Gerações…
Tem feito bastante calor, como todos nós sabemos.
E com calor apetece mais uma refeição fria.
Tenho andado a relembrar o que pode haver de pratos frios, e no outro dia como tinha companhia para o jantar, pensei numa maionese.
Nessas andanças culinárias, estava a ser ‘assistida’ por uma jovem, novinha mas já na casa dos 20, que também iria jantar. Simpática, prestável, uma boa ajuda. A páginas tantas, pedi:
-«Olha, vê lá se ainda tenho ovos, não sei se já os gastei todos», ao que ela risonhamente (e se calhar a pensar que eu ando muito esquecida) me lembra
-«Oh Emiéle, mas já os cozeste. Não precisas de mais».
-«Não, agora é para a maionese»
-«Para a maionese?...»?
-«Sim, agora ia fazer a maionese», explico eu, sem entender o seu tom de espanto.
-«FAZER a maionese?»
Olho-a admirada, porque sou eu que não entende agora a pergunta.
-«Pois. Já está tudo, mas falta a maionese propriamente dita», respondo a rir «é o que ainda falta fazer»
-«Fa-zer???», insiste a minha amiguinha.
Finalmente acabo por perceber. Para ela, a maionese é ‘uma coisa’ que se tira de um frasco, de um boião, de um invólucro qualquer. Compra-se feito.
Bem, eu «sou do tempo» em que se batia com uma colher durante um bom pedaço e aquilo nem sempre ligava. Depois veio a invenção abençoada, da varinha mágica, e escusa-se de se estar a deitar o azeite em fio durante todo o tempo em que se bate a maionese. Faz-se num instante e fica sempre ou quase sempre, bem.
E o certo é que se também a compro em frasco para uma ocasião em seja necessário uma pequena quantidade, ou alguém deseja um pouco no prato, quando a refeição é um prato de maionese, faço-a… à mão.
Com surpresa desta minha amiga
… de outra geração, está visto!
E com calor apetece mais uma refeição fria.
Tenho andado a relembrar o que pode haver de pratos frios, e no outro dia como tinha companhia para o jantar, pensei numa maionese.
Nessas andanças culinárias, estava a ser ‘assistida’ por uma jovem, novinha mas já na casa dos 20, que também iria jantar. Simpática, prestável, uma boa ajuda. A páginas tantas, pedi:
-«Olha, vê lá se ainda tenho ovos, não sei se já os gastei todos», ao que ela risonhamente (e se calhar a pensar que eu ando muito esquecida) me lembra
-«Oh Emiéle, mas já os cozeste. Não precisas de mais».
-«Para a maionese?...»?
-«Sim, agora ia fazer a maionese», explico eu, sem entender o seu tom de espanto.
-«FAZER a maionese?»
Olho-a admirada, porque sou eu que não entende agora a pergunta.
-«Pois. Já está tudo, mas falta a maionese propriamente dita», respondo a rir «é o que ainda falta fazer»
-«Fa-zer???», insiste a minha amiguinha.
Finalmente acabo por perceber. Para ela, a maionese é ‘uma coisa’ que se tira de um frasco, de um boião, de um invólucro qualquer. Compra-se feito.
Bem, eu «sou do tempo» em que se batia com uma colher durante um bom pedaço e aquilo nem sempre ligava. Depois veio a invenção abençoada, da varinha mágica, e escusa-se de se estar a deitar o azeite em fio durante todo o tempo em que se bate a maionese. Faz-se num instante e fica sempre ou quase sempre, bem.
E o certo é que se também a compro em frasco para uma ocasião em seja necessário uma pequena quantidade, ou alguém deseja um pouco no prato, quando a refeição é um prato de maionese, faço-a… à mão.
Com surpresa desta minha amiga
… de outra geração, está visto!
16 comentários:
Èmiele e as artes cúlinárias.Ainda um dia acrescento esse capitulo aos "Desastres de Sofia" e às "Meninas exemplares".Mas já agora aproveito para contar uma história que confirma essa das gerações.Qd.ali no Monumental havia um balcão que fazia sumos e que era do magnata macaense J.C.fui lá numa tarde de calor e pedi um "mazagran" .A menina foi para dentro e por lá se ficou.Esperei 1/4 de hora ela voltou e nada...Voltei a pedir.Mesma cena.Irritada perguntei se ela não tinha ouvido o pedido.Socorreu o colega,atrapalhado,fazendo supor que essa de "mazagran" não havia.Ora tal!Àgua,café,gelo e limão...mais simples!...Lá veio.Uma bica,um copo de água,uma rodela de limão num pires e dois cubos de gelo noutro.AB
Tás a ver???
:))))
(Como é que vou dizer?) kéixodemazagrã?
A tua história é formidável, e tenho uma quase a papel químico. Muitas vezes não parece outra geração parece outro universo.
Mas estás a ver, o Mazagran FAZ-SE, não é? É isso que atrapalhou a minha convidada, o fazer-se uma coisa que ela conhece já feita, e a tua menina (tal como no meu caso) queria era pôr uma garrafa na mesa e pronto!
Se eu disser que passei por uma história igual, mas igualzinha, com a minha sobrinha!!!!!!
Ainda sabem que o leite vem das vacas e os ovos da galinha, mas "fazer" certo tipo de coisas é inimaginável!
Uma primita minha moradora em Cascais foi outro dia a minha casa e nas traseiras (como o meu irmão é maluco por morangos) os meus pais têm morangueiros, ora a minha mãe apanhou-lhe morangos para ela comer e como ela viu que vinham da terra não os quis comer... quanto ao mazagran já me aconteceu tanta vez que me limito a pedir um café e um copo com gelo e limão...
O que dizer?
Gosto imenso destes posts mais ou menos pessoais! Cá por mim devias fazer muitos mais!!!!
Estas constatações para quem, como eu, já fizemos algúm caminho, são mesmo de morrer a rir. è o caso dos "frangos", mas as duas histórias que vieram à colação, são um primor.
Conheço uma história que pode entrar aqui (mas mais como distracção!):
Uma amiga minha, a certo passo da vida do seu filho, o pediatra disse que a partir de então ele podia passar a beber leite de vaca. Ela, ficou a olhar... LEITE DE VACA????
[De referir que era uma mulher que tinha sido criada numa aldeia, num ambiente onde o que havia mais eram vacas!]
Voltou a perguntar incredulamente, «mas... leite de vaca???!!!» enquanto ia magicando como é que havia de fazer para que a mãe lhe enviasse da terra, todos os dias, o leite de que o filho precisava.
O pediatra olhava-a, pasmado.
«Pois! Leite. Leite normal.»
«Mas onde é que o vou buscar?»
«Oh minha senhora, à leitaria, ao supermercado!»
Foi então que ela caiu em si e largou a rir. para ela aquilo era «leite de pacote» o «de vaca» era o da sua infância...
Como é que a fazes com a varinha mágica?
(pergunta sincera)
Joaninha - Se estivesses na turma do Harry Potter, agitavas a varinha e dizias «Maionese, dentro da tigela..!»
Mas, neste mundo, é assim: Deitas um ovo inteiro e a quantidade de azeite que achas necessária e o sal, num copo alto. Encostas a varinha mesmo ao fundo e pões a funcionar sem agitar. Ao fim de uns segundos (15? 20?) começas a ver que se forma uma pasta consistente no fundo. Depois começas lentamente a subir com a varinha até ao limite do azeite. Podes voltar a descer e subir se achares que deve engrossar mais. No fim deitas o sumo de limão ao teu gosto, e se quiseres um pouco de mostarda.
OK?
Quem é amiga?...
Ok. Li os comentários de hoje e ouvi a música de domingo mas nem sempre tenho puff ou inspiração para escrever algo. Mas gosto de ler as opiniões ou resumos das notícias nacionais, sempre fico a par de algumas coisas daí nestas terras cinzentas e chuvosas. Quente?? Aqui desde segunda é só Brrr, chuvadas e o sol escondeu-se persistentemente atrás das nuvens escuras. Só a paisagem em frente anima um pouco,por ser verde. No sábado estive no mar do Norte,na praia Scheveningen,de areal imenso mas feioso e cinzento, junto à cidade de Den Haag(Haia). Sem sol a brilhar e de chuva é um horror e sombrio, nem ondas tinha. Acho que só uma salada de maionese caseira me conseguiria animar...Agora vou colocar o nome como dosseste para ver se resulta...
...lê-se "como disseste"..Ena, resultou mesmo.
É tão engraçado a net, Lia! Gosto sempre quando apareces (e há outra visitante, a Cris, que vem do Brasil que também gosto muito) porque fico com a ideia de que o Mundo fica mais pequeno e amigável! Aliás a primeira vez que aqui apareceste foi logo bom, porque vieste atrás de um post que deu alguma discussão, e gostei muito da posição que tomaste, muito equilibrada e de quem conhecia o assunto!
Pois é, minha amiga, cá andamos com calor e muita gente já de férias na praia. Eu estou presa pela fisoterapia ao meu joelho, mas em Agosto também vou, até porque para isto a praia faz bem, disse o médico. Uma praia cinzenta não me sorria muito... :D
8e como viste assim fica o nome e já não és 'anónima!)
Também gosto desta universalidade da/na net...Fascina-me.
Pois é, coitada...o menisco é uma coisa que pode perdurar. Pensei que só pessoas super desportivas que praticam desportos "radicais" semanalmente,correndo atrás duma bola (grande ou pequena) poderiam ter estas queixas...As melhoras!
Quanto ao tema controverso, no Pópulo antigo, por incrível que pareça, fui lá espreitar por curiosiade e continua em foco. Continuam a defender a denominação original, iniciada em 1820 e a dar o que chamam "o seu testemunho", uma repetição constante da mesma coisa. Estão tão "lavados cerebralmente" que nem notam que se repetem. Acho lamentável que pessoas bondosas desperdicem a sua energia nestes lugares de culto ou que sejam enganadas perigosamente como acontece em seitas ainda piores...
Há tempos tinhas dito que havia alguém que comentava sobre a Dinamarca? Ainda o faz e como chegar lá? Obrigada.
Olha Lia, já não sei o que disse. É verdade que me acontece apanhar aqui (raramente) um comentário de alguém da Dinamarca, mas sei que há quem leia lá o Pópulo porque tenho uma prima quase irmã, que casou com um Dinamarquês e vive em Copenhaga.
Eu sei que ela passa por aqui, mas rarissimamente comenta... Conta-me é muita coisa do modo de ser e viver desses teus vizinhos.
santa ignorancia!
eu para fazer maionaise misturo logo a gema com a mostarda e depois vou acresecentando o azeite.
e bato com aquela coisa de bater claras em castelo, porque não consigo fazê-la com a varinha mágica!
(deve-me faltar a tecnica do para cima e para baixo!!)
Nã, nã, Saltapocinhas, é assim:
Podes deitar o ovo inteiro, com clara e tudo (que sempre rende mais) uma pitada se sal e o azeite todo de uma vez. Metes a varinha no copo com esse preparado, e encostas mesmo ao fundo. Ligas e dentro de um pouquinho vês que começa a fazer-se um creme; depois, devagarinho, vais subindo com ela. O limão e a mostarda é já no fim.
Experimenta que sai bem, e é um instante.
Enviar um comentário