Chegou Abril
Desde que tenho um blog só meu que gosto de fazer uma festa no mês de Abril.
Já gostava de Abril antes de 74 e, depois de o mês ter deixado de ser «mais um mês» para se tornar um símbolo, mais gosto ainda. Apesar da Primavera já ter começado há uma semana, este é o meu mês de Primavera, um mês inicial, forte, enérgico, caloroso, alegre, colorido.
Gosto muito do mês de Abril.
Mas passemos ao símbolo. Escuso de falar sobre ele, é evidente. E, tal como comecei a dizer, quer no meu Primeiro Pópulo, quer no Segundo, decidi ‘enfeitar’ o mês todo de modo a não passar desapercebido a quem me entrasse em casa. Das outras vezes, todos os dias contava uma pequenina história para lembrar como foram os tempos de antigamente, e também deixava um post só gráfico com motivos alusivos. Ou seja, usei esse modelo da primeira vez e o ano passado refresquei-o um pouco, ‘reciclei-o’ e voltei a usá-lo como poupadinha que sou :D
Mas desta vez era demais! Ainda por cima porque os leitores que por aqui passam (a julgar pelos que comentam) são sempre os mesmos e não podia impingir a mesma conversa pela terceira vez. Mas… a minha fantasia também não dá para muito mais! Tenho entusiasmo sim, mas falta-me imaginação.
Portanto, vou-vos poupar como é evidente a outra repetição. Este ano mudo um pouco e vou apenas deixar, «uma música por dia». Na mesma linha, escuso de o dizer.
Por outro lado, só para o caso de ainda por aqui passar alguém que não conhecesse os posts do «24 de Abril» também vou todos os dias fazer uma chamada com link para aquilo que eu disse em cada dia de Abril de há dois anos. Nem é bem um post, é uma 'chamada de atenção'.
E prometo também, com a frequência que conseguir, espero que todos os dias, deixar ficar uma página de um Diário de uma mulher imaginada, a Ana que vive em Abril de 1974. Como é o seu dia-a-dia, a sua vida, que interesses tem, onde se veste, a que espectáculos vai…
[A Ana é uma mulher de cerca de 30 anos, casada mas ainda sem filhos, classe média, curso superior, interessada pelo que a rodeia.]
Memórias.
Fazem falta, hoje em dia quando tudo parece tão longe.
Já gostava de Abril antes de 74 e, depois de o mês ter deixado de ser «mais um mês» para se tornar um símbolo, mais gosto ainda. Apesar da Primavera já ter começado há uma semana, este é o meu mês de Primavera, um mês inicial, forte, enérgico, caloroso, alegre, colorido.
Gosto muito do mês de Abril.
Mas passemos ao símbolo. Escuso de falar sobre ele, é evidente. E, tal como comecei a dizer, quer no meu Primeiro Pópulo, quer no Segundo, decidi ‘enfeitar’ o mês todo de modo a não passar desapercebido a quem me entrasse em casa. Das outras vezes, todos os dias contava uma pequenina história para lembrar como foram os tempos de antigamente, e também deixava um post só gráfico com motivos alusivos. Ou seja, usei esse modelo da primeira vez e o ano passado refresquei-o um pouco, ‘reciclei-o’ e voltei a usá-lo como poupadinha que sou :D
Mas desta vez era demais! Ainda por cima porque os leitores que por aqui passam (a julgar pelos que comentam) são sempre os mesmos e não podia impingir a mesma conversa pela terceira vez. Mas… a minha fantasia também não dá para muito mais! Tenho entusiasmo sim, mas falta-me imaginação.
Portanto, vou-vos poupar como é evidente a outra repetição. Este ano mudo um pouco e vou apenas deixar, «uma música por dia». Na mesma linha, escuso de o dizer.
Por outro lado, só para o caso de ainda por aqui passar alguém que não conhecesse os posts do «24 de Abril» também vou todos os dias fazer uma chamada com link para aquilo que eu disse em cada dia de Abril de há dois anos. Nem é bem um post, é uma 'chamada de atenção'.
E prometo também, com a frequência que conseguir, espero que todos os dias, deixar ficar uma página de um Diário de uma mulher imaginada, a Ana que vive em Abril de 1974. Como é o seu dia-a-dia, a sua vida, que interesses tem, onde se veste, a que espectáculos vai…
[A Ana é uma mulher de cerca de 30 anos, casada mas ainda sem filhos, classe média, curso superior, interessada pelo que a rodeia.]
Memórias.
Fazem falta, hoje em dia quando tudo parece tão longe.
15 comentários:
Bom com esta acumulação de diários,Clara,afilhada da Clara,amigas da afilhada da Clara e Ana (Maraiazinha fui,em Marta me tornei,que é o que me cheira)qualquer dia estamos a precisar de um indice onomástico além do remissivo porque muitas coisas se vão cruzar concerteza,além da publicidade dos anos 30, que no fundo é estilo de vida, e aí está um patchwork histórico e sociológico para os amadores de puzzles humanos...Tá bem.AB
E já agora papoila para mim é Maio.Maio das papoilas vermelhas, diz o meu amigo da boina e é uma das minhas canções favoritas,além do outro maduro Maio ...AB
Olá AB, resingona !!!
(ainda ando por aqui e dá para responder logo)
Primeiro: As épocas são diferentes, criatura. Os posts da Clara - chamam-se assim porque vieram de um blog onde colaborei com esse nome - com as entrevistas à madrinha, referem-se a outra época. Ainda andamos por os anos 40. Desta vez houve um salto de 30 anos! Portanto não podia pôr a mesma pessoa a falar, que fazia muita confusão, além de que é só durante este mês...
Segundo - as papoilas.
Lá em cima, na coluna da direita, som o título Abril deixei uma foto dos cravos como deve ser. OK. Mas eu aqui falei também da Primavera, e para mim associo muito a Primavera aos mal-me-queres e às papoilas. E ficou este boneco!
Quanto ao Maio, Maduro Maio vai ser uma das minhas Canções de ... Abril! Creio que vem depois de amanhã...
Rezingona,eu?????Atão ando aqui a dizer que mais panoramico não há e tu insultas-me? Mal agradecida!E depois não posso dizer das minhas associações opiácio-musicais?Isto está pior que uma ditadura...AB
Eu não digo?
Uma pessoa a ver uma papoila de touca encarnada que me lembra uma poesia muito ingénua de criança
(«Mesmo no alto da serra
Muito guapa, muito tola,
Nasceu num monte de terra
Senhora Dona Papoula.
Era alta, era espigada,
com olho negro, brilhante,
tinha uma touca encarnada,
E pé delgado, ondulante...»
etc, etc e vens chamar-me à realidade do ópio! Francamente!!!
Olhem que animação vai neste blog!!!
Vi logo o 'títalo' lá por cima da cabeça da Emiéle, a lembrar que se estava em Abril e lembrei-me dos outros Abris com que ela nos brindou.
Já vejo que a opção deste ano é mais musical (o que só posso aplaudir, pela amostra de hoje...) e a ideia do tal «Diário» parece excelente.
Achei piada à AB, realmente sempre achei que a Clara era um 'heterónimo'? da Emiéle, e uma vez qualquer ela deu um lamiré nesse sentido. O nome veio do «Ruínas Circulares» se bem me lembro, um blog excelente, mas que esmoreceu completamente.
Mas em abono da verdade devo dizer que um blogger com o fôlego e longevidade aqui da Emiéle, é raro. Muitos começam, andam por aqui uns meses e desaparecem.
OK, vamos então festejar Abril, amiga Emiéle. E a gente está cá para a Festa!
Este Abril, promete!
De repente, uma conversa animadíssima, rompe a madrugada e, tudo se precipita.
Que bom sermos todos, gente com memória, Emiéle, AB, King, etc.(faltam ainda os outros.)
Depois os heterónimos, qual Fernando Pessoa, a povoar-nos o espírito, neste ABRIL que hoje chegou.
Veremos se consigo, acordar, na Sesta, este marco e assim acompanhar um movimento que também influenciou o nascimento da minha intervenção bloguistica.
Gostei dos Cravos e concordo com a AB, quando diz que as Papoilas são de Maio. No entanto, ABRIL e MAIO, são aquilo a que se chama: "dois em um."
Mas que divertido o diálogo Emiéle, AB! Ehehehehe!!! A Emiéle costuma 'plantar' aqui as coisas e deixar ao sol e à chuva a ver o que cresce. Vem à noitinha dar umas respostas, mas desta vez deu-se ao trabalho de responder à amiga LOL!!!
De resto, o post impunha-se para mostra o programa das festas. Ia dizer que faltava o tal link para o «24 de Abril» mas depois confirmei que no dia 1 não tinhas escrito nada, essa secção só nasceu a 2. Portanto amanhã tem de estar!!!
Não conheço TODOS os blogs, acho que é uma partezinha minúscula aquela onde eu vou, mas não há (não conheço) nenhum que tenha este cuidado com a Festa de Abril.
Sabe bem!
E eu que costumo ser a primeira achegar, hoje venho no fim da fila!!!!
( Olha AB, atina lá com as madrinhas e afilhadas, eu que acompanho estas andanças - e o camarada King tem razão, esta coisa nasceu no Ruínas de grata memória - sei que é assim: Quem fala é a mesma pessoa que foi identificada a determinada altura, porque houve quem refilasse do texto aparecer sem nome nenhum, como madrinha de quem escreve: a tal Clara. Mainada!)
E muito bem!
Eu estava na expectativa que este ano, tal como nos habituaste, dissesses qualquer coisa do 25 de Abril, mas até pensei que desta vez ficasses mais pelo dia.
Afinal se isto é não ter imaginação...?!
Infelizmente não é uma noticia de 1de Abril.Morreu Jules Dassin.Para quem gosta do chamado "Film noir"ele foi um enorme mestre."Du rififi chez les hommes"alguém se lembra?Eu lembro e bem...e lembro também a belissima Melina Mercouri,com quem ele foi casado, que vi, pouco depois do 25 de Abril, subindo com um longo manto vermelho,as escadas da Voz do Operário em representação do PASOK e como ministra da Cultura grega.Não é só o cineasta que vai mas também o militante de causas ,o homem fugido ao macarthysmo,enfim mais um dos que poderia cantar "mourir pour les idées".A Èmiele que gosta de filme negro sabe bem a dívida que a "nouvelle vague" francesa teve para com Dassin.AB
"Claro" que houve alguma rezinguisse,mas não há qualquer mal nisso, foi até giro.
25, claro importantissimo, 24 sempre de lembrar,mas começo a pensar no 26 isto é, como vai ser quando se tiver de refazer, reconstruir, tudo, ou quase, quando estes gajos sairem.
Não sabia do Dassin, é notícia muito recente.
É sempre uma tristeza, vão desaparecendo as figuras de referência. Claro que me lembro do Rififi, e o Jamais les Diamnches com a Melina Mercouri.
As voltas que a vida vai dando, o emocionante que foi sabê-la Ministra da Cultura!
Dassin já tinha 96 anos, foi um longa vida, mas é de relembrar de facto que foi uma das vítimas da «caça às bruxas» do McCarthy no princípio dos anos 50.
FJ - essa do 26 é importante! Vamos ver o que se salva disto tudo...
Tens razão, FJ.
Dos famosos 3D - Democratizar, Descolonizar e Desenvolver - acho que irreversível só o segundo. Não se pode voltar a colonizar. O resto...
Mas este post tão bonito merecia um comentário mais alegre!
Grande Emiéle, sempre activa, e se isto é falta de imaginação, vou ali e já venho!
Fui procurar e encontrei a música do Rififi e exatamente o Never on Sunday da Melina.Vou ver se consigo scannar a capa porque é uma obra de arte.O Never on Sunday ainda está tocável.AB
Olá, é por causa do poema da papoila, Emiele!
eu ando à procura desse poema há anos e só encontro aqui quase o mesmo trecho q eu própria sei. E o resto? Onde posso encontrá-lo? quem foi o autor? quero oferecê-lo a uma menina de 9 anos que acho que o vai adorar - e eu, tenho saudades...
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