quarta-feira, março 19, 2008

Os cartões

É uma praga.

A gente vai a qualquer lado, a uma perfumaria, uma sapataria, meter gasolina, comprar um electrodoméstico, para não falar em supermercados, e perguntam no momento do pagamento: «Não tem o nosso cartãozinho?»
No caso de não se ter o cartãozinho, é-nos explicado a falta que tal nos faz. Um “cartão de fidelização” é óptimo porque se continuarmos a comprar naquela loja, depois de lá ter gasto mil euros de compras temos a felicidade de receber um brinde maravilhoso no valor de um euro e meio.
Como muitos de nós temos bom feitio, e imaginamos que mal não faz, damos alguns dados e ficamos com mais um cartão a juntar à colecção. Se repararem bem, algumas carteiras andam redondas, com um enorme volume, não de dinheiro é claro, mas dos tais cartões.
Dizem-nos agora que nem se consegue saber quantos cartões desses circulam por aí. Parece serem muitos milhões, imagine-se!
Mas para quem os aceita de um modo descuidado e sem reflectir duas vezes vem agora um aviso: em certos casos «mesmos sem custo para o utilizador - e mesmo que este não o utilize - a soma dos créditos concedidos é contabilizada e enviada para o Banco de Portugal» O que pode vir a ter o resultado de se pretender um pequeno crédito no nosso banco mas, como entretanto se aderiu a vários cartões com determinado tecto de compras, mesmo que não se tenha usado nenhum desses cartões considera-se que o crédito está esgotado! Ui!
Eu não sabia isto, nunca me aconteceu e detesto cartões de crédito seja do que for mas, pensando bem, devo ter para ali dois ou três que encaixam nesse modelo.
É caso para se repensar bem no que se está a aceitar.


7 comentários:

Anónimo disse...

Sou tão totó que nunca me tinha passado isso pela cabeça! e até é verdade! Há uns que são só (só?) de promoção à casa, mas tenho também dois ou três (Fnac, Corte Inglês, Continente...) que são verdadeiros cartões de crédito para os produtos deles - e se calhar não só, nunca investiguei - e o que é mais, nunca os usei como crédito!!!
Mas pensando bem, aquilo tem um plafond, portanto poso não ter acesso a outro crédito se precisar...
Mas que estúpida!

josé palmeiro disse...

Tens toda a razão!
Depois, quando da adesão, é-nos dado uma folha com aquelas letrinhas, que ninguém lê e, mesmo que leia, ganha as mesmas, porque, o mal, já está feito. É uma caça às parcas economias de cada um!
Bom dia Joaninha, desculpa por ainda não o ter feito.

Anónimo disse...

Estou com j e jp, tambem nem sequer tinha pensado nisso apesar de ter a mania que "topo" bancos e financidoras.

Anónimo disse...

Eu já tinha topado isso, porque mesmo sem se utilizar os cartões, se implicam algum crédito, depois paga-se uma anuidade qualquer. Não tem graça nenhuma! E, é tal como dizes, dos Supermercados, às livrarias, parece que só nos dão vantagens... O pior é depois.

Anónimo disse...

Mas os que são de «fidelização» como eles dizem, não são abrangidos por isso. Não servem é para nada na maioria dos casos. Primeiro que se some os pontos necessários para se obter seja o que for, temos de gastar lá vários ordenados...

Anónimo disse...

Voltando ao Cartão Fnac de que falou a Joaninha, há uma coisa que me irrita neles: os pontos que obtemos é pelas vezes que se faz lá uma compra! Onde é que já se viu?!
Eu vou e compro três livros e um disco, uma despesa de 50 €, e com isso obtenho 3 pontos. O meu filho pede-me o cartão, compra uma coisa de 4 € e regista os mesmos 3 pontos. Já decidi, que quando comprar vários livros, passo pelas caixas com um de cada vez; saio dali com 3 ou 4 sacos e com 9 ou 12 pontos mais!
:))

Anónimo disse...

Está bem visto, isso das carteiras redondas de tanto cartão. Sobretudo as das senhoras (sem ofensa!) às vezes bem se conseguem fechar. São filas e filas de cartões que - aqui para nós - não lhes servem para nada!