!

cereja disse...

Olá, Zé palmeiro!!
A gente já sente a ausência, quando não passas por cá! Ontem «marquei-te falta».
:D
Pois é.
Com o tal «barulho das luzes» arma-se uma certa confusão e as coisas parecem diferentes...

Anónimo disse...

"Barulho das luzes"?Isto é um dos maiores festivais de pirotecnia que se tem visto!As vezes há azares com o rebentamento...AB

cereja disse...

Oxalá, AB.
Às vezes quando se vai apanhar a cana do foguete, ele acaba por rebentar...

(falo em sentido figurado, como fizemos desde o princípio; não quero que ninguém se aleije, mas dava um certo gozo ver o boomerang a regressar)

Anónimo disse...

Hoje só me deu para comentar pela hora do almoço.

Gostei da «pedra no sapato». É cá um pedregulho de todo o tamanho, não é uma pedrinha qualquer!... Com esta nem se pode calçar o sapato :D

De facto uma 'cobertura' de um terço não parece lá grande coisa, não.

Anónimo disse...

Como é que terá sido? Cá conseguiram 35%???
Não se esqueçam da baixa de natalidade. Ainda vai dar ela por ela....

Anónimo disse...

Pois é, só fogo de artificio!! Mas se tivermos em conta a baixa de natalidade e as vovós babadas, umas sim ,outras nem por isso, é capaz de não estar muito mal!

Anónimo disse...

Olha Kika, isso das avós era dantes. Uma mulher que tenha uma filha com 25 anos que por sua vez tenha um bebé também com 25, pode ser avó aos 50. Só 15 anos depois, (aos 65 quando se reformar) é que vai tomar conta dele...
Não digo que não aconteça, mas sobretudo nas cidades é uma percentagem bem pequena. Em Portugal muitas e muitas mulheres trabalham a tempo inteiro, e a reforma é aos 65 (por enquanto).
Assim como mulheres que fiquem em casa a tomar conta dos filhos, a Emiele deve estar a pensar em números europeus e não de cá, com certeza... Cá, será uma em cada dez.

cereja disse...

A Joaninha já respondeu à Kika. Era mais ou menos o que eu vinha dizer.
Os países onde esse aspecto está mais bem solucionado dá muitas facilidades para as mães ficarem os primeiros tempos a cuidar dos filhos. Nada do que cá se vê.