dinheiro
Ando um tanto atarantada com esta crise.
O meu mal é a ignorância destas matérias ser grande mas não ser total!
Leio os jornais entendidos nestas coisas, este ou então este e acabo sempre por recorrer às palavras claras e mais simples do Miguel Com Destino e fico com umas luzes.
Ou seja, por um lado continuo a não entender quase nada mas infelizmente o suficiente para perceber que com estes tremores de
Se os juros disparam, os preços também, a inflação também.
Vêm aí dias maus.
Oh se vêm!
6 comentários:
Por mim, se estou um pouco como tu e não percebo grande coisa destes grandes números, parece-me que se há crash os grandes podem sofrer (e parece que sim) mas os pequenos ainda vão sofrer mais.
Raispartam!...
Olha Emiéle, entender não entendo nada mas o pressentimento é muito mau!
Eu, também estou na penumbra, para não dizer no escuro total, neste assunto.
De economia só sei um princípio: "De onde se tira e não se põe, falta!"
Depois dinheiro, é dinheiro, o resto são papéis, muitos deles escritos com tinta indelével e, como respalda de todos, somos nós, o "mexilhão" que levamos com a onda!
Tiveste graça, Palmeiro, mas a verdade é que hoje, esses «papeis» também são dinheiro e até com mais poder que as notas ou moedas.
Esse «dinheiro invisível» é que manda. Aquele que temos na carteira para pagar o café, é um símbolo. não é?...
Não há que estar atarantada Emiéle.
Um reparo. Se os juros subirem a inflação não sobe necessariamente, a não ser em condições excepcionais já que um dos objectivos da alta de juros é a contenção da inflação.
O problema chama-se "confiança". A ausência de confiança associada à incerteza, é o pior cenário possível para os mercados [financeiros]. Os que "alimentam" a economia com os fundos necessários para que:
1. As pessoas comprem (casa, carro, roupa, etc);
2. As empresas invistam (equipamentos, maquinarias, patentes, estudos, investigação e desenvolvimento, etc);
3. As empresas possam financiar-se para fazer face a tempos mais difíceis - quando há uma recessão, por exemplo - ou ultrapassar momentos de fraco cash-flow, ie, menos dinheiro a entrar na tesouraria (pagar salários, fornecedores, segurança social, impostos, combustível, energia, etc);
4. O Estado possa financiar-se (obras públicas, gestão corrente, etc).
Ora é aqui que está o problema. Há um problema sistémico de grande amplitude provocado pela criação de várias "bolhas", onde os especuladores encontraram terreno fértil para prosperar. Alguns exemplos recentes:
1. Energia (petróleo, gás natural);
2. Metais preciosos (ouro, prata, etc);
3. Outras commodities (trigo, milho, soja, etc);
Ou seja, em determinado momento tal parece ser claro, houve uma transferência de "riqueza" dos mercados accionistas para os de futuros sobre matérias-primas e que inflaccionaram de forma "artifical". Justificações geoestratégicas, desequilíbrio entre a oferta e a procura (escassez de petróleo, por exemplo), desvalorização do dólar, etc... Tudo isto serviu para que a especulação encontrasse alibis históricos que lhe permitiram realizar fortunas.
Os governos começaram a acordar com os níveis que o petróleo atingiu e que pôs em causa diversos equilíbrios.
Ou seja, tudo isto, e que tem origem nos atentados do 11 de Setembro de 2001, ainda está para ficar durante algum tempo. Os atentados fizeram com que, perante a ausência de confiança e subsequente retracção no investimento e consumo, as taxas de juro baixassem para níveis históricos. Foi a época do toda a gente poder ter tudo porque as taxas eram ridículas. Era preciso manter a economia acima da linha de água a todo o custo. Assim foi. A factura está aí.
Qual é o nosso problema?
1. Euribor* mais alta, em todos os prazos com impacto directo na prestação da casa;
*taxa a que os bancos emprestam dinheiro entre si para suprir necessidades de liquidez e que os bancos centrais têm tentado manter em níveis mais baixos (aceitáveis) injectando liquidez no sistema em valores.
2. Aumento do serviço da dívida do sector empresarial e maiores dificuldades em conseguir financiamento o qual, uma vez obtido, sê-lo-á a taxas mais elevadas;
3. Problemas ao nível do emprego por uma possível retracção no consumo - atendendo a que as famílias estão altamente endividadas, o rendimento disponível será tendencialmente mais baixo uma vez registado o aumento de custos com a prestação da casa, carro, cartão de crédito, etc - e redução do investimento das empresas ou mesmo encerramento por sufoco financeiro;
Etc, etc, etc...
Mas como dizia um trader veterano ontem, em Wall Street, isto não é o fim do mundo. As pessoas continuarão a acordar todos os dias, a ir à sua vida e, um dia destes, everything will be back to normal!
Como sempre, Miguel, o teu comentário é muito melhor que o meu post!!!
Do post salva-se o boneco que também não é meu, fui buscá-lo ao «funpic». :D
Enfim o melhor deste post não fui eu a responsável :)))
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