domingo, novembro 09, 2008

Uma música ao Domingo

Pela segunda vez deixo aqui uma música dedicada a uma amiga.
Eu não sou das maiores admiradoras do fado. Não tenho a tal 'alma fadista' como muita gente. Gosto de alguns não todos, e claro que admiro muitíssimo as vozes de alguns fadistas.
Esta minha amiga gosta mesmo muito.
Tem passado uns momentos muito duros nos últimos anos, e este Fado é para ela.


10 comentários:

josé palmeiro disse...

Bela referência à Amália, dois fados estupendos. O primeiro do link, de outro grande da canção de Lisboa, Alfredo Marceneiro, cantado como só ela fazia. Uma voz eterna!
Depois a dedicatória, a uma amiga, com muito bom gosto com um fado canção que me preencheu os dias e que reouvi com imenso agrado e as imagens, um percurso, no tempo de uma vida cheia. Percurso, aliás.comum a muita gente e, onde me revi, em algumas situações.

Anónimo disse...

Tens cá uma colecção de amigas, heim??!

Sei ser um fanático de fado, gosto dos bons e das boas vozes, é claro.
E estes são eternos!

Anónimo disse...

E esta amiga quel é?...
É das que vam cá?

Anónimo disse...

Pst! Pst!!!
Posso pedir um disco? Posso dizer a frase?

Anónimo disse...

Gosto muito de fado mas embora ache extraordinária a voz da Amália não sou uma "amaliana".Das novas vozes do fado gosto de muitas delas e sempre que posso dou um salto ao "vadio"num sitio que eu cá sei e se quero "valor seguro" vou à "mesa de Frades"onde além do elenco da casa aparecem outros que pela noite se vão deixando ouvir.O Camané é um deles.Mas nesta coisa do fado ele é o poema, ele é a voz ,ele é ambiente, ele é tanta coisa...e faz-me uma certa impressão ouvir dizer "aprender a cantar fado"porque não sei mesmo se é a aprender que se lá vai(ou só a aprender).Já agora, para escandalo de quem se escandalize tb. gosto de touros.Por isso gosto da Herminia.E da Teresa de Noronha.E ninguém cantava o "Embuçado" como o Ferreira Rosa.(pese tudo o resto que não é pouco).E ninguém cantou tão bem Florbela como a Teresa Silva Carvalho,qual Represas qual nada...e já vai um longo lençol mas havia tanto para dizer.AB

josé palmeiro disse...

Mais uma vez, manifesto a minha concordância, desta vez com o magnífico comentário da AB.
Na verdade, o fado não se ensina, logo não se aprende. É, sem dúvida, uma amálgama de sentimentos e de estados de alma que só o momento, pode contemplar.

cereja disse...

Pronto, como avisei antes da música, não tenho a tal 'alma' e o fado diz-me como outra canção qualquer - gosto se a letra e a música é boa, nem por isso nas outras ocasiões. Não sou como a AB. Nem como a amiga a quem dediquei o post. A gente é como é, e não preciso de justificação, sou muito portuguesa noutras coisas, nessa não.
Escolhi a Amália porque de qualquer modo é sempre certo, podemos não ser «amalianos» mas creio que se concorda que tem uma voz inigualável. Por acaso, já que a AB fala nisso ainda procurei o Camané e a Marisa, mas discos não tenho (et pour cause...) e aqui na net não vi nada com tanta força como estas que aqui deixei.
(se calhar estava com pressa e não procurei bem....)

King - tenho uma bela colecção de amigas sim senhora!!! e cada uma à vez andam a apanhar com uns desgostos que quem é amigo nem sabe o que dizer.
Mary - acho que não passa muito; penso que é quando 'lhe dá para isso', e comentar então é raríssimo!

Anónimo disse...

Pois já depois de ter escrito o comentário acima abri a televisão e na 1 estavam a passar o "Costa do Castelo"exactamente no momento em que o "Costa"põe a cantar a "Rosa Maria"que é a Herminia.Já repararam que "Swing"tem aquela mulher?Podia bem cantar Jazz ...Mas suponho que a passagem destes filmes é uma homenagem à Milú que morreu há dois dias.E lá veio a infancia toda com tias a cantar a "Cantiga da Rua" de que sei a letra toda(ainda)...e lembrei-me que me tinha esquecido de falar de duas vozes do fado antigo(pªdistinguir deste recente)de que gostava particularmente.Uma a Bia ou seja a Alice ou seja a Beatriz da Conceição.Um tom que ninguém tinha e uma escolha de poemas muitissimo boa da qual ressalto o "Ovelha negra"que só na voz dela tinha sentido com aqueles graves finais dobrados,e cortados logo, um espanto.E o Júlio de Sousa escultor, compositor, poeta, cantor dos seus próprios fados e interprete de António Botto como também não mais vi ninguém fazer.E a velha reliquia Mª Amelia Proença com o seu "Travessa da Palha"no Solar da Madragoa que enchia as 5 feiras só para ouvir.Qt ao Ti Alfredo ainda o vi a cantar ao vivo, na Bica, na rua, acompsnhado pelo Zé Pracana, que sabe mais dele que toda a gente que anda para aí a teorizar, toda junta.Havia na Achada (Costa do Castelo)um a espécie de clube chamado "A toca do Mocho"onde se cantava "a sorteio".Numa cestinha havia o nome dos inscritos para actuar e eram tirados à sorte os papelinhos e às vezes era para a "desgarrada"mas de improviso.Neste caso raras vezes era brejeira e os versos na sua maioria não eram primários.Foi a altura em que o fado depois do 25 de Abril começou a ser reabilitado pela via até dos sociologos (Joaquim Pais de Brito,por exemplo,neste caso antropologo) e corriam-se todas as capelas de fado vadio onde as houvesse da R.das Farinhas aos Cabacinhas...Tudo isto ou já não existe ou deixou de ser como era.Mas há por aí gente muito boa-Ana Moura,Joana Amendoeira,os irmãos Moutinho,Ana Sofia Varela,Gonçalo Salgueiro,etc,sem falar só de vozes que tb. as há nos "meninos" do Tio Braga. A Mariza é um outro departamento e espero que se não estrague com produção demasiada.Quanto a "vomecê" seu "charmoso"temos conversado ....AB

Anónimo disse...

Ah! E a Cristina Branco e o seu "Ulisses".Ela teima em dizer que não é só fado e eu teimo em dizer que é puro fado.AB

cereja disse...

Ena AB!
Que vontade eu tenho de pegar neste e no outro «comentário» (??) e passa-lo lá para cima como post!