quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Mas então ensinem!


Ainda ontem aqui, nas caixas de comentários, a propósito do proposto «apagão» de sexta-feira muitos de nós insistiram num ponto aparentemente óbvio: o verdadeiramente importante não é essa miniatura de poupança de 5 minutos, mas aprender-se a verdadeiramente poupar energia.
Aliás parece que está estudado que nas casas portuguesas não se poupa lá muito - 6 pontos num máximo de 10.

Acrescentam que «uma utilização mais racional da energia permitiria poupar 178 milhões de euros por ano».
Ora o certo é que toda a gente gostaria de gastar menos, de ter umas contas mais baixas, isso vai de si, nem precisa explicação. Então porque o não faz?
Porque não sabe!
É esse o segredo da abelha!

Note-se que são os casais mais jovens e sem filhos ou com filhos com menos de 10 anos que têm lares mais eficientes e que essa eficiência sobe em relação directa com o nível socioeconómico.
Não é interessante? É que afinal, esses aspectos de economia doméstica também se ensinam e se aprendem, como qualquer outra coisa.
Falta quem o ensine.
E que se dê o exemplo.





7 comentários:

Anónimo disse...

Dizes aqui uma coisa que muitas vezes não não levamos em conta. Para se poupar por um lado tem de saber e por outro tem de se poder!
Vamos ver se me explico: por um lado é importante saber onde é que se poupa energia. Tirando a verdade de La Palice que de certeza a poupamos se a não usarmos, o certo é que nem tudo aquilo que parece é. é evidente que aquilo que se como o nome indica é a luz eléctrica. OK, uma lâmpada gasta energia. E será essa a maior? Todos os electrodomésticos, desde que ligados, estão a consumir. Da televisão ao aspirador, do pc ao microondas (e esse, upa, upa!) da máquina de lavar ao frigorífico.
Mas era importante saber exactamente os que consomem mais e ter cautela com eles.
Mas quando digo que se deve Saber e se deve Poder, queria dizer que muitas vezes os aparelhos «economizadores» são os mais caros, uma casa bem isolada é bem mais cara do que uma normal, uma janela de vidros duplos é mais cara do que uma de vidros simples.
Ou seja, muitas vezes a gente sabe, mas... não pode!

(até as famosas lâmpadas economizadoras, se a longo termo poupam energia, na altura de comprar são 10 vezes mais caras! para quem conta os tostões dia a dia, pode fazer diferença)

Anónimo disse...

Ena pai! Escrevi um comentário que é quase um post, Emiéle... Desculpa lá o entusiasmo.

josé palmeiro disse...

Com esta diferença horária, quando cá chego, já tudo está dito! Hoje, então, que o King decidiu, e muito bem, fazer um "post", ainda mais.
Ele diz, efectivamente, tudo. o Problema é, acima de tudo, de carteira. Quem a tem recheada, compra os electrodomesticos (A+) e consome menos (poupa), quem a não tem, terá que optar(?) pelos (C) e gasta mais, não poupando nada, no conceito burguês. É mesmo uma "pescadinha de rabo na boca". Nem de propósito, neste momento, estou à cerca de dois minutos sem energia, estou poupando, e não sei quando é que volta, coisas da EDA.

Anónimo disse...

Também tenho a minha opinião.
Como em tudo é realmente preciso ensinar-se. Nós só pensamos na luz e é claro que aí é importante não deixar luzes acesas sem necessidade, não há dúvidas quanto a isso. Mas como disse o King, as lâmpadas de baixo consumo são caríssimas e nem sempre dá trocar todas por lâmpadas dessas porque é um dinheirão à cabeça (para além de que a luz não é nada bonita na minha opinião, é muito branca...)
Depois também os tais frigoríficos ou máquinas de lavar os A são os mais caros da gama.
Contudo não é só isso. Se o estudo nos diz que são os casais mais jovens os que mais sabem poupar, é mesmo porque isso se aprende. Ou seja, assim como nos moem o bicho do ouvido com aquela propaganda sobre os eco-pontos, talvez não fosse mau ensinar o consumidor a poupar.

josé palmeiro disse...

Tá bem, Joaninha.
Os jovens sabem, mas os jovens, informados, são também os que povoam as listas de desempregados, logo com poucas possibilidades de aplicar os seus conhecimentos. Só não vê, quem não quer. Dos meus, três jovens, só um pode aplicar, na plenitude os conhecimentos, pois os outros vivem, com o apoio dos pais, que felismente, também sabem. Pelo que observo, e eu observo muito, esse estudo não está devidamente explicado, pois eu não duvido que eles saibam, duvido é que tenham condições objectivas, para aplicar os seus conhecimentos e os que o fazem, são uma pequena maioria.

Anónimo disse...

Ora cá está uma poupança forçada - o Zé Palmeiro esteve sem energia, e cá está, poupou-a..
:))
Mas quando é a empresa que fornece que entra em pane, a gente não direito a ser indemnizado...Estou a dizer isto, porque não é a primeira vez que por culpa do fornecimento eléctrico fico com uma série de produtos que estavam no frigorífico meio estragados (tenho de cozinhar os que descongelaram, e comer os que já tinham sido cozinhados e congelados depois, etc) mas no fim do mês a conta e igual e nem pedido de desculpas!...

Anónimo disse...

Agora nesste momento se ainda tiver tempo antes da reunião que me espera ainda acrescento um pouco mais ao consumo e vou ouvir um bocadinho da Bartoli na Maria de Maria Malibran.AB