segunda-feira, setembro 15, 2008

Poesia

Mas que sei eu

Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha


Ruy Belo

5 comentários:

Anónimo disse...

Já faz tempo que não deixavas aqui um pouco de poesia.
Sabe sempre bem o Ruy Belo.

Anónimo disse...

Bom Dia Emiéle.

O Pópulo retoma os seus velhos hábitos, depois da 'diferença' de ontem.
Mas este tipo de poesia ainda me dá a entender que a coisa não está bem, bem, (e se calhar nem pode estar...)

josé palmeiro disse...

Para não repetir, faço minhas as palavras do King.
Grande, a POESIA!

Anónimo disse...

:D

O sorriso é o gosto que sinto em encontar aqui um poema.
Tens de o fazer mais vezes!

Cris disse...

Oi, Emiele...

Acertei o dia da visita. Valeu a viagem .Poesia!.

Beijo, lindinha.