domingo, abril 13, 2008

E viva Espanha!

Zapatero formou governo.

Venceu as eleições, felizmente sem maioria absoluta. Vai ter dificuldades, é evidente. Os problemas económicos não poupam a Espanha e tem de enfrentar as questões das autonomias, situação difícil para um governo central seja de que país for.
Contudo, governar sem maioria absoluta é um teste de capacidade interessante. É nessas condições que se pode avaliar as unhas capazes de tocar a guitarra.

E, nesta situação delicada, ele convidou para o seu gabinete nove mulheres e oito homens. Se contarmos com ele próprio, é a completa igualdade de géneros.
Não conheço os políticos espanhóis (a não ser os nomes muito falados) portanto não faço ideia da competência destas ministras. E, naturalmente, sei que não serão competentes só pelo facto de serem mulheres, contudo se foram convidadas é porque se lhes reconhece qualidades, pelo menos as que se exigem aos seus colegas masculinos.
Um bom exemplo.

Como se vê, não é necessário ter-se nascido num país nórdico para se aceitar a igualdade dos géneros!
[em política, pelo menos]



10 comentários:

Anónimo disse...

Foi fundamenal. Acompanho como posso a política espanhola, e considero o pp&ic muito muito perigosos.Vamos os acordo que terá Zapatero para fazer qualquer coisa do muito que tem de fazer

Anónimo disse...

E é importante para nós perceber como a politica de Sócrates se "moderará" ou não perante o exemplo desta não maioria absoluta ou se Brown continuará a ser tão ,tão.AB

Anónimo disse...

Vamos esperar e ver.
Mas à partida tenho alguma confiança.

Cem por cento de acordo com o «perigo» das maiorias absolutas.

Anónimo disse...

Eles têm cotas?
Não é que tenha nada contra, mas se não têm e conseguem isso é formidável!!!
Aliás, a política que têm seguido em muitos campos não tem nada a ver com o que se passa cá! E com a ETA à perna e a direita que têm lá que não é para brincadeiras. Nem a Igreja.

cereja disse...

Ups!
Reli o que escrevi, e encontrei uma frase muito ambígua. Ainda ninguém ainda embirrou com ela, e pensei deixá-la ficar, mas vou acrescentar uma palavra.
Quando escrevi sobre as ministras
«sei que não serão competentes pelo facto de serem mulheres» , para mim estava claro que queria dizer que ser-se ou não competente não está dependente do género de cada um. Ou seja «o facto de serem mulheres não as torna competentes (ou incompetentes)» mas tal como a frase ficou, parece que dizia que não eram competentes por serem mulheres. Ai, ai..
Vou acrescentar a palavra SÓ, e a coisa fica clara.

cereja disse...

AB, não vejo o Sócrates a moderar-se. E esse modelo do Tony foi decisivo para o nosso Primeiro. Claro que o aproximar das eleições pode fazê-lo pensar, mas o autoritarismo é estrutural, e para isso tem de ter pulso livre.

Anónimo disse...

Aqui no ying e yang (é assim?) qual é o preto e qual o branco? É ao calha?
Não me cheira que estas coisas são sempre muitaaaaa simbólicas!...

cereja disse...

Joaninha, olha lá tens dúvidas? Imaginas que o machismo é só europeu?
Tá na cara; olha lá:

* Yin: o princípio passivo, feminino, nocturno, escuro, frio
* Yang: o princípio activo, masculino, diurno, luminoso, quente.


E mais nada!!!!!

saltapocinhas disse...

também ouvi!
excelentes notícias!

cereja disse...

Não é, Saltapocinhas?
Pelo menos anima. Há povos latinos capazes de equacionar as coisas sem preconceitos.