Money, money, money, money, money....
Eu prometi-lhe que escrevia um post e venho fazê-lo.
Não é segredo para os Populianos que na minha casa simpatizamos com um clube. Dos chamados «grandes».
Eu, mais velha e mais serena entusiasmo-mepouco menos com os sucessos do dito, o meu filho com sangue na guelra vibra e sofre horrores com as oscilações do campeonato. E, como bom adepto, até é sócio e paga quotas (valor que não é tão insignificante como isso) e tem um lugar ‘de época’ para assistir aos jogos.
É sabido que os Estádios de Futebol, ao contrário do que seria de esperar, são lugares de risco. As pessoas perdem a cabeça, descontrolam-se durante os jogos, há cenas tristes de agressões, de pancadaria, de violência. Para evitar os excessos os responsáveis criaram normas de alguma sensatez como não deixar entrar objectos que possam eventualmente transformar-se em armas.
Apoiado.
Portanto quem vai ao jogo deve ir de mãos a abanar. Entende-se.
Proibido levar garrafas de cerveja ou latas que possam ajudar uma agressão. Correcto.
O meu rapaz costumava levar um lanche de umas sanduíches e um pacote de sumo, mas primeiro começou por o pacote ter de ir aberto, e depois também não entrava sumo. Aceitava-se.
Mas ontem chegou-me a casa completamente furioso, porque não o deixaram entrar com uma miserável sanduíche de pão de forma! As pessoas eram revistadas – inclusivamente viam-lhes os bolsos – e não entrava migalha lá no Estádio. Na troca de palavras com a pessoa da entrada, este ter-lhe-á dito que só se fosse diabético – pelo que se imagina que os diabéticos tenham de andar com um documento a comprovar essa sua qualidade se pretenderem entrar com uma buchazinha num Estádio.
De notar que este era um jogo que apanhava exactamente a hora do jantar – das 20:00 às 22:00 aproximadamente. Faz sentido a proibição?
Como é óbvio que não pode passar pela cabeça de ninguém que seja uma sanduíche de pão de forma com queijo que enviada pelos ares vá magoar seriamente um árbitro ou jogador, não é como arma de arremesso que ela foi confiscada. Também não acredito que fosse por preocupação com o asseio do chão e de que algumas migalhas tombassem e fossem conspurcar aquele piso tão asséptico. Logo, a conclusão é que era uma medida proteccionista à venda de alimentos dentro do recinto, o gato está escondido com o rabo de fora.
Mas o absurdo é completo. Imagina-se que durante os 10 minutos do intervalo os milhares de espectadores tenham tempo de acorrer ao bar? E esse tal bar tem resposta para os ditos milhares de clientes? É uma medida completamente idiota, têm de o reconhecer.
Se se andam a queixar de que os estádios têm pouca gente, duvido muito que seja assim que aumentam a clientela.
Por outro lado, também me indignou um tanto essa coisa da revista aos bolsos de cada um. Mas como é?! Eu tenho de deixar que um porteiro me reviste como um polícia a um criminoso?! Há algo de privacidade que sinto invadida com essa busca.
Que se evite a violência é uma coisa que só posso aplaudir, mas tem de haver limites ou troca-se uma violência por outra.
Não é segredo para os Populianos que na minha casa simpatizamos com um clube. Dos chamados «grandes».
Eu, mais velha e mais serena entusiasmo-me
É sabido que os Estádios de Futebol, ao contrário do que seria de esperar, são lugares de risco. As pessoas perdem a cabeça, descontrolam-se durante os jogos, há cenas tristes de agressões, de pancadaria, de violência. Para evitar os excessos os responsáveis criaram normas de alguma sensatez como não deixar entrar objectos que possam eventualmente transformar-se em armas.
Apoiado.
Portanto quem vai ao jogo deve ir de mãos a abanar. Entende-se.
Proibido levar garrafas de cerveja ou latas que possam ajudar uma agressão. Correcto.
O meu rapaz costumava levar um lanche de umas sanduíches e um pacote de sumo, mas primeiro começou por o pacote ter de ir aberto, e depois também não entrava sumo. Aceitava-se.
Mas ontem chegou-me a casa completamente furioso, porque não o deixaram entrar com uma miserável sanduíche de pão de forma! As pessoas eram revistadas – inclusivamente viam-lhes os bolsos – e não entrava migalha lá no Estádio. Na troca de palavras com a pessoa da entrada, este ter-lhe-á dito que só se fosse diabético – pelo que se imagina que os diabéticos tenham de andar com um documento a comprovar essa sua qualidade se pretenderem entrar com uma buchazinha num Estádio.
De notar que este era um jogo que apanhava exactamente a hora do jantar – das 20:00 às 22:00 aproximadamente. Faz sentido a proibição?
Como é óbvio que não pode passar pela cabeça de ninguém que seja uma sanduíche de pão de forma com queijo que enviada pelos ares vá magoar seriamente um árbitro ou jogador, não é como arma de arremesso que ela foi confiscada. Também não acredito que fosse por preocupação com o asseio do chão e de que algumas migalhas tombassem e fossem conspurcar aquele piso tão asséptico. Logo, a conclusão é que era uma medida proteccionista à venda de alimentos dentro do recinto, o gato está escondido com o rabo de fora.
Mas o absurdo é completo. Imagina-se que durante os 10 minutos do intervalo os milhares de espectadores tenham tempo de acorrer ao bar? E esse tal bar tem resposta para os ditos milhares de clientes? É uma medida completamente idiota, têm de o reconhecer.
Se se andam a queixar de que os estádios têm pouca gente, duvido muito que seja assim que aumentam a clientela.
Por outro lado, também me indignou um tanto essa coisa da revista aos bolsos de cada um. Mas como é?! Eu tenho de deixar que um porteiro me reviste como um polícia a um criminoso?! Há algo de privacidade que sinto invadida com essa busca.
Que se evite a violência é uma coisa que só posso aplaudir, mas tem de haver limites ou troca-se uma violência por outra.
11 comentários:
Não sei bem se é «ao contrário do que seria de esperar».
Eu penso que «seria de esperar» sim.
A zanga quotidiana que não é canalizada para nada, orienta-se nessa direcção, porque é socialmente aceite. Como não dá pregar uns murros ao colega de trabalho que nos chateou, ou ao patrão que nos chateia ainda mais, vai daí e 'justifica-se' que esses murros se apliquem a quem tem o mau gosto de preferir um clube que não é o meu.
Para mim, penso que muita gente vai aos estádios para se «desrecalcar», poder berrar a plenos pulmões, dizer palavrões, agitar-se, etc.
Mas o que contas é de um ridículo atroz! Realmente um membro violento de uma claque, até pode esconder o que muito bem queira (e prova-se constantemente que o faz) sem ser descoberto. Um elemento que tem um lugar cativo ou lá como se chama, é de certeza uma pessoa que não é de uma claque. Que impeçam a entrada de garrafas de vidro ou latas cheias, enfim, compreende-se, mas já o tetrapak ou lá o que é, é disparate. Lá dentro não vendem garrafas de água? e isso não pode ser também atirado como o pacote do sumo?
Mas a história da sanduíche merece entrar para o manual. Como dizes, tá na cara que é uma manobra para vender o que têm lá dentro. Que vergonha!!!!
Não há dúvida que uma coisa é a violencia no planeta,outra é a fome no mundo ...mas a fomeca do nosso "rebento" durante o jogo é importante...ainda por cima qd. um misero pão de forma(tem bicos mas pressupõe-se que não sejam paleoliticos)è confiscado por uma espécie de ASAE sem qualificação vulgo "segurança do Estádio"...Realmente!!!!!O King já disse tudo quanto eu diria mas já agora apeteceu-me sublinhar...que quem não se sente não é filho de boa gente .AB
Já agora um conselho não sei se útil -na próxima sanduiche, junto com a alface ,põe uma notinha de 5 euros-talvez passe.AB
AB, assim ficava caro o bilhete, ele que já não é nada acessível. Vocês já disseram tudo e eu só acrescento que é por essas e por outras, similares, que não vou ao futebol. Disse!
Vinha responder à AB e entretanto
............
FIQUEI SEM NET!!!
Claro que há coisas que arreliam mais, mas olhem que poucas! Estive aqui a ligar e desligar coisas num frenesim, até que veio resposta de novo. Uff!!!
Pronto, cá respondo: Não foi tanto a fome do rebento que me chateou, foi ver a 'vigarice' tão óbvia, tão óbvia ( os cantinhos da sanduiche até eram macios, aquilo não era papo-seco eram duas fatias de pãozinho de forma!) e pensar na desculpa idiota. A verdade é que já se paga tanto, que querem esmifrar mais uns tostões nos lanches que vendem lá é revoltante.
Zé, ele gosta de ir ao Estádio pelo ambiente, o calor humano, etc e tal, mas ontem já dizia que assim fica em casa e janta com um prato à frente. Nós até temos TVSport!!!!
A gente estranha quando passa por cá e encontra uma coisa que nasceu depois da manhã... :D
Fiquei com a ideia que viste «cumprir a promessa» porque ele deve ter ficado piurso!
E olha que não é para menos!
Até nos cinemas há o terrível bando das pipocas e que se saiba se alguém entrar com pipocas caseiras (ehehehe!!) entra na mesma! Controlar uma reles sanduíche... A AB deve ter razão, aquilo era um inspector da ASAE disfarçado, e achou que o produto não estava nos critérios!
Olha, respondi a gozar um pouco, mas se falarmos a sério, esse fenómeno da violência nos estádios, sendo preocupante, não se resolve assim, como é evidente. Até porque não vão retirar os telemóveis por exemplo [Dá-me o meu telemóvel já!] e isso pode ser uma boa arma de arremesso, bem mais dura que a sanduíche de presunto. Quem quer agredir fá-lo mesmo ao murro, de mãos vazias. O que era preciso era alterar os comportamentos, mas como é que se faz? Eu cá não sei.
Tens razão, Mary, vim um pouco cumprir a promessa porque ele, que costuma ser manso, ficou completamente fora de si. Mas por outro lado porque me solidarizei e achei aquilo um desaforo. Porque perguntei se da próxima levasse a sanduíche disfarçada no bolso, ele ele explicou que também olhavam para dentro dos bolsos! Francamente!!!! Que desaforo!
A AB ri-se, ri-se, mas eu também ficava piurso se me roubassem o jantar da boca, olha lá!!!!
quando foi do euro aqui em aveiro, não deixaram entrar o meu sobrinho (na altura com 10 anos) com uma perigosa arma de arremesso: um iogurte!
se fosse comigo o iogurte não entrava, mas eu também não!!
Sabes, Saltapocinhas, aqui para nós, se fosse eu tinha-os mandado bugiar e vinha comer a minha sanduíche a casa! Mas aquilo era o último jogo, ele estava tão entusiasmado, a verdade é que nem quis perder o lugar na bicha - porque outra possibilidade era comê-la antes de entrar e entrar um pouco atrasado.
Mas que revolta, isso é um facto. A mais descarada caça ao que se pode gastar lá no Bar!!! que, ainda por cima como eu disse nunca poderia responder às necessidades de toda a gente.
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