Justiça baratinha
Felizmente as minhas relações com a Justiça são distantes e de cerimónia.
Embora com familiares ligados ao Direito, pessoalmente nunca precisei de recorrer a ele, nem de consultar um advogado, e entrei uma única vez num tribunal como testemunha de um caso insignificante.
Mas…
Há muita coisa que me faz muita confusão.
Uma das coisas estranhíssimas, é a que tenho apreciado nas «séries» onde há casos de ‘polícias e ladrões’ - como eu costumo dizer relembrando a infância, porque me entretêm bastante essas histórias a que não presto uma atenção por aí além – e a certa altura os maus, depois de apanhados vão ser acusados.
E, pelo menos nas ‘séries’ a que eu assisto, nesse momento em que o mau é encostado à parede pelas provas contra ele, o seu advogado começa a negociar, e pergunta ao acusador o que oferece. E, perante o meu pasmo, desenrola-se um verdadeiro regateio que nem na Praça da Ribeira.
«Ele só admite isso se lhe reduzirem a pena para tal!»; «O quê?!» devolve o polícia «nem pensar!!! Reduz-se para tal e nem menos um dia!»; «Ah, com isso não há acordo! Não aceitamos!» responde o advogado do criminoso «Bom, e se for essa pena, mas ela for cumprida na Cadeia tal que é melhor?» E por ai fora…
Fico sempre aparvalhada com aquele regateio que se passa invariavelmente, por vezes até no gabinete do juiz.
Agora li que cá, alguns presos vão «Cumprir pena só ao fim-de-semana» o que não me parece mal, não fora tal suceder para ‘aliviar’ as cadeias…
Tal e qual.
Não é que, tudo ponderado, se conclua que para a correcta reinserção social daqueles delinquentes, ela era mais bem sucedido se trabalhassem durante a semana e ficassem de castigo ao fim de semana. Isso seria de aplaudir.
Ná, aquilo é porque as cadeias andam muito cheias e fica mais barato não os alimentar tanto tempo. É o que se concluiu, porque o acompanhamento - fundamental - que se saiba, não é nenhum.
Valha-me Deus!
Isto tem lógica?...
Embora com familiares ligados ao Direito, pessoalmente nunca precisei de recorrer a ele, nem de consultar um advogado, e entrei uma única vez num tribunal como testemunha de um caso insignificante.
Mas…
Há muita coisa que me faz muita confusão.
Uma das coisas estranhíssimas, é a que tenho apreciado nas «séries» onde há casos de ‘polícias e ladrões’ - como eu costumo dizer relembrando a infância, porque me entretêm bastante essas histórias a que não presto uma atenção por aí além – e a certa altura os maus, depois de apanhados vão ser acusados.
E, pelo menos nas ‘séries’ a que eu assisto, nesse momento em que o mau é encostado à parede pelas provas contra ele, o seu advogado começa a negociar, e pergunta ao acusador o que oferece. E, perante o meu pasmo, desenrola-se um verdadeiro regateio que nem na Praça da Ribeira.
«Ele só admite isso se lhe reduzirem a pena para tal!»; «O quê?!» devolve o polícia «nem pensar!!! Reduz-se para tal e nem menos um dia!»; «Ah, com isso não há acordo! Não aceitamos!» responde o advogado do criminoso «Bom, e se for essa pena, mas ela for cumprida na Cadeia tal que é melhor?» E por ai fora…
Fico sempre aparvalhada com aquele regateio que se passa invariavelmente, por vezes até no gabinete do juiz.
Agora li que cá, alguns presos vão «Cumprir pena só ao fim-de-semana» o que não me parece mal, não fora tal suceder para ‘aliviar’ as cadeias…
Tal e qual.
Não é que, tudo ponderado, se conclua que para a correcta reinserção social daqueles delinquentes, ela era mais bem sucedido se trabalhassem durante a semana e ficassem de castigo ao fim de semana. Isso seria de aplaudir.Ná, aquilo é porque as cadeias andam muito cheias e fica mais barato não os alimentar tanto tempo. É o que se concluiu, porque o acompanhamento - fundamental - que se saiba, não é nenhum.
Valha-me Deus!
Isto tem lógica?...
5 comentários:
Sabes que também já me tenho interrogado, quando a história que vejo chega a esse ponto.
Quando oiço o bandido dizer muito sério para o investigador «quero negociar» nem acredito naquilo!
O caso destes crimes de fim-de-semana, faz todo o sentido. Assim como as penas em trabalhos comunitários. Eu até aplaudo. Mas, é claro que aplaudo se, como dás a entender, for para o castigo servir para alguma coisa. Lá por as cadeias estarem cheias... poupem-me!
Mas há ou pratica-se "justiça", neste país?
Emiéle e Joaninha, o processo está correcto. Para um delito menor, em vez de pespegar com o culpado uns dois meses na cadeia, divide-se esse tempo, e fará 15 fins de semana. É muito melhor.
Como dizes isso tem de ser acompanhado com os cuidados de uma assistente social, ou coisa assim. Se é solto aos bichos, é claro que não serve para nada!!! E acredito que saia mais barato, mas isso não é pecado, sejamos sensatos.
Ai,olhem,não sei.AB
King, talvez tenhas alguma razão, mas não me pareceu que fosse só por bondade que usassem esse esquema. E tenho a maior dúvida que tenham gente para apoiar estes delinquentes em semi-liberdade.
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