domingo, julho 27, 2008

Eu sou do tempo...



Li agora, num jornal online, que Portugal perdeu a final de hóquei em patins com Espanha
Ontem, na minha casa, a TV estava ligada para um tal «Torneio do Guadiana» ou lá o que era. Não liguei nenhuma, que isto do futebol a determinado ponto enjoa-me e acho que tivemos dose que chegasse este ano. Mas o certo é que o que estava a ser transmitido era futebol.
Mas eu lembro-me bem quando o nosso país todo vibrava com o hóquei em patins! Víamos miúdos com paus e bolas improvisadas a brincarem ao hóquei, e a pedincharem aos pais um par de patins. E até os podiam alugar, que sempre era a aproximação...
É certo que era um desporto de segunda, por assim dizer, não tinha um reconhecimento mundial mas enfim ali éramos reis. «Valia mais rainha uma hora que duquesa toda a vida» ia-se pensando.
Hoje em dia, nem isso... Eu nem dei conta de que se lhe desse umas grandes honras nas transmissões televisivas, mas talvez fosse distração minha.
Mas posso dizer que tenho saudades desses anos em que fomos campeões.

E aquilo era um desporto que consolava, porque havia sempre imensos golos!... e era rápido em todos os aspectos, lá no ring eram uns foguetes e depois acabava depressa.
Coisinha à minha medida que não tenho feitio para pastelices!

11 comentários:

Anónimo disse...

Ai Emiéle... o nosso hoquei!
Tu cala-te lá, que fico logo de nó na garganta....

cereja disse...

Também eu Mary!
O que a gente vibrava quando eramos gaiatos. Não sei se era tão importante como o futebol, mas vinha logo, logo atrás.
Era uma emoção.
Hoje em dia, nem demos por isso.
Num certo aspecto o rugby está a tomar o testemunho. Ao menos valha-nos isso.

Mas este requiem pelo Hóquei em patins faz-me dó.

josé palmeiro disse...

Eu, vi o jogo!
Não perco um jogo de hóquei, seja onde for, até porque fui jogador e, começei a jogar assim, com tu dizes. Saíamos da escola primária, passávamos pela cadeia e compravamos os stiks aos presos, que os faziam maravilhosamente. Depois eram uns jogos infindáveis, na rua, sem patins e com pedras a marcarem as balisas. Dali passou-se para os patins, primeiro alugados e depois, já "meus". O passo seguinte foi começar, nos iniciados do clube da terra e subir até aos séniores até ser, campeão da segunda divisão . Hoje o jogo perdeu toda a vivacidade que referes, tal como os golos que não paravam. Depois, havia o Amadeu José de Freitas e aqueles relatos que nos empolgavam e faziam jogar com a equipa. Tudo isto, fazia com que fossemos os melhores.

cereja disse...

Como estamos a falar de Hóquei e tu vives agora nos Açores, sabes que os irmãos Serpa, o Sidónio e Olivério ainda eram da minha família...?
A sério!
E quem se esquece de Jesus Correia?
Mas mais perto de nós Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho, Xana e Livramento, por exemplo.

Anónimo disse...

Que giro!
Não fazia a mais pálida ideia que o Palmeiro tivesse sido jogador!

Ainda tenho uma ideia (não tanto como vocês) de um tempo onde esse jogo tinha outra projecção. Também não dei pela transmissão do jogo, mas talvez fosse distracção minha. Em que canal deu?

josé palmeiro disse...

Realmente, Emiéle, esta é uma revelação sensacional.
Folgo em saber essa relação familiar, com dois dos maiores senhores, do hóquei patinado nacional.
Dos nomes, nem vale a pena falar, tantos foram os eleitos, mas, já agora, lembrar o Cruzeiro, o José Lisboa, o Correia dos Santos, primo do Jesus Correia, o Edgar, O Matos, guarda-redes do Campo D'Ourique, o Vaz Guedes e todos aqueles maravilhosos atletas que nos chegaram de Moçambique, como o Moreira, o Souto, o Velasco e o Bouçós. Atodos os outros que não citei, o meu abraço, ams o espaço não dá para todos, mas todos, foram lembrados.

cereja disse...

E eu que me esforcei por lembrar aquela malta de Moçambique e a memória não me ajudou com os nomes e neste caso não vinham na net (que é sempre ou quase semprer a grande ajuda...)
Ainda procurei mas ou a busca foi mal feita ou o Bouçós, Velasco, essa gente que me estava a falhar o nome nãovem no sítio certo. Já agora lembrei-me eu do Adrião, também de lá!
Felizmente que a tua memória é bem melhor que a minha....
:))

josé palmeiro disse...

E, com a pressa, nem me lembrei, daquele que era o esteio da equipa: Fernando Adrião. Agora sim, era esta a equipa, que juntamente com Vaz Guedes, na defesa, nos deu inúmeras alegrias, Moreira, Vaz Guedes, Adrião, Velasco e Bouçós.

cereja disse...

Eu lembrei-me do Adrião mas foi porque tu falaste nos outros e de repente disse a 'ladaínha' toda! :D
Era como nessa altura se costumava dizer, assim a equipe toda de enfiada. Como sabes Moçambique é a minha adolescência e o que se viveu na odolescência marca-nos muito.
E fixamos 'ladaínhas' dessas, quando a memória é boa, coisa que a minha nunca foi!

Anónimo disse...

Vocês lembram-se deste cinco inicial de luxo?

Moreira
Vaz Guedes
Fernando Adrão
Velasco
Bouçós

(um de Portugal português e quatro de Moçambique)

Isto para não falar de tempos mais para trás.

E o hóquei relatado?
Amadeu José de Freitas, Artur Agostinho, José Fialho Gouveia.

Agora? Nem dei pela realização deste campeonato...

cereja disse...

É verdade Observador!
Foi por isso que escrevi o post. Aqui o nosso Zé Palmeiro viu o jogo mas acho que pouca gente fez o mesmo.
E nesses tempos era uma febre!
O Palmeiro também se lembrou do Amadeu José de Freitas, um nome a não esquecer...
Que saudades desses cinco «de luxo» como dizes.