A nossa saúde
Já nem me apetece falar nisto, até porque me sinto bastante no centro do furacão, não só por ultimamente eu própria ter recorrido bastante aos Serviços de Saúde, como por ter amigos que se debatem com situações mesmo complicadas e com respostas chocantes, a esse nível. É já rara a semana em que não sei de um caso que me choca e indigna.
Ontem calculei logo que o Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde ia dar barulho, quando disse que o Estado a financia "quase na sua totalidade" o sector privado em vez de investir no sector público.
Já está!
O Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada veio a correr defendero tacho os seus interesses, afirmando que compete ao Estado disponibilizar os cuidados de saúde e não obrigatoriamente prestá-los
Estão a ver, não é? O Estado (nós) deve pagar, mas não se imiscuir. O privado deve receber dos seus clientes e ainda do Estado…
Por outro lado, a Ministra da Saúde afirma, o que deve fazer, e ao contrário do seu antecessor na TAL famosa gaffe, que em caso de acidente grave não iria a um Hospital privado facto com que muitos (todos?) médicos concordam.
O verdadeiramente grave tem melhor resposta no serviço público.
O péssimo é a lentidão da resposta nos outros casos.Ontem calculei logo que o Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde ia dar barulho, quando disse que o Estado a financia "quase na sua totalidade" o sector privado em vez de investir no sector público.
Já está!
O Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada veio a correr defender
Estão a ver, não é? O Estado (nós) deve pagar, mas não se imiscuir. O privado deve receber dos seus clientes e ainda do Estado…
Por outro lado, a Ministra da Saúde afirma, o que deve fazer, e ao contrário do seu antecessor na TAL famosa gaffe, que em caso de acidente grave não iria a um Hospital privado facto com que muitos (todos?) médicos concordam.
O verdadeiramente grave tem melhor resposta no serviço público.
9 comentários:
Bom,tb. eu não queria falar disto por razões que me dizem directamente respeito.Pela impunidade,desrespeito,arrivismo,imcompetencia,que lavram neste momento no sector privado.Sem nenhuma regulação e com a conivencia das companhias de seguros e do Estado que lucra com isso.Senão vejamos.Um seguro é dedutivel em IRS,seja qual for o montante que se paga apenas até 80 euros.Depois as consultas,medicamentos etc,tem uma percentagem de dedução de 30 por cento.(dizer que se deduz na totalidade as despesas com a saude é uma perfeita mentira).O problema dos hospitais públicos como dos centros de saúde é a resposta.Ou são filas de espera infinitas ou é uma falta de informação completa sobre os ditos serviços.Muitas vezes ninguém sabe nem a que hospital pertence nem se precisa ou não de credencial do Centro de Saúde e médico de familia... viste-o.Há abusos da classe médica de toda a ordem quer no público quer no privado.Bom,já nem apetece tornar este discurso lógico(eu sei que não está)mas qd, se está nelas e as saidas são tão opacas só apetece desistir...AB
Falava a Ministra Ana jorge das unidades de queimados e dos grandes acidentados que depois vão para a ortopedia.Fico louca de ver consultas de ortopedia com doentes sem uma única cadeira encostados às paredes dos corredores.È preciso muita saúde mental e fisica para estar doente.AB
É, AB. Tu és um dos casos (prova?) mais incríveis de como tudo vai mal, por todo o lado!
Se ter um seguro pode ajudar, a verdade é que o oportunismo aparece por todo o lado do modo mais inacreditável, e não há seguro que nos defenda.
O teu comentário entrou ao mesmo tempo que o meu...
Já que falas em cadeiras, a filha de uma amiga minha, deu entrada num Hospital privado (e com muita fama, além de caro!) para ter o seu bebé. Cheia de dores e contracções, ficou á espera que o seu médico chegasse numa cadeira de sala de espera durante quase todo o dia!... Nem uma maca lhe arranjaram!
A mãe só lhe dizia que ela se estendesse no chão, a ver se assim as pessoas 'acordavam'! E esteve naquele sofrimento, HORAS numa cadeira.
Oooooh!
Já espreitei os outros posts e a Emiéle e seus amigos ficaram à conversa...:)))
É raro eu chegar e ver posts com 3 ou 4 comentários. Costumo ser a primeira em competição com o King!
Realmente quer-me parecer que o abuso nesta área é geral. E como a gente está fragilizada, quando se procura um serviço de saúde é porque se está mal, a capacidade de protesto vem mais tarde ( a não ser que ele se faça através do acompanhante...)
O caso da filha da tua amiga, é um exemplo. Ela estava aflita, mas quem refilou foi a a mãe!
Olhem lá, e o PAI da criança que esteve sentada na cadeira à espera do médico para nascer...?
Não disse nada?!
Bem observado, King.
No que respeita à saúde, já tudo foi dito. Mal de que a não tem!
É que neste assunto nunca se está seguro de a ter... Zé Palmeiro, não é? Numa visão pessimista mas acho que verdadeira, há uns desgraçados que a não têm e sabem que nunca a terão: os das doenças crónicas ou pior ainda, terminais,
Portanto o grupo dos doentes que sabem que não vem a ter saúde existe. Mas não existe a dos saudáveis que sabe que nunca estará doente...
Chamas gaffe à frase do Campos????
Quando disse que nunca ia a um Centro de Saúde?!
Eu cá acho que o gajo sabia do que falava. Porque quanto aos hospitais, tudo bem, oiço dizer a muitos amigos médicos que é ainda no público que as coisas mais graves tem mais recursos. Mas entre ir ao Centro de Saúde ou ao nosso médico privado habitual...? Claro que o Campos não era parvo!
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