O Diário da Ana
Domingo, 14 de Abril de 1974
Hoje fomos à revista!
Andávamos há que tempos a combinar, a descombinar, a voltar a combinar… Foi hoje!
«Ver, ouvir e… calar!» no ‘Maria Vitória’. Acabámos por escolher a matiné das 4, porque se temos adiado tantas vezes era que, apesar de ser muito mais giro à noite, tornava-se mais difícil encontrar quem ficasse com os miúdos da Luísa do Zé e assim ficou bem resolvido, ficaram com a avó e pronto.
Gostei. Claro que já temos visto melhor, mas a revista é sempre revista, esta não é nada má, tem alguns quadros muito bem apanhados. Eu, pelo menos, gostei muito, o João não tanto mas ele também é muito exigente.
Bem, vimos, ouvimos e … calamos - como é costume.
De qualquer modo gosto sempre muito de ir ao Parque. O ambiente é especialíssimo, não se apanha aquele 'clima' em nenhuma outra parte, é sempre uma festa. Ainda jantámos lá, mas não pudemos depois fazer nenhuma noitada que se tinha de ir buscar os miúdos e amanhã é dia de trabalho!
6 comentários:
Tchi o velho Parque!!! Que histórias não há para contar. Aliás a AB aqui no Pópulo já deixou algumas bem interessantes!
E a dita piada de revista ainda era aquilo que conseguia fintar a censura.
Certo.
Uma tarde/noite muito possível nesse tempo.
Não saía barato, mas como aqui a Ana disse, também andaram a combinar e a «descombinar» muito possivelmente contando as moedinhas do porta-moedas... Essa da matiné, só mesmo por causa dos filhos que não tinha grande piada. Quanto mais tarde melhor! Mas pelo que se percebe estavam com receio que aquilo saísse do cartaz, e assim resolveram dessa forma.
Um bom domingo, com certeza!
Eu, seria assim uma espécie de João, também não ia muito à bola com a revista.
Agora, quanto ao Parque e às outras vivências, como o Cantinho e as outras capelinhas, isso era uma outra realidade.
:) Zé Palmeiro,pelo que tens deixado escapar aqui, já te imaginava cliente do Cantinho dos Artistas :)) Se também andavas ali pelo Ritz... (estou aqui a falar mas é mais pelo que a AB conta)
Quanto à ida à revista, foi um toque de época também, uma vez que foi coisa que desapareceu. Logo a seguir ao 25 o Adoque fez o «Pides na grelha» e o registo mudou 180º.
Mas neste Diário, é plausível que estes casais aproveitassem este tipo de distracção, desde que os meninos ficassem na avó!
Tenho comentado muito pouco (parece-me mesmo que esta série de «O Diário» nunca comentei) porque ando com muito pouco tempo, o que não quer dizer que sempre que possa não passe pelo Pópulo. No meu passeio por blogs este é o primeiro e, aliás, o que mais comento.
Para quem já nasceu depois deste tempo, tudo isto é interessantíssimo. De repente sinto-me a andar na paródia com os meus pais!! Uau!
Mas, brincadeira à parte, está contado de um modo tal que exactamente como aquilo que se passa com a série «Conta-me como foi» a gente imagina-se nessa época.
E depois é giríssimo o coro dos teus comentadores... Porque a maioria, ou a totalidade, acompanharam esse processo. Muito giro.
Zé Palmeiro e Emiéle (visitas first) ontem, apesar de as provocações serem muitas, cheguei tão cansada que nem deu para ir ao Parque nem ao Cantinho. Mas uma informação, que já tem umas semanas -a Marina Tavares Dias celebrou os "20 anos da colecção sobre Lisboa (tem sido cá um filão) com um livro só sobre o Parque Mayer e a Feira Popular. Já o ofereci Twice mas ainda não o tenho.Com todas as reservas que eu sempre tive em relação a esta colecção aconselho, porque apesar de todos os pesares, não há dúvidas que é única.
AB
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