Uma dúzia de palavras
Bem, não sou original se disser que fujo das "correntes" como o Diabo da cruz.
São muito giras etc, etc, mas um pouco como antigamente (ou hoje ainda) nos bailes quando se forma uma roda de pessoas bem intencionadas que, ao som da música, vão deitando a mão a quem ainda estiver sentado e os obriga a entrar na roda e a dançar. Às tantas os dançarinos à força até se divertem, mas…
Bem a bola foi-me passada pela Hipatia.
E cá está:
Pedem-me que diga «12 de algumas palavras que aprecio, que gosto e que uso com frequência».
E logo 12!!! Bem, a Hipatia teve uma ideia tão bonita, que a vou plagiar. Aliás ela tem de desculpar o plágio da ideia, uma vez que é a responsável de eu me ver nesta alhada!
Portanto, tal como ela, vou partir de um poema:
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa,
de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
E as palavras cá vêm, por ordem alfabética:
Brisa – é uma bela palavra; é o ar livre, o ar solto mas sem violência. E além disso a palavra é bonita é sugestiva
Dever – também a uso, mas sem gosto, tal como no poema, o que é bom é não o cumprir! Mas é como o sal, equilibra o paladar e a vida…
Doira – doirar é dar brilho, é cor, é alegria. Gosto.
Livro – associado a prazer, ler é um vício e nem é dos mais baratos, mas não faz mal à saúde
Matinal – não sei se é palavra que use, talvez não, mas gosto da manhã, gosto do nascer do dia, gosto dos princípios quando tudo parece possível
Não – claro que o Não é a palavra e ideia mais frequente que todos usamos; e ainda bem! NÃO é a afirmação da diferença, é a autonomia.
Original – É ainda a diferença por um lado - pensar-se pela nossa cabeça, ser-se independente. Mas é também a ideia de origem, de criar.
Prazer – quanto a esta nem precisa explicação, prazer é prazer, nem sei se a «uso com frequência» como se pede, mas é claro que é a melhor palavra do mundo
Rio – uma imagem de serenidade; gosto de água mas a do mar por vezes intimida-me, o rio não, o rio corre num sentido, e a água é doce, mata a sede
Sol – nem preciso de dizer nada, sou uma sujeita completamente diurna, adoro o sol e a luz.
Tempo – sou muito ambivalente quanto ao 'tempo'; disciplina-me (sou visceralmente pontual) e dá-me segurança; mas por outro lado visto à distância assusta porque não o controlamos
Pressa – não é só a palavra é o conceito em si que é importante e irritante; estou sempre a usá-la e a irritar-me com isso.
São muito giras etc, etc, mas um pouco como antigamente (ou hoje ainda) nos bailes quando se forma uma roda de pessoas bem intencionadas que, ao som da música, vão deitando a mão a quem ainda estiver sentado e os obriga a entrar na roda e a dançar. Às tantas os dançarinos à força até se divertem, mas…
Bem a bola foi-me passada pela Hipatia.
E cá está:
Pedem-me que diga «12 de algumas palavras que aprecio, que gosto e que uso com frequência».
E logo 12!!! Bem, a Hipatia teve uma ideia tão bonita, que a vou plagiar. Aliás ela tem de desculpar o plágio da ideia, uma vez que é a responsável de eu me ver nesta alhada!
Portanto, tal como ela, vou partir de um poema:
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa,
de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
E as palavras cá vêm, por ordem alfabética:
Brisa – é uma bela palavra; é o ar livre, o ar solto mas sem violência. E além disso a palavra é bonita é sugestiva
Dever – também a uso, mas sem gosto, tal como no poema, o que é bom é não o cumprir! Mas é como o sal, equilibra o paladar e a vida…
Doira – doirar é dar brilho, é cor, é alegria. Gosto.
Livro – associado a prazer, ler é um vício e nem é dos mais baratos, mas não faz mal à saúde
Matinal – não sei se é palavra que use, talvez não, mas gosto da manhã, gosto do nascer do dia, gosto dos princípios quando tudo parece possível
Não – claro que o Não é a palavra e ideia mais frequente que todos usamos; e ainda bem! NÃO é a afirmação da diferença, é a autonomia.
Original – É ainda a diferença por um lado - pensar-se pela nossa cabeça, ser-se independente. Mas é também a ideia de origem, de criar.
Prazer – quanto a esta nem precisa explicação, prazer é prazer, nem sei se a «uso com frequência» como se pede, mas é claro que é a melhor palavra do mundo
Rio – uma imagem de serenidade; gosto de água mas a do mar por vezes intimida-me, o rio não, o rio corre num sentido, e a água é doce, mata a sede
Sol – nem preciso de dizer nada, sou uma sujeita completamente diurna, adoro o sol e a luz.
Tempo – sou muito ambivalente quanto ao 'tempo'; disciplina-me (sou visceralmente pontual) e dá-me segurança; mas por outro lado visto à distância assusta porque não o controlamos
Pressa – não é só a palavra é o conceito em si que é importante e irritante; estou sempre a usá-la e a irritar-me com isso.
Já está! Mas não me atrevo a chamar muita gente - Zé Palmeiro, Nise, Saltapocinhas, Ciranda, Teresa, Trilby - é meia dúzia e deve chegar! (alguns de quem me lembrei já foram chamados...)
21 comentários:
Amiga Emiéle.
Passei por aqui, cedo, pois estou de partida para mais um aliciante desafio que me propuseram. Vamos ver se dá certo. Quanto ao desafio, aceito-o mas só, depois do almoço lhe pegarei, agora é só para me inteirar das novidades.
Eu imagino que estas «correntes» aqui na blogosfera tenha como alvo, o divulgar mais blogs que de outro modo não seriam conhecidos.
Nesta, o que acho é que exageraram - 12 palavras é demais!
A solução da Hipatia, que tu copiaste, foi bem engraçada. Mas fugiste um tanto às instruções que eram «apreciar, gostar e usar com frequência» não era?
Olá Zé! Claro que isto é uma brincadeira, e quem não quiser pegar-lhe não o faça! Já é bem bom que o queiras fazer e com tanta rapidez (eu levei vários dias a responder...)
Mary - sabes que num outro blog qualquer a proposta era de umas tantas palavras de que não se gostava. E aí, era bem mais fácil!!! Há uma série delas que odeio!
Fui lá vez à Voz em Fuga. O giro é encontrar as soluções dos outros. Algumas sensacionais, como a da Claire!!!
Muitos ainda não responderam, não estás lá muito atrasada. Por aquilo que fui vendo a tua escolha (mesmo 'plagiando' a Hipatia) está bem apanhada!
"Fui lá VER" é claro, e não vez.
Há gralhas idiotas!
E já agora aproveito ter voltado cá para dizer que fico curioso a imaginar como é que os teus 'convidados' vão responder. A gente conhece-os todos, e tenho a certeza de que são respostas muito diferentes!
E o que é que o Palmeiro foi fazer???
Um aliciante desafio?!
Eu também quero!!
:p
Esta história das cadeias é chato. Quando vêm pela net a gente apaga e pronto, mas assim entre blogger amigos é uma encrenca. Fui à Voz em Fuga e vi que disseste que o mais difícil era passar a bola. Calculo que os amigos mais próximos já estejam um tanto fartos, é?...
Realmente Joaninha, este nosso amigo deixou-nos a pensar coisas...
Mas vais ver que ele conta tudo!
De resto as outras pessoas a quem passei a batata quente ainda nem piaram. Estou a ver que tenho de lhes ir dizer pessoalmente!
Pela minha entrada na "Batalha Naval", já sabem que ando por aqui.
Joaninha, então queres saber qual o desafio, para além deste, que me lançaram? Pois bem, como não se devem lançar foguetes antes das festas, ainda não digo nada, mas prometo avisar, logo que a festa começar.
Vou então dar início ao período de reflexão e responderei, na SESTA, às doze palavras de que mais gosto. Vou fazer como nas rifas, escrevo-as todas, pois são muitas, e depois, tiro à sorte, está bem?
Eu também apreciava mais se fosse palavras que detestamos.
Sei de algumas...
E bem modernas, nem as posso já ouvir!
Acho que essa tal corrente das palavras que não gostamos foi inventada pelo Espumante em contraponto a esta que te passei, Emiele. E gosto das escolhas que fizeste, fazem sentido, especialmente para quem te lê há tanto tempo como eu :)
Olá Hipatia!
Mas tu é que és uma veterana a sério, andas cá há muito tempo e sabes imensas coisas (a primeira dica de como deixar músicas no blog, veio do teu lado, não me esqueço!)
É que não é fácil escolher palavras. Afinal têm pesos tão diferentes, não é? E quis fugir um pouco às velhas palavras sentimentais, de modo que te copiei descaradamente na ideia de as ir buscar a um texto bonito.
:)
Emiéle,
ainda bem que me avisaste que estes dias eram de folga total e vê lá as horas a que estou por aqui, depois de um estágio de sono no sofá!
Logo, logo, não quebrarei a corrente!
E agora? 12 palavras que gosto e uso? Posso pensar no assunto, que não é fácil?
Olha, também não achei lá muito fácil. Porque podemos interpretar de muitos modos - gostar pelo significado, pela sonoridade, gostar de vez em quando...
E também não é fácil fugir do lugar-comum (se tivesse sido de palavras que não gosto, esta era logo das tais!) se o quisermos fazer.
Bom, eu fiz o convite, mas olha que também o podes recusar, né?...
piu, piu...
Olá!
Então o link chegou às Fábulas...?
:D
Coucou emiele,vim cá dar 1 beijinho a king, e estava a ler-te lá em cima,também
escrevi “tempo” sou muito dependente dele por causa da luz. e claro que se fosse gato 1 das minhas vidas seria para bloggar;)))
Olá Claire! Uma das vantagens destas cadeias ou correntes é que vamos descobrindo gente nova e tantas vezes interessante!
Eu concordo inteiramente com o King, a tua linda resposta é das mais originais, mas é das tais coisas, uma resposta daquelas só para quem pode... Eu tive de brincar com o que sei, literatura e as palavras propriamente ditas.
Mas, como confessei, a ideia do tempo, fascina-me. E, já agora também a luz de que falas. Seria uma das «minhas palavras» se as tivesse escolhido avulso.
gosto, gostoso, galinha, quinta-feira, ria, raiva, abraçadeira, cachopo, festa, funil, final
Oh Nise!!! Era no Malhas!
Vá lá, um copy/paste e passa isto para o teu blog!
E ainda por cima são bem giras, as tuas palavras!...
Pois tive muita sorte de me terem regalado um monte de letra press (que já não se usa) para PODER participar na corrente ;-))))
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