«Está lá?...»
Nós achamos graça quando lemos um romance do século XIX e vemos que se uma personagem precisa de comunicar qualquer coisa de muito urgente a outra, escreve-lhe um bilhete que manda entregar por um «moço-de-fretes» ou qualquer mensageiro do estilo. Muitas vezes acrescentava que «tinha resposta» e o tal mensageiro devia esperar por ela. Era assim que se comunicava.
Veio o telefone, e foi uma revolução! Os recados e as respostas vão e vêm com a maior naturalidade. Passou-se a «conversar à distância». Formidável!
Depois chegou a revolução do telemóvel. Aí estamos todos contactáveis em todo o lado! Deixou de haver desculpas para não se avisar seja do que for, a não ser as desculpas da própria tecnologia “aqui não há rede” ou “fiquei sem bateria”…
Ora muito bem, acontece que ando a pensar nisto porque na casa da amiga que me acolheu, não há telefone fixo. Por razões que não vêm ao caso, ela desistiu do telefone e governa-se apenas com telemóvel. Bem, a cavalo dado não se olha o dente e, portanto, ‘programei-me’ para durante estes dias não falar para os sítios onde não dá jeito usar telemóveis – locais onde demoram muito a atender, ou amigas que gostam de manter conversas ao telefone e sairia incomportável para mim meia hora ou mais a um telemóvel. Muito bem, não é grave.
Mas mantive o telemóvel carregado e ligado para estar acessível a quem me procurasse. Ora acontece que, com a perversidade que as máquinas por vezes têm, o estúpido do meu telelé decidiu que anda velhote, o horário de trabalho é pesado, e assim sendo desliga-se sozinho!!! Os amigos ligam-me e deixam recado a queixar-se de que não podem falar. Vou verificar, e realmente o parvo está desligado! Lá vou ver ao perfil [aquele que diz ‘desligado, normal, vibração, silêncio, reunião’ essas coisas] e activo o normal. Se pouco depois for ver, já está desligado!!!
Grrr!!!
Estou incomunicável.
Uma destas, heim?..
Veio o telefone, e foi uma revolução! Os recados e as respostas vão e vêm com a maior naturalidade. Passou-se a «conversar à distância». Formidável!
Depois chegou a revolução do telemóvel. Aí estamos todos contactáveis em todo o lado! Deixou de haver desculpas para não se avisar seja do que for, a não ser as desculpas da própria tecnologia “aqui não há rede” ou “fiquei sem bateria”…
Ora muito bem, acontece que ando a pensar nisto porque na casa da amiga que me acolheu, não há telefone fixo. Por razões que não vêm ao caso, ela desistiu do telefone e governa-se apenas com telemóvel. Bem, a cavalo dado não se olha o dente e, portanto, ‘programei-me’ para durante estes dias não falar para os sítios onde não dá jeito usar telemóveis – locais onde demoram muito a atender, ou amigas que gostam de manter conversas ao telefone e sairia incomportável para mim meia hora ou mais a um telemóvel. Muito bem, não é grave.
Mas mantive o telemóvel carregado e ligado para estar acessível a quem me procurasse. Ora acontece que, com a perversidade que as máquinas por vezes têm, o estúpido do meu telelé decidiu que anda velhote, o horário de trabalho é pesado, e assim sendo desliga-se sozinho!!! Os amigos ligam-me e deixam recado a queixar-se de que não podem falar. Vou verificar, e realmente o parvo está desligado! Lá vou ver ao perfil [aquele que diz ‘desligado, normal, vibração, silêncio, reunião’ essas coisas] e activo o normal. Se pouco depois for ver, já está desligado!!!
Grrr!!!
Estou incomunicável.
Uma destas, heim?..








11 comentários:
Este sistema aqui debaixo ainda é o melhor!!! Duas latas e uma guita, não precisa de bateria e não se paga a ninguém!
Olaré!!!
Olha que estou a gozar, mas solidarizo-me. É que estar incontactável é muita chato! E ainda por cima assim a modos que sem te poderes movimentar... Gaita! Beijinhos e abraços meus.
Bonita ilustração. Quantos telefonemas fiz, com telefones semelhantes, com as latas da graxa, "ROSETE", lembras-te?
Hoje, criámos uma dependência tal, dessas máquinas que nos oprimem, que não sabemos viver sem elas, mas elas, como máquinas que são, às vezes, pregam-nos partidas, como essa de se desligarem e das baterias, descarregarem, num ápice.
Eu também achei graça a este telefone à moda antiga, por isso deixei aqui o boneco. Mas não me serve na aflição actual... Sniff..
Tenho-me socorrido do skype, mas não dá para os outros falarem comigo.
Que chatice!
E não queria nada comprar outro, mas...
É que os telemóveis também são temperamentais... Se descobriu que é o único fio de ligação com o mundo exterior, agora faz-se caro. Propõe-lhe passares para assinatura, ou um auricular diferente...
Se continuar a fazer-se de esquisito, diz que o vais trocar por um modelo mais recente. Talvez se assuste, e não chegues a precisar de nada tão radical.
Só uma coisa: esse link onde diz «conversar à distância» passa desapercebido. E tem piada porque o boneco move-se!!!
Eu só vi à segunda.
E...por acaso alimentaste-o?AB
Mas se tens net e tens skype, a coisa não está mal.
Os teus amigos não te podem falar mas tu podes.
Cá para mim até é o ideal, evitam-se chatices.
Nada cínico este sem-nick...!
Mas mesmo que o telemóvel tocasse sempre se podia não atender se o nome não agradasse.
Achei muita graça teres começado por lembrar como se «comunicava» há 100 anos... E, faltava ainda chamar a atenção para que isso se dava em determinadas classes sociais. Notem que hoje para se telefonar basta saber falar (e conhecer os algarismos para marcar um número) mas para mandar um recado daqueles tinha de se saber escrever, e tinha de haver dinheiro para pagar ao tal 'moço de fretes' (?).
É uma distância impressionante!!! Só cem anos?!
RS, é giro pensar nessas coisas, não é? Olha que ainda é do meu tempo e de muita gente, as chamadas quando não eram locais tinham de ser através de telefonista. E por exemplo quando se falava para fora, para África por exemplo, era com dia e hora marcada. Sabíamos que amanhã. às cinco horas íamos falar para Moçambique por exemplo, e estávamos todos junto do telefone, a aproveitar aqueles 3 ou 5 minutos, nem sei bem...
É difícil de imaginar hoje!
De resto, é claro que este 'bloqueio de comunicações' é chatinho, mas nada de grave. Eu começo a pensar que seja mesmo o aparelho que esteja a ficar velho. Estas coisas também se gastam, e nem me recordo há quantos anos o comprei. Aliás hoje há uns já bastante baratos e acho que vai sei o que vou fazer - uma troca e acabou.
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