sábado, março 15, 2008

Treze pecados mortais


A notícia andou por aí, muito bem explicada, mas depois vem uma espécie de desmentido/esclarecimento: tudo se baseou numa entrevista que um Bispo (regente do Tribunal da Penitenciaria Apostólica) deu L’Osservatore Romano.
Só isso e mais nada!
Fiquei mais animada. É que se eu já não sabia bem os 7 (eram sete, não eram?) agora passarem a 13 ia-me aumentar a confusão.
É que são Pecados Mortais.
Aqueles que mandam mesmo logo para o Inferno.
Mas modernos, é evidente, e é difícil reduzir cada um a uma só palavra como nos tradicionais.
Era fácil dizer

1. soberba
2. avareza
3. luxúria
4. ira
5. gula
6. inveja
7. preguiça

mas dizer manipulação genética por exemplo, reconheçam que não dá o mesmo jeito.
Ora bem, eles são mais estes 6

8. tráfico de droga

9. a pedofilia

10. aborto

11. poluição do ambiente
12. manipulação genética
13. desigualdade social


Imaginem alguém ajoelhado num confessionário a dizer «Eu pequei, padre. Pratiquei manipulação genética».
Huummm…
Contudo faz realmente todo o sentido que a Igreja se actualize, e o tráfico de droga, a pedofilia, são crimes graves que merecem o Inferno sem dúvida, a poluição do ambiente também me parece consensual, quanto ao aborto é problema lá dos católicos, (lá por isso a preguiça também é um desses pecados mortais) e parece-me muito bem que a Igreja finalmente considere que a desigualdade social seja um pecado grave. Pois é.
Mas... cá está, conseguem imaginar o (nada de nomes, nada de nomes!) xxxxxx xxxxxxxxx, no confessionário a pedir «Perdoe-me padre, que eu fomentei a desigualdade social»???
Não.
Assim não pega.

6 comentários:

josé palmeiro disse...

Essa gente, vive num outro mundo, que não o meu, ignoro-os, mas sei o que por cá andam a fazer e discordo em absoluto.
Contudo, ainda discordo mais da colagem dos governos à coisa da igreja ou melhor, das igrejas, razão porque, cada vez mais, eles deitam as unhas de fora.

Anónimo disse...

:D
Tu tens alguma cautela em não falar na «coisa religiosa». Já te disseste por várias vezes agnóstica, e isso nota-se.
Claro que esta história é... interessante. Afinal a Igreja a não querer perder o comboio. E a meter a sua colherada, mas isso entende-se.
Tive de rir, Emiéle com a dificuldade de enunciar os tais «novos pecados» Realmente uma coisa é falar como na Idade Média, em Ira, ou Gula, outra em ma-ni-pu-la-ção ge-né-ti-ca que para além de polissílabos tem uma esdrúxula. !!! E tem de se explicar o que raio é a coisa.
Claro que a desigualdade social, também é coisa vaga. É o luxo? E então o exemplo não devia vir deles? Quem fez o templo de Fátima, vem falar de quê?....

Anónimo disse...

Isto para ateus tem pouca graça. e neste blog vem mais gente dessa categoria do que de católico militante, pelo que tenho visto.
é o «aggiornamiento» da Igreja, tá claro. Tinha mesmo de ser.
A pouco e pouco. Acabou o latim na missa, foram as fatiotas que se modernizaram, usa-se agora uma linguagem diferente, houve o tempo dos «padres operários», e não há-de faltar muito para o casamento dos padres, e outras modernices.
Porque não se poderá mexer nos tais pecados?

Anónimo disse...

Cá por mim, tirava era alguns dos pecados «clássicos»
O que significa hoje essa coisa do pecado da inveja, da gula, da preguiça? Até mesmo o que é exactamente a soberba?
Parecem coisas tão insignificantes ao pé dos «actuais» como tráfico de drogas por exemplo.

Anónimo disse...

:D
Deixaste em aberto quem é que se estaria a confessar por o tal novo pecado de explorar quem vive mal, mas ideias temos várias.
E de senhores muuuito crentes e devotos!

Anónimo disse...

Olha Emiéle, não tenho paciência para estes senhores.
A única sorte que têm é que agora comparando com os islamistas parecem mais sensatos. A quem se esqueça da Inquisição etc e tal.