O 'bullying' existe
Um relatório, apresentado pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, sobre a violência nas escolas, fenómeno importante, ‘esquece’ o caso do 'bullying'.
Diz-nos esse relatório que «em 2006/07 existiram 3533 actos de violência nas nossas escolas, mas isso se verificou apenas em 10% das escolas».
Aceito que os casos de violência sobre pessoas e furtos fossem mal distribuídas e concentradas em 10% das escolas. Mas quanto ao 'bullying' esse está bem mais distribuído, infelizmente.
Eu não sei se de facto esses casos ‘afectam uma em cada cinco crianças’ como diz um estudo feito, mas que existe, e é grave não tenho a menor dúvida.
Só à minha conta conheço vários casos. Com menor ou maior gravidade, mas reais e que são de uma enorme injustiça para com as crianças ou adolescentes envolvidos.
E por algum motivo se criou uma linha de emergência…
Todos sabemos que ignorar um fenómeno não implica, magicamente, que ele não exista.
Diz-nos esse relatório que «em 2006/07 existiram 3533 actos de violência nas nossas escolas, mas isso se verificou apenas em 10% das escolas».
Aceito que os casos de violência sobre pessoas e furtos fossem mal distribuídas e concentradas em 10% das escolas. Mas quanto ao 'bullying' esse está bem mais distribuído, infelizmente.
Eu não sei se de facto esses casos ‘afectam uma em cada cinco crianças’ como diz um estudo feito, mas que existe, e é grave não tenho a menor dúvida.
Só à minha conta conheço vários casos. Com menor ou maior gravidade, mas reais e que são de uma enorme injustiça para com as crianças ou adolescentes envolvidos.
E por algum motivo se criou uma linha de emergência…
Todos sabemos que ignorar um fenómeno não implica, magicamente, que ele não exista.
(daqui)
9 comentários:
Água mole... como se diz.
Tu vais insistindo Emiéle.
Assim te oiçam e comecem a intervir nesse campo. Que, infelizmente, desta vez não é só em Portugal. Pelo que vou lendo, até é pior «lá fóra»!
(o que não quer dizer que cá não seja péssimo!!!)
É verdade. De vez em quando falas no tema.
E as pessoas ao ouvirem o termo só pensam em grandes agressões físicas. Contudo as troças repetidas, os gozos, ou até o ignorarem um colega completamente, também podem magoar e de que maneira!!!
A Joaninha acentua uma coisa que se esquece muito.
O bullyng não é só bater.
Então na sua versão feminina até passa mais por essa das troças, do desprezo, de 'esquecer' a colega, ela ser invisível.
Dói muito.
esta coisa é mais séria do que quem está longe pode imaginar.
Tenho um caso na minha família, incrível. O miúdo teve mesmo de mudar de escola, passou para o privado mas já ia tão receoso que em qualquer local vai ser um alvo fácil e um bombo da festa!
Eu não me canso de falar nisto, porque o problema é mesmo grave.
Como disse aqui o Raphael, quem está longe da questão não se apercebe, mas isto pode estragar a vida de um jovem e o seu futuro.
Só agora aqui pude chegar.
Não há duvida que tocaste, mais uma vez, num fenómeno com, cada vez mais, consistência.
Basta passar nos espaços exteriores das escolas, de qualquer tipo, e olhar, mas olhar com olhos de ver e reparar no que por lá se passa. Todos vocês acrescentaram um ponto ao assunto, como a Joaninha e depois o Raphael, que até relata um caso, muito próximo e tu, Emiéle que refletes, nas consequências, nefastas, que uma tal situação, pode conduzir.
O caso não é para se encarar de ânimo leve, tipo «coisas-de-miúdos».
Se o nosso amigo Zé nos diz que até ao passar junto de uma escola se pode verificar cenas de violência, imagine-se o que se passa onde não se vê (casas de banho, vestiários, etc)
Esta assusta-me mesmo e não é por ter um miúdo em idade escolar, é muitíssimo grave; parece-me a porta de entrada, com passadeira vermelha e recepção de boas vindas, a todas as formas de delinquencia, protituíção, não forçosamente física, e é já a manisfestação da alienação da sensibilidade, saúde emocional de violentadores e violentados, na maior parte das vezes sem retono.
Não sei qual é a solução prática, teoricas ocorrem-me algumas demasiado meigas e floreadas, mas é urgente encontrar-la.
Estamos á espera de quê?
Olá Alex! (só hoje te respondo porque ontem ainda vi que tinhas deixado comentário, mas o pc estava 'ocupado' e não deu para o 'chega-te-p'ra-lá-que-agora-escrevo-eu' como faço às vezes)
Olha minha amiga, às vezes penso que estou a pregar no deserto, mas não me rala. A tua pergunta do "Estamos à espera de quê?" é a que faço muitasvezes. Vamos assobiando para o lado e a pensar que a coisa também não é assim tão grave. Mas é. É muito grave. Como dizes, é o primeiro degrau da escada de outras delinquências, porque a base de tudo é a falta de respeito por outro ser humano.
Isso, pode não ser inato, mas aprende-se. A família, a escola a sociedade tem de ensinar.O «outro» mesmo que seja diferente de nós, tem de ser respeitado.
(Já estou aqui a fazer um sermão (discurso?) mas é um tema que me revolta e inquieta muito.
Enviar um comentário