o português não é a única língua que é falada de um modo diferente. Olhem para o inglês e o americano... E que quantidade de letras 'inúteis', que não se lêem, que existem no inglês.
A evolução é evidente (basta pegar-se num livro editado há cem anos e a grafia é bem diferente) mas se há cisa onde o bom senso e a calma deviam ser norma, é aqui. porque às tantas nem se sabe escrever à antiga nem à moderna.
E claro que cada um sabe de si, e mais nada. Mas é curioso que uma das coisas que se refere muito é a inutilidade de letras duplas, e a confusão que faz. E muitas vezes são pessoas que dominam o inglês na perfeição e não os oiço criticaram a sua dificuldade. Fui espreitar um texto ao acaso, e num parágrafo retirei logo estas 9 palavras: Called Official Accused Less Hammer Million Collector Will Luggage
Tudo com letras duplas! Claro que tem a sua razão de ser. E na língua portuguesa também!
Humor delicioso.Nos últimos slides já pouco se percebe.
É natural que a língua evolua. Basta ler os textos no ínicio do século XX para perceber isso. Mas parece-me que há casos que determinam a identidade da língua, a sua história, origem.
Ainda tenho de estudar melhor o assunto, mas não concordo muito com este acordo.
A provocação maior está no Ç, esse cê cedilhado que não se encontra em muitas línguas e aqui fica altamente cómico. Se quem inventou estas piadas escolhesse antes um S para esse som, a graça era menor. Mas prova-se mesmo que são línguas diferentes, na dificuldade que temos em ler as imagens finais, que para um brasileiro é só ler tal e qual o que lá está!
Bem, eu deixei esta 'provocação' porque achei engraçado, simplesmente. Tenha a convicção de que muitos de nós falamos do que não conhecemos bem; eu pelo menos assim é. Li umas coisas e o que "julgo que sei" é sempre indirectamente, não li o acordo. E também é verdade que sempre ou quase sempre, quando há modificações, há reacções negativas. Uma língua e a sua forma escrita vai evoluindo (e de que maneira!!!) e mais tarde ou mais cedo vamos ceitar essas modificações. Contudo, o demasiado facilitismo, não me agrada. Sei bem que escrever-se com um F em vez de um PH, foi um avanço e simplificou muita coisa. E talvez dentro de algum tempo desapareça o QU e as palavras que o utilizam se passem a escrever com K - como agora já se faz em emeiesienês. [kerido kero o keijo ke veio da kinta - hoje parece estranho e se calhar para os nossos netos é escrita corrente] Contudo, alguns argumentos para mim, deixam a desejar. E esse das letras duplas, a Mary teve razão ao citar o inglês que muitos dos nossos críticos não contestam.
Vou esperar para ver. Não tenho grandes esperanças que a mudança proposta venha a contribuir grandemente para a evolução da língua. Parece-me mais uma cedência às novas tecnologias. Será que vai deixar de haver erros? Veremos, mas que vei ser um trinta e um com os manuais escolares e com as mais variadas esdições livreiras, isso vai.
Para mim a questão não está em haver ou não erros de ortografia e eles desaparecerem se a grafia for mais simplificada. Não o creio. Por algum motivo se chama Acordo ortográfico luso-brasileiro. Pretende-se um «acordo» ou seja uniformizar os modos de escrita que já existem, e eles existem em Portugal e no Brasil com formas diferentes (e já agora em África?) E, - posso estar muito enganada - até aquilo que imagino é que o que está por detrás é exactamente o mercado de livros, e o desejo das nossas editoras exportarem para o Brasil... Se em Portugal se adoptar a ortografia brasileira esse mercado fica mais aberto.
Sabem que existe um blog só sobre este tema??? Chama-se, como é lógico, Acordo ortográfico e pelo que fui lá espreitar o autor é um acérrimo defensor do dito. Para mim, um dos senões é que cada vez nos afastamos mais do conhecimento da origem das palavras, e tantas e tantas vezes saber o que verdadeiramente significam em relação a palavras que parecem sinónimos e não o são, quase que só lá se pode chegar conhecendo a sua origem. Ou então avançamos para a resposta, diz-se assim porque sim! Aliás daqui a pouco vamos bater nos sotaques regionais. Para quê escrever 'leite' com i se pronunciamos 'lête', ou continente se dizemos 'contnente'? O pobre do i, cada vez vai ficando mais mudo e ainda se vai...
A Emiéle tem alguma razão, deve haver também interesses livreiros. Estive a ver umas coisas e encontrei que «Segundo especialistas, as modificações propostas no acordo devem alterar 1,6 por cento do vocabulário de Portugal. [….] No Brasil, a mudança será menor, já que apenas 0,45 por cento das palavras terão a escrita alterada.» Ou seja, nós vamos ter 3 vezes mais mudanças do que eles.
15 comentários:
O humor à brasileira!!!!
A lingua vai mesmo "evoluir", queiramos ou não,o combate está definido á partida.Resta saber se a unificação oi a melhor solução.
o português não é a única língua que é falada de um modo diferente. Olhem para o inglês e o americano...
E que quantidade de letras 'inúteis', que não se lêem, que existem no inglês.
A evolução é evidente (basta pegar-se num livro editado há cem anos e a grafia é bem diferente) mas se há cisa onde o bom senso e a calma deviam ser norma, é aqui. porque às tantas nem se sabe escrever à antiga nem à moderna.
E claro que cada um sabe de si, e mais nada. Mas é curioso que uma das coisas que se refere muito é a inutilidade de letras duplas, e a confusão que faz. E muitas vezes são pessoas que dominam o inglês na perfeição e não os oiço criticaram a sua dificuldade. Fui espreitar um texto ao acaso, e num parágrafo retirei logo estas 9 palavras:
Called
Official
Accused
Less
Hammer
Million
Collector
Will
Luggage
Tudo com letras duplas! Claro que tem a sua razão de ser. E na língua portuguesa também!
Humor delicioso.Nos últimos slides já pouco se percebe.
É natural que a língua evolua. Basta ler os textos no ínicio do século XX para perceber isso. Mas parece-me que há casos que determinam a identidade da língua, a sua história, origem.
Ainda tenho de estudar melhor o assunto, mas não concordo muito com este acordo.
Não gosto da mosca!
A provocação maior está no Ç, esse cê cedilhado que não se encontra em muitas línguas e aqui fica altamente cómico. Se quem inventou estas piadas escolhesse antes um S para esse som, a graça era menor.
Mas prova-se mesmo que são línguas diferentes, na dificuldade que temos em ler as imagens finais, que para um brasileiro é só ler tal e qual o que lá está!
Bem, eu deixei esta 'provocação' porque achei engraçado, simplesmente.
Tenha a convicção de que muitos de nós falamos do que não conhecemos bem; eu pelo menos assim é. Li umas coisas e o que "julgo que sei" é sempre indirectamente, não li o acordo. E também é verdade que sempre ou quase sempre, quando há modificações, há reacções negativas. Uma língua e a sua forma escrita vai evoluindo (e de que maneira!!!) e mais tarde ou mais cedo vamos ceitar essas modificações.
Contudo, o demasiado facilitismo, não me agrada. Sei bem que escrever-se com um F em vez de um PH, foi um avanço e simplificou muita coisa. E talvez dentro de algum tempo desapareça o QU e as palavras que o utilizam se passem a escrever com K - como agora já se faz em emeiesienês. [kerido kero o keijo ke veio da kinta - hoje parece estranho e se calhar para os nossos netos é escrita corrente]
Contudo, alguns argumentos para mim, deixam a desejar. E esse das letras duplas, a Mary teve razão ao citar o inglês que muitos dos nossos críticos não contestam.
Vou esperar para ver.
Não tenho grandes esperanças que a mudança proposta venha a contribuir grandemente para a evolução da língua. Parece-me mais uma cedência às novas tecnologias. Será que vai deixar de haver erros?
Veremos, mas que vei ser um trinta e um com os manuais escolares e com as mais variadas esdições livreiras, isso vai.
Erros não deixará de haver, com toda a certeza! Mas seria essa a intenção? Já que não se acerta na grafia, mudem-se as palavras...
Para mim a questão não está em haver ou não erros de ortografia e eles desaparecerem se a grafia for mais simplificada. Não o creio. Por algum motivo se chama Acordo ortográfico luso-brasileiro. Pretende-se um «acordo» ou seja uniformizar os modos de escrita que já existem, e eles existem em Portugal e no Brasil com formas diferentes (e já agora em África?) E, - posso estar muito enganada - até aquilo que imagino é que o que está por detrás é exactamente o mercado de livros, e o desejo das nossas editoras exportarem para o Brasil... Se em Portugal se adoptar a ortografia brasileira esse mercado fica mais aberto.
Sabem que existe um blog só sobre este tema??? Chama-se, como é lógico, Acordo ortográfico e pelo que fui lá espreitar o autor é um acérrimo defensor do dito.
Para mim, um dos senões é que cada vez nos afastamos mais do conhecimento da origem das palavras, e tantas e tantas vezes saber o que verdadeiramente significam em relação a palavras que parecem sinónimos e não o são, quase que só lá se pode chegar conhecendo a sua origem. Ou então avançamos para a resposta, diz-se assim porque sim!
Aliás daqui a pouco vamos bater nos sotaques regionais. Para quê escrever 'leite' com i se pronunciamos 'lête', ou continente se dizemos 'contnente'? O pobre do i, cada vez vai ficando mais mudo e ainda se vai...
A Emiéle tem alguma razão, deve haver também interesses livreiros.
Estive a ver umas coisas e encontrei que
«Segundo especialistas, as modificações propostas no acordo devem alterar 1,6 por cento do vocabulário de Portugal. [….] No Brasil, a mudança será menor, já que apenas 0,45 por cento das palavras terão a escrita alterada.»
Ou seja, nós vamos ter 3 vezes mais mudanças do que eles.
Ora muito bem.
Ele está AQUI.
Façam favor de se servir...
Se tiverem paciência.
Obrigada, Emiele. Já guardei.
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