Passaram-se 6 meses
Se não fosse por o Público ter falado nisso, nem tinha notado que se podia começar a fazer um balanço do meio ano após a despenalização da IVG. Os tais cenários assustadores que os defensores do “Não” tinham desenhado com as cores mais sombrias, afinal, não só esses não se verificaram como já se sabia, mas nem sequer as previsões dos números que oficialmente se estavam a prever foram cumpridas.
Como era natural, uma vez que as coisas se passavam na clandestinidade, os técnicos só podiam fazer previsões com base no que se passavam noutros países. E calculavam uma taxa que (surpresa!) foi afinal cerca de metade da prevista
Ou seja, como diziam os defensores do Sim, só se aborta em último recurso. Essa é uma decisão muito delicada, muito difícil, muito íntima, e a que se recorre em desespero de causa. Há excepções? Decerto, como em tudo. Mas, exactamente por poder haver um aconselhamento, tudo pode ser mais esclarecido, mais sereno, as decisões mais apoiadas. Pode fazer-se melhor planeamento. Os filhos não serão obra do acaso e sim fruto da vontade dos pais. E os que nascerem terão melhores condições para crescerem com saúde e bem-estar.
Assim sejam ajudados por uma ‘política de família’ correspondente a um país de 1º mundo.
Ou seja, como diziam os defensores do Sim, só se aborta em último recurso. Essa é uma decisão muito delicada, muito difícil, muito íntima, e a que se recorre em desespero de causa. Há excepções? Decerto, como em tudo. Mas, exactamente por poder haver um aconselhamento, tudo pode ser mais esclarecido, mais sereno, as decisões mais apoiadas. Pode fazer-se melhor planeamento. Os filhos não serão obra do acaso e sim fruto da vontade dos pais. E os que nascerem terão melhores condições para crescerem com saúde e bem-estar.
Assim sejam ajudados por uma ‘política de família’ correspondente a um país de 1º mundo.
(estas fotos foram escolhidas de propósito para relembrar que criar um filho é mais do que amamentar um bebé, por mais bela que essa imagem possa ser!)
7 comentários:
Já a abrir, a minha concordância com a foto e essencialmente com a explicação, da mesma. Depois corroborar com o que, afinal, sempre foi dito, ao invés dos defensores do não. O SIM, esse sim, tinha razão!
E eu cá sublinho a tua última frase:
uma ‘política de família’ correspondente a um país de 1º mundo.
Onde está?
Excelente post!
É exactamente isto que se deve dizer.
Estranhei não teres abordado o tema ontem, quando se falou nisto. Mas realmente não tens de andar exactamente em cima da notícia, podes ter um diazinho para respirar... :D
E gostei do modo como falaste, sobretudo o acentuares que ter-se um filho é bastante mais do que o primeiro ano de vida. Esse ano dá muito trabalho, mas em certa medida é o mais fácil. E costuma haver muita gente a ajudar. O pior vem depois.
E os tais senhores que propunham que nascessem todas as crianças que um casal pudesse gerar, até eram muito prestáveis no apoio à gravidez, mas no resto os planos não eram nenhuns!
Vinha exactamente falar na mesma linha aqui da Tess.
Gostei que as tuas fotos fossem de crianças já em idade escolar ou perto disso. É quando as dificuldades são maiores, quando exigem mais de nós.
E não pára. Depois é a adolescência. Depois os estudos superiores (???). Depois a sua vida amorosa, e nós à rasca muitas vezes. E de curso feito, a procura de trabalho.
Tudo isso é um filho/a.
Que começa por um bebé rechonchudo, mas não fica por aí!
Concordo com o post e com os comentários,mas não posso deixar de sublinhar que a IVG é gratuita no SNS,está isenta de taxa moderadora, e não deveria ser assim. A IVG deveria ser paga, em parte, por quem a quer praticar.
Não sabia, ilha_man, considerei que fosse para as pessoas que já estivessem isentas por rendimentos demasiado baixos. Tal deve ter sido para implementar a medida, mas reconheço que essa completa isenção é discutível.
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