Cuspir para o chão
Afinal, há coisas que se aprendem, mesmo quando nos querem convencer que são culturais.
Uma investigação diz que na China cuspir para o chão desceu para menos de um por cento, por causa da «melhoria» geral da educação suscitada pelos Jogos Olímpicos.
Assim como também baixou o número de pessoas que passavam à frente nas filas de espera (quando se davam ao trabalho de formar fila...)
É uma pena não haver condições para se efectuarem uns Jogos desses aqui na nossa terra, porque qualquer dessas duas atitudes – apesar de em muito menor grau do que aquilo que se via por aquelas paragens – também tinham vantagens em ser controlados.
Ai tinham, tinham!
Uma investigação diz que na China cuspir para o chão desceu para menos de um por cento, por causa da «melhoria» geral da educação suscitada pelos Jogos Olímpicos.
Assim como também baixou o número de pessoas que passavam à frente nas filas de espera (quando se davam ao trabalho de formar fila...)
É uma pena não haver condições para se efectuarem uns Jogos desses aqui na nossa terra, porque qualquer dessas duas atitudes – apesar de em muito menor grau do que aquilo que se via por aquelas paragens – também tinham vantagens em ser controlados.
Ai tinham, tinham!
12 comentários:
Assim estilo quem cospe mais longe?AB
Olha AB, além de odiar essa coisa de cuspir, que lá na China é (ou era) costume nacional, creio que só dentro das próprias casas é que não o faziam, tenho visto que por cá ainda se faz imenso.
E nem é só o tal «povo inculto» etc. Já tenho visto senhoras (???) ao volante de carros de boa marca, abrirem o vidro para atirarem com a cuspinhadela pela janela. Para quê??? As ruas já andam sujas que chegue.
E talvez esta repulsa tenha raízes num passado muito remoto.
Era eu criança pequena, um dia passei por uma escada pela qual descia uma padeira, ainda com a cesta do pão à cabeça. Imaginam aos anos que isso foi, o pão ainda vinha à porta, trazido em cestos compridos, por padeiros.
Com tanta pontaria que a sujeita lá de dentro da porta atira com uma grande escarradela que me vem cair no meu pescoço!
Desabalei dali a correr os cem metros direita a casa, onde me parece que até pedi para tomar banho!!!! era bem miúda e nunca tinha sentido tanto nojo na vida!
A sugestão da AB está bem vista: o Jogos do Cuspo como nos miúdos - quem cospe mais longe?...
A tua história deve ter-te marcado um tanto. Só de ler também tive vontade de ir tomar banho outra vez!
Realmente!Eu ficava traumatizada para a vida...AB
Na verdade é uma História que marca, sem qualquer dúvida. No entanto, com a tua história, lembraste-me uma outra, também do tempo a que te referes. Havia um respeitável comerciante que tinha um objecto sempre ao pé da sua secretária, ali, bem ao lado de onde se sentava a visionar o andamento do negócio. Era o inevitável, "escarrador".
Deixa-me dizer que o mesmo existia nas repartições públicas e até nos consultórios e hospitais. Uma nojeira completa, o pior é que ainda se usa com alguma frequência.
Já me esquecia daquela expressão, tão usual que era: "Por o cuspo detrás da orelha", lembras-te?
Desgraçado de quem o consentia.
E eu fiquei, AB!
Como tinha tranças o pescoço ficava à vista. Acho que passadas estas dezenas de anos ainda consigo lembrar aquela coisa morna e viscosa no pescoço!!!
Gnhag!....
Realmente sei que existiam «escarradores» como agora «cinzeiros». Mas era exactamente para se escarrar para li e não para o chão. Asseadinhos, heim?
Boas Maneiras, até a expressão passou de uso!
Coisinhas que os meus pais me ensinaram, dar o lugar num transporte público, levantar-me quando chegava à sala onde eu estava uma pessoa mais velha, cumprimentar como deve ser, dizer sempre o «se faz favor«o «muito obrigada» o «de nada», não começar a comer antes dos outros, dizer «Boa Noite» ao ir para a cama e «Bom Dia» de manhã...
Há costumes que parece terem 100 anos!
Mas, a verdade é que essas coisas ensinam-se a aprendem-se como qualquer outra coisa. Não custa nada e torna a vida social mais agradável.
E com aquela divagação até fugi ao tema. Cuspir para o chão, vê-se mais em gente menos educada, mas como disseste aí, já tenho vista muita dama toda aperaltada a cuspir também. E quando aquilo é puxado mesmo lá do fundo da garganta... que nojo!
Jogos não terão mas à velocidade com que vem aumentando a comunidade chinesa em Portugal suponho que talvez possa haver uma aculturação.
Falando a sério, a educação é importante mas, neste caso específico, o meio circundante é primordial. As pessoas reagem às condições que lhes são oferecidas. Numa rua suja e "velha" cospe-se, e não só. Numa rua renovada, limpa e agradável nem tanto. Parece-me ser esse o segredo da nova Beijing, porque de higiéne, com os chineses, estamos conversados
Apoiado, N.Phillips.
Uma das coisas que me chamou a atenção, foi quando se deu a Expo 98 - o recinto da dita Expo se vocês se lembram andava sempre limpo. Não se viam latas velhas de bebidas no chão, nem papeis, nem porcarias como de costume.
Mas para compensar viam-se duas coisas: muitos e muitos cestos de lixo para facilitar ir depositar-se lá as porcarias, e equipas de limpeza a sério, funcionando como devia ser. O resultado é que mesmo inconscientemente, a gente não atirava nada para o chão. Se nos caísse qualquer coisa, ia-se apanhar.
Eu sei por mim própria - o largozinho perto da minha casa, está frequentemente um chavascal (parece a Feira de Sintra depois de levantarem as barracas). Se me voa um papel da mão, deixo-o voar... Entre 50 papeis, mais um, pfff!
Enviar um comentário