quarta-feira, abril 09, 2008

Alguma surpresa?...


Com este afã de baixar, de repente e sem critério, os números dos trabalhadores do Estado, está a chegar-se à conclusão de que são os mais qualificados que estão a sair do Estado
Claro.

Os funcionários públicos que estão a pedir para sair da Administração Central do Estado são, tendencialmente, mais qualificados [….] como no Ministério da Agricultura onde mais de metade trabalhadores que pediram dispensa do serviço solicitaram a licença extraordinária para trabalhar no sector privado.

Natural.
E acredito que isso se esteja a passar, ou vá passar, noutros sectores.
Dizem que os médicos estão a passar em massa para o sector privado da saúde, não é?
Que grande gestão!
Se os senhores gestores do público funcionassem assim no privado ‘beneficiando a concorrência’ duvido que lá ficassem muito tempo.




12 comentários:

Anónimo disse...

Deviam era extinguir o Ministério.
Agricultura?... Que é isso? Uma Secretaria de Estado e já é muito. Talvez uma Direcção Geral. Ou se calhar uma Direcção de Serviços.
E extinguiam logo eram os chefes, e se estivessem com embalagem varriam vários ministérios, e reduziam as chefias em metade.
A ver se não poupavam um dinheirão!

Inês disse...

Não, nenhuma surpresa! Falo dos médicos, especialmente dos que vi trabalhar na Urgência dum Hospital ao longo das últimas semanas.

Só por falta de alternativa é que qualquer médico se fica por ali. Por aquele caos onde o doente que estava a tratar há cinco minutos desapareceu do sítio. "a minha ortopedia, alguém viu?" Com sorte alguém lhe responderá "desculpe, foi empurrado para o sítio x"

Anónimo disse...

Exactamente Nise.E o que me assusta é exactamente o que fica por falta de alternativa...AB

josé palmeiro disse...

Como queriam que fosse?
Não são esses que têm sempre emprego onde quer que seja? Os outros, esses são para ficar a entupir cada vez mais e a carregar de razão, a opinião de que, o funcionalismo público é um caos.

Anónimo disse...

Onha a ganhar ps ou psd, neste momento são quase o mesmo bloco central em todo o seu esplendor:DESMANTELAR O ESTADO, ou quase quase.
AO actual ps, cúpulas e muitas copulas,tanto faz que que venha a ganhar ps como psd, são os mesmos interesses garantidos. "Quos, tande..( deve esta mal, mas fica o "apelo".)
As cópulas não vinham bem a propositomas apeteceu-me, e percebem a intenção.

Anónimo disse...

Olha Fj a propósito não virão mas dão origem a cada nmovimento...de cidadãos é claro.AB

Anónimo disse...

Aqui o FJ mesmo com o teclado meio gago (oh homem, isso é vírus ou quê?...) não perde pitada!

[aqui entre nós, entendo que a Emiéle, se o conhece como já disse, tome a liberdade de lhe arrumar os comentários, que até a mim me apetece fazê-lo! :)))]

Quanto ao que dizes, realmente a ideia do King não era má. Há alguns Ministérios que só andam ali a encher. Zás! E se se diminuisse as chefias aí para metade já viram o que se poupava? É que esses ordenados é que pesam, o resto pfff...
E essa conversa dos médicos é um tanto assustador. Estamos quase a cair no sistema americano, só se safa quem tiver Seguro!!!!

cereja disse...

Bom, desta vez não emendo o que o FJ escreveu porque acho que se entende bem, mais gralha menos gralha. Quando o tenho feito é quando aquilo parece uma daquelas «sopas de letras» que preenchemos para matar o tempo no comboio...
A única coisa que venho completar (e é porque ele acabou de me pedir que escrevesse bem) é a famosa frase:
Quosque tandem abutere Catilina patienta nostra?

Claro que o Cícero também tinha os seus pés de barro, mas o certo é que o Catilina abusava! Os nossos dirigentes também.

Anónimo disse...

Ab tu o dizes, sobre isso não sei nada ou, mais provavelmente, já não me lembro.tentarei retomar tal prática.
Joaninha, emiele está farta de me corrigir, e diz que não o fez neste porque...até não está mal???! Calcula.
Joaninha e king despedir
chefes, na administração pública, não poupa quase nada, são uma ínfima minoria embora faça belo fogo de vista. Exprimentem ver um orçamento e perceberão ( aliás os institutos públicos é que foram criados para remunerar melhor, especialmente chefias ). O que poupa é despedir nos grupos numerosos ,
desde os profs. aos auxiliares. E lá chegarão, talvez por enquanto poupem médicos, juízes polícias,e demais forças repressivas, mais armadas ou menos armadas e muito pouco mais.Para quem se interesse por esta matéria,sugiro o artigo do monde diplomatique deste abril é verdadeiramente precioso, "porque é que os pobres votam á direita".
Não concordo com a vossa visão de extinção, melhor, redução do estado, num país bem pobre e com graves carências sociaise de toda a ordem Não esperam que os belmiros
as resolvam, ou que investiguem em agricultura e sivicultura, por exemplo, espero.King, ministério é muito mais do que burocracia, no sentido usual do termo.
A meu ver portugal precisa de MAIS e MELHOR estado,servindo os interesses do povo, não os que verdadeiramente estão por detrás do bloco central que nem são os sócrates ou mendes que só dão a cara e por isso serão recompensados. Se lá chegará, já não sei.Deve partir-se das funções do estado,julgo, mas não para o diminuir, exceto em casos muito raros, sempre sem despedimentos,mas para o AUMENTAR onde não responde, e usando trabalhadores não "priviligiados" mas dignificados.Aqui parece que não estamos muito de acordo, mas talvez se lerem o tal artigo vejam melhor este ponto de vista, que vale o que vale, claro.
Para quem se interesse por este assunto chamo a atenção para o artigo, e livro aí referido, do "monde diplomatique", porque é que os pobres votam á direita. A meu ver explica o porqueda vitória na actual luta ideológica do capitalismo neo liberal.

Anónimo disse...

Isto é um blog culto à brava, aqui até se sabe latim, e citam o Cícero, valha-me Deus!!!

Mas eu também votava na extinção de vários cargos de chefia, com o argumento indiscutível do King do dinheiro que se poupava, e do sossego que parte dos subordinados passavam a ter.
De resto a Nise tem toda a razão. As condições de trabalho nalguns locais é de loucura. E sabemos que muitos serviços, inda estão abertos porque se explora o trabalho gratuito dos estagiários, que é mão de obra que está sempre a aparecer.

De resto, que os mais qualificados abandonem o barco, não espanta nada.

Anónimo disse...

Oh!
Voltei cá (a gente vem sempre espreitar se tem resposta a um ou outro comentário) e reparei que o FJ deixou um comentário até bastante grande e sério, minutos antes do meu, mas não o vi porque quando ele entrou eu devia estar a escrever.
Entendo o que ele diz, e que as chefias do ponto de vista de 'economia' de salários não vale muito porque a proporção não compensa. Contudo, a minha pouca experiência, diz-me que se houvesse melhores chefias, tudo andava bem melhor. Trabalhei em vários sítios e onde as coisas funcionaram de modo a não envergonhar ninguém (diria que com uma qualidade que só se costuma ver no estrangeiro) foi num serviço que tinha um chefe formidável. E, pelo contrário, o sítio pior de todos, onde o trabalho não rendia nada, tinha á frente uma criatura que parecia atrasada mental, além de subserviente para com os seus próprios chefes. Bah!
(boa dica, essa do artigo, FJ)

Anónimo disse...

Mary o que disseste nem está em dúvida, há que ter chefes minimamente experientes, formados em gestão e reciclados frequentemente, com comissões eventualmente renováveis, não eternos, e recrutados por forma transparente bem pública.


Realmente o que quis dizer é que considero a caça aos chefes a maior parte dos casos demagogia, da que cai bem, mas inócua em termos orçamentais, ou quase inócua. E, além das poupanças há que ver os custos, perante aquelas afirmações de que "sabes quanto custa tratar um doente oncológico? “ Responder opondo à analise só dos custos a dos benefícios, neste caso uma vida que se pode salvar A análise da POLÍTICA de distribuição dos recursos também me parece essencial, para quê os milhões gastos conscientemente nos submarinos, desviados de despesas sociais?