O «código» dos peões
Muitas vezes tenho ideias para escrever aqui umas coisas, que ficam assim, a levedar, enquanto vou escrevendo outras e depois, zás, desaparece o “exclusivo” porque alguém dos meus conhecimentos decidiu escrever exactamente sobre o mesmo.
Enfim, por um lado é bom porque é sinal de que ando bem acompanhada, por outro tenho a sensação de que falar sobre o mesmo é uma espécie de plágio…
Bem, mas vamos ao assunto:
Disse, aqui há uns dias, que tenho andado mais de táxi e portanto conversado mais com os taxistas. Numa dessas conversas, depois de ele ter travado a fundo para deixar passar um peão que tinha desatado a correr, atravessando quando o sinal estava vermelhíssimo para ele, o homem desabafa comigo «Está a ver? É constantemente! se não andamos com a máxima atenção ainda há azares. Há uns sujeitos que se encantam em tourear os carros!» Concordei inteiramente com ele, porque tenho exactamente a mesma experiência que aliás é o que nos diz a Catarina num excelente post: No Semáforo Verde
Tal como ela, eu tenho o maior respeito pelos peões. Aliás peões somos todos nós, porque mesmo quem anda de carro também anda, inevitavelmente, a pé! E, quando existe uma passadeira na rua, se um peão quer passar, eu espero que ele passe. Aliás, a maioria dos automobilistas assim o faz. Mas, isso é nas passadeiras, e nas passadeiras sem semáforo!
Todos sabemos que desde que exista um sinal de luzes, o carro avança quando está verde e pára se está vermelho. É assim, não é? Mesmo que para o peão seja chato, deve procurar passar numa passadeira e não (como ainda ontem reparei) atravessar o Saldanha pelo meio, a corta-mato, numa gincana entre carros, autocarros e motos…
Mas o mais complicado, são aqueles peões, muitas vezes idosos, a andar com dificuldade, que se metem a atravessar esteja que cor estiver e ainda ralham «Calma! Espere! Olhe que eu estou numa passadeira!!!».
Será que ninguém lhes explicou o Código? Que os semáforos têm dois lados, um para automobilistas e outro para peões…? Que existir a passadeira não é por si só, um direito absoluto do peão?...
Calculo que não, ou então não acreditaram.
Enfim, por um lado é bom porque é sinal de que ando bem acompanhada, por outro tenho a sensação de que falar sobre o mesmo é uma espécie de plágio…
Bem, mas vamos ao assunto:
Disse, aqui há uns dias, que tenho andado mais de táxi e portanto conversado mais com os taxistas. Numa dessas conversas, depois de ele ter travado a fundo para deixar passar um peão que tinha desatado a correr, atravessando quando o sinal estava vermelhíssimo para ele, o homem desabafa comigo «Está a ver? É constantemente! se não andamos com a máxima atenção ainda há azares. Há uns sujeitos que se encantam em tourear os carros!» Concordei inteiramente com ele, porque tenho exactamente a mesma experiência que aliás é o que nos diz a Catarina num excelente post: No Semáforo Verde
Tal como ela, eu tenho o maior respeito pelos peões. Aliás peões somos todos nós, porque mesmo quem anda de carro também anda, inevitavelmente, a pé! E, quando existe uma passadeira na rua, se um peão quer passar, eu espero que ele passe. Aliás, a maioria dos automobilistas assim o faz. Mas, isso é nas passadeiras, e nas passadeiras sem semáforo!
Todos sabemos que desde que exista um sinal de luzes, o carro avança quando está verde e pára se está vermelho. É assim, não é? Mesmo que para o peão seja chato, deve procurar passar numa passadeira e não (como ainda ontem reparei) atravessar o Saldanha pelo meio, a corta-mato, numa gincana entre carros, autocarros e motos…
Mas o mais complicado, são aqueles peões, muitas vezes idosos, a andar com dificuldade, que se metem a atravessar esteja que cor estiver e ainda ralham «Calma! Espere! Olhe que eu estou numa passadeira!!!».
Será que ninguém lhes explicou o Código? Que os semáforos têm dois lados, um para automobilistas e outro para peões…? Que existir a passadeira não é por si só, um direito absoluto do peão?...
Calculo que não, ou então não acreditaram.
5 comentários:
Primeiro, o post da Catarina. É mesmo ela! Está muito engraçado e... verdadeiro. (aliás eu tinha lido ontem quando o deixaste ali no Muito bem!)
Segundo - vocês têm razão, quanto a essa dos chicos-espertos que querem 'tourear' os carros, e é a maior estupidez! Porque, tal como com os touros, os carros se os apanham é coisa séria.
E isso é muito português. A mania de que não vale muito a pena cumprir as regras, mesmo as do trânsito...
Por um lado, entende-se que em certos cruzamentos, quando se tem a certeza de que não vem NENHUM carro nem muito ao longe, não se fique à espera que o semáforo de peões passe para verde.
Mas, é claro, que todos estamos fartos de ver pessoas a passar fazendo, como dizes, 'gincanas' no meio dos carros e sem se ralarem nada.
Assim como muitas e muitas vezes a passadeira está maia dúzia de passos à frente, mas insiste-se em passar onde dá mais jeito. Todos fazemos isso (o passar onde dá mais jeito, e passar com vermelho quando não há carros, não a gincana!) mas sem dúvida que o código devia ser igual para todos.
O texto da Cat está muito giro, no estilo dela!
De resto também posso confirmar, que há uns desgraçados que imaginam que o importante é ser passadeira e essa coisa das luzes do semáforo é um enfeite... Nem ligam!
Antes de mais, agradecer-te o teres revelado, pelo menos a mim, pelos vistos, o "100nada", não conhecia, fui ver e gostei.
Este assunto lá e cá, tratado, é de arrepiar os cabelos, tal e qual!
No tempo em que na Av da República, não tinha semáforos, havia sinaleiros, postados em cruzamentos alternados, se bem me recordo. Pois bem, lembro-me de um caso em que o sinaleiro, abre o trânsito e no cruzamento seguinte, uma senhora, com um ramo de flores que lhe cobria o rosto e que estava na placa central da Av., resolve pôr-se a caminho, sem sequer reparar que trânsito tinha sido aberto no cruzamento anterior, resultado, foi atropelada. Ora bem, o código da estrada, é para todos e só não compreendo o papel da polícia que vê impunemente, os peões, e peões somos todos nós, como tu, muito bem referes, atravessar as ruas de qualquer maneira, sem se salvaguardar e, pior, sem atender ao código das estradas. O resultado é, infelismente esse, os atropelamentos, com toda a carga negativa que comportam.
Realmente ao princípio até parecia que este era um post "politicamente incorrecto", criticando os peões que afinal é quem está na mó debaixo. Mas está posto com muita graça (no caso da Cat) e com as respectivas salvaguardas, criticando as bestas que acham que com um volante nas mãos podem fazer tudo, afinal estão as duas cheias de razão.
Estou farto de ver essas gincanas, como dizes, em sítios concorridíssimos, com gente a passar no meio dos carros para atalhar caminho. E já me aconteceu o carro da frente travar de repente para não tocar num desses 'valentes aventureiros', eu enfaixar-me nele, e depois para a declaração amigável ficámos à rasca... Sabíamos os dois que não tínhamos culpa, mas o peão não pode entrar na participação.
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