Um síndroma compreensível
Pelo menos para mim, que sou muito claramente claustrofóbica, faz muito sentido que haja quem tenha uma síncope ao sentir-se preso.
Os cientistas consideram que assim como os animais em cativeiro, também as pessoas (algumas) podem ter uma morte súbita ao sentir-se enclausuradas.
Mas isso pode ser evitado:
«Um apoio social e contactos bem desenvolvidos são factores importantes de promoção da saúde. Ajuda as pessoas a receberem apoio emocional e material. Pessoas com menores apoios têm mais problemas de saúde, depressão e maior grau de dificuldades devido a doenças crónicas»
Certo.
Mas isso iria acontecer com pessoas que acabavam de ser presas?...
É um caso para se pensar. Por um lado é natural que se façam detenções se há motivos para se pensar que se trata de criminosos, mas é importante que as coisas se façam como deve ser.
Esta hipótese de se ter uma morte súbita pelo «síndroma da captura» é inquietante.
E eu entendo.
Os cientistas consideram que assim como os animais em cativeiro, também as pessoas (algumas) podem ter uma morte súbita ao sentir-se enclausuradas.
Mas isso pode ser evitado:
«Um apoio social e contactos bem desenvolvidos são factores importantes de promoção da saúde. Ajuda as pessoas a receberem apoio emocional e material. Pessoas com menores apoios têm mais problemas de saúde, depressão e maior grau de dificuldades devido a doenças crónicas»
Certo.
Mas isso iria acontecer com pessoas que acabavam de ser presas?...
É um caso para se pensar. Por um lado é natural que se façam detenções se há motivos para se pensar que se trata de criminosos, mas é importante que as coisas se façam como deve ser.
Esta hipótese de se ter uma morte súbita pelo «síndroma da captura» é inquietante.
E eu entendo.
8 comentários:
Esse síndrome lembra-me o que se terá passado com Paulo Pedroso . Escrevi alguito no troll ( porra o que os blogues demoraram a tratar um assunto tão "transparente")o essencial
sera afastar possiveis candidatos "perigosos" a PR e a secretario geral do ps, desfazendo-os moral-politicamente,criando ou recriando sócrates e cavaco. E claro que o juiz teixeira não cometeu qualquer erro grosseiro algum, ele sabia o que queria e deve ter sido devidamente compensado,politicamente e não só...mas os conspiradores devem ter sido mais do que se julga ou seja todos a quem nao convinha um pr e um ps mais à "esquerda"...
Olá Emiéle!
Hoje chego tarde e começo por aqui.
Entendo o sindroma muito bem. A liberdade (pelo menos de movimentos) é uma coisa que nem se pode discutir de tão importante é. Quando não existe sufoca-se!
Mas...
Não sei se este post não teria várias leituras, porque estava um tanto à espera que dissesses alguma coisa sobre o Paulo Pedroso.
Como não disseste, aqui vai a minha opinião:
O que fizeram com o Ferro Rodrigues (para ir direito ao assunto) foi a coisa mais miserável e mesquinha que esta triste 'democracia' fez. Porque ninguém me tira da cabeça que atacou-se o Pedroso para se chegar ao Ferro, e a verdade é que resultou. O homem nunca mais levantou a cabeça.
:)))
Imagine-se a simultaneidade!!!
Os nossos comentários, meu e do FJ, não só dizem no fundo o mesmo como entraram exactamente no mesmo minuto.
Nem de propósito!!!!
Como tenho estado, sem notícias, apesar de ter esta máquina infernal, o local e as envolvências, filhos e netos, levaram-me a andar desfasado, de forma que ao ler o que escreveste, só coloquei o caso em mim e o facto é que eu, que não era nada claustrofóbico, com a idade , vou ficando. Então depois do AVC, e da ressonância magnética que tive de fazer à cabeça, nem te digo nada.
Quanto ao caso político, aqui referido pelo FJ e pelo King, começo agora a juntar os cordelinhos.
De uma forma geral eu e o FJ andamos muito em consonância (para além de quando ele lhe dá para o humor, mesmo negro, ser fenomenal!!!) e mais uma vez assim é. O «senhor engenheiro» agora até se pode mostrar muito solidário etc e tal, mas na altura esfregou as mãos de contente ao ver afastada a concorrência.
Quanto à claustrofobia... aqui vem mais uma. A ser condenada olha que preferia o que dantes se dizia 'trabalhos forçados' (não sei se ainda existe) à prisão dentro de uma cela!
Mas neste caso todo o que mais me reconforta é saber que QUALQUER cidadão tem capacidade de processar o Estado pelos "erros grosseiros" dos vários agentes. sejam eles da Justiça ou outros.E de ser Indemnizado por isso.E de ter a capacidade financeira ou Outras de recorrer a advogados que saibam distinguir um "erro grosseiro"de outros dentro do vocabulário técnico-juridico que por acaso é vasto.Já agora e porque crianças entregues à protecção do Estado e mal protegidas são uma "causa pública",já alguém processou o Estado pela má protecção, dentro das suas instituições ,a menores, e alguém sabe se essas compensações indemnizatórias já foram pagas?Qt. aos "assassinatos politicos",sinceramente, comovem-me pouco.Aliás como lembra o King,essa do levantar a cabeça depende.Em Paris respira-se melhor.(eu tenho alguma simpatia pelo Ferro Rodrigues).AB
Dito de uma maneira mais clara :as crianças entregues à guarda de instituições do Estado,tem o direito da parte do Estado à guarda responsável.Se são vitimas de abusos continuados e provados então ocorre negligencia grosseira por parte do Estado em relação ao seu dever de guarda.Ora acontece que sendo os nossos impostos a sustentar as instituições de guarda,tenho ou não eu direito, em conjunto com mais dez milhões de portugueses,a processar o Estado e a pedir indemnizações por "negligencia grosseira"do seu dever de guarda?AB
OK, percebo o fundo da questão da AB, quer o primeiro comentário mais irónico quer o segundo mais directo. Claro que esta história teve de ser propagandeada e dado todo o relevo. Eu, de facto quando escrevi sobre o síndroma (que é verdade) tinha-me lembrado do caso, de gente que é apanhada numa prisão preventiva sem justificação. Aquele caso foi tão mediático, com a prisão em plena Assembleia da República, etc, que é natural que o desfecho fosse também mediatizado. E trabalhei naquele ministério no tempo do Ferro Rodrigues e tanto quanto me lembro foi quando ainda se fez alguma coisa.
É evidente que as responsabilidades do que se foi passando na Casa Pia, e não foi apenas um director, aquilo foram muitos e muitos anos!, tem sido escamoteada, ou seja o foco incide num ponto fazendo esquecer a responsabilidade de quem tinha obrigações para com aqueles garotos - o Estado.
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