Árbitros
Cá para mim sempre achei estranho que houvesse alguém que desejasse ser «árbitro de futebol».
Jogadores, percebe-se bem. Pode ser o prazer de jogar um jogo que se aprecia, somado ao prazer de saber que é um jogo que muitíssima gente também aprecia, somado à glória de ser conhecido, somado ao salário que não é nada mau.
Treinador, também entendo bem. Por motivos semelhantes – não se joga em pessoalmente mas faz-se por interposta pessoa e deve dar muito gozo, quando as coisas correm bem é-se muito louvado, e também não se é nada mal pago. Aliás quando as coisas correm mal e se é despedido, a indemnização costuma ser agradável.
Agora árbitro? Para que raio se quer ser árbitro?!
Anda-se para ali a correr desalmadamente, muitas vezes em marcha atrás que não deve ter grande graça, chega-se ao fim do jogo estafado e nem sequer se dá um chutozito lá na bola... E depois, ele é a figura embirrenta dos clubes e adeptos. É assobiado, vaiado, atiram-lhe coisas, insultam-no, quando não é um dos clubes é o outro e às vezes são os dois...! Não entendia. Parecia uma espécie de masoquismo. Gostavam de ser o bombo da festa..?!
Ontem, pela primeira vez, soube que um árbitro recebe 1.100 € por jogo.
Aaaah! Por uma hora e meia de trabalho é mais do dobro do salário mínimo nacional. Então percebo porque se aceita ser o tal bombo.
Com aqueles trocos já se chega mais tarde ao fim do mês. A pele do bombo é camurça da mais elegante (de veado, rena, eu sei lá...) e isso somado ao pequeno prazer de alguma autoridade naquela hora e meia, deve ser suficiente.
Só pode ser isso.
(não quero falar aqui na fruta e nas delicadas atenções que por ventura possam receber, que isso é outra conversa...)
Jogadores, percebe-se bem. Pode ser o prazer de jogar um jogo que se aprecia, somado ao prazer de saber que é um jogo que muitíssima gente também aprecia, somado à glória de ser conhecido, somado ao salário que não é nada mau.
Treinador, também entendo bem. Por motivos semelhantes – não se joga em pessoalmente mas faz-se por interposta pessoa e deve dar muito gozo, quando as coisas correm bem é-se muito louvado, e também não se é nada mal pago. Aliás quando as coisas correm mal e se é despedido, a indemnização costuma ser agradável.
Agora árbitro? Para que raio se quer ser árbitro?!
Anda-se para ali a correr desalmadamente, muitas vezes em marcha atrás que não deve ter grande graça, chega-se ao fim do jogo estafado e nem sequer se dá um chutozito lá na bola... E depois, ele é a figura embirrenta dos clubes e adeptos. É assobiado, vaiado, atiram-lhe coisas, insultam-no, quando não é um dos clubes é o outro e às vezes são os dois...! Não entendia. Parecia uma espécie de masoquismo. Gostavam de ser o bombo da festa..?!
Ontem, pela primeira vez, soube que um árbitro recebe 1.100 € por jogo.
Aaaah! Por uma hora e meia de trabalho é mais do dobro do salário mínimo nacional. Então percebo porque se aceita ser o tal bombo.
Com aqueles trocos já se chega mais tarde ao fim do mês. A pele do bombo é camurça da mais elegante (de veado, rena, eu sei lá...) e isso somado ao pequeno prazer de alguma autoridade naquela hora e meia, deve ser suficiente.
Só pode ser isso.
(não quero falar aqui na fruta e nas delicadas atenções que por ventura possam receber, que isso é outra conversa...)
10 comentários:
Talvez, porque hajam, "apitos de ouro"!
Porque não?
Foi a minha «indirecta» sobre a fruta... :))
Mas, para além disso, é interessante como se pode apreciar correr ali pelo campo todo e nem sequer se pode dar um pontapezinho na bola...
Que afinal é a graça daquilo.
Não sabia, é que para além do possível ouro do apito, eles também não ganhavam nada mal! Porque crio que a maioria tem outra profissão, ora se tiverem 4 jogos por mês ainda ganham uns quatro mil e muitos euros. Não tá mal!
Bom eu não percebo nada disto mas suponho que esse ordenado não é para todas as categorias de arbitros.Quanto às razões psicológicas dos árbitros que levam com a fruta em vez de agredir a bola...há exemplos cristãos muito respeitaveis.(e foi cá um negocio à posteriori).AB
Não entrei pela fruta, porque a fruta é "outra".
Para além do que auferem, aqui a AB, tem alguma razão, eles ganham consoante as categorias, o que os leva a ter "quotas" e avaliação, no que isto vai dar, mas dizia eu que para lá dos que ganham, em metal sonante, e das prendas, de ouro ou prata ou de outro metal, de quando em vez, nos seua aposentos, apareciam "fruta exóticas", para lhes aguçar o apetite ou os debilitar, para uma actuação que se queria isenta. É esta a fruta do pomar.
Quanto ao mais, é o PODER, o ser juiz, mandar, excluir e deliarem-se com os urros da assistência, ouvimdo os seus nomes e anexins, propalados a sete vento. O gosto pelo protagonismo, eles que nem actores são, mas gostariam de ser.
AB, tem a ver com o tipo de jogos.
Primeira Liga , ou lá como se chama ao Campeonato, é um tanto, se forem jogos menos importantes é um pouco menos. E calculo que Jogos Internacionais seja mais.
PS - essa da «fruta» não era para levar com ela, era um 'código' lá do apito doirado para referir oferta de «meninas» para se distraírem nas horas vagas.
Estás a ver no que dá a incultura'eu pensei que a fruta eram os "tomates" arremessados pelos espectadores quando a coisa não lhes agradava...AB
AB, ao preço a que anda a hortaliça já não dá atirar coisas dessas!!! :))))
Também interpreto como o prazer de «mandar» o sentir que se tem «poder».
Mas a verdade é que não têm poder nenhum, mesmo nenhum! taditos...
Isso é um mundo!! O problema está na "fruta´" que deixou de ser calibrada...
Eheheheh!!
Atirar coisas, só o ovos à ministra e achei um desperdício horroroso.
é claro que os exaltados lá nos estádios têm a mania de «amandar» com coisas, mas os actuais gorilas que patrulham as entradas já não deixam entrar nadinha.
Joaninha, essa dos ovos para além de desperdício foi uma palermice, na minha opinião. Uma má educação que até vitimara a senhora.
Para o campo atiram-se coisas, sim. Cada vez menos, até porque as leis são severas, e os próprios clubes se defendem não deixando entrar nada que se possa atirar. Já aqui contei que nem uma sanduíche em pão de forma deixaram que o meu filho levasse no bolso...
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