Poesia
Mas que sei eu
Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha
Ruy Belo
5 comentários:
Já faz tempo que não deixavas aqui um pouco de poesia.
Sabe sempre bem o Ruy Belo.
Bom Dia Emiéle.
O Pópulo retoma os seus velhos hábitos, depois da 'diferença' de ontem.
Mas este tipo de poesia ainda me dá a entender que a coisa não está bem, bem, (e se calhar nem pode estar...)
Para não repetir, faço minhas as palavras do King.
Grande, a POESIA!
:D
O sorriso é o gosto que sinto em encontar aqui um poema.
Tens de o fazer mais vezes!
Oi, Emiele...
Acertei o dia da visita. Valeu a viagem .Poesia!.
Beijo, lindinha.
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