A culpa é tua!
Esta é nova.
Até agora quando, como acontece ritualmente todos os anos, começa a chover e há inundações e desastres, a “culpa” era da Natureza, ou do azar. Claro que havia sempre vozes a lembrar as imprevidências de não se terem tomado precauções a tempo, mas essas vozes eram ignoradas como mosquitos importunos, porque enfim, ou a chuva tinha sido inesperada (?), ou eram coisas que não se poderiam prever.
Este é um ritual de Inverno, lembram-se de 67... de 89...
Mas este ano, não. É certo que ainda há quem cite «a "natureza no seu esplendor" como "responsável único"» [sic!] mas este ano há responsáveis.
Há, mas são “os outros”.
As autarquias apontam o dedo ao governo, como sempre fizeram, e o governo devolve a bola dizendo que tem a ver com competências urbanas e compete às autarquias prever estas situações.
Uma voz que mostra a nudez do rei:"a culpa é de todos, dos governos centrais, das autarquias e da sociedade, que não exige que se aprendam as lições", disse Helena Roseta, “não há um problema de ordenamento do território, pois não, porque o que temos é um problema de desordenamento geral."
E esta surpresa repete-se todos os anos.
Até agora quando, como acontece ritualmente todos os anos, começa a chover e há inundações e desastres, a “culpa” era da Natureza, ou do azar. Claro que havia sempre vozes a lembrar as imprevidências de não se terem tomado precauções a tempo, mas essas vozes eram ignoradas como mosquitos importunos, porque enfim, ou a chuva tinha sido inesperada (?), ou eram coisas que não se poderiam prever.
Este é um ritual de Inverno, lembram-se de 67... de 89...
Mas este ano, não. É certo que ainda há quem cite «a "natureza no seu esplendor" como "responsável único"» [sic!] mas este ano há responsáveis.
Há, mas são “os outros”.
As autarquias apontam o dedo ao governo, como sempre fizeram, e o governo devolve a bola dizendo que tem a ver com competências urbanas e compete às autarquias prever estas situações.
Uma voz que mostra a nudez do rei:"a culpa é de todos, dos governos centrais, das autarquias e da sociedade, que não exige que se aprendam as lições", disse Helena Roseta, “não há um problema de ordenamento do território, pois não, porque o que temos é um problema de desordenamento geral."
E esta surpresa repete-se todos os anos.
8 comentários:
Depois disto tudo, só posso dizer que: A culpa é tua! Tens dúvidas?
Nem sempre a Roseta está inspirada, mas aqui tem toda a razão. É um problema de desordenamento.
...daquele menino!!!!!
Já agora, e não é por nada, será que aqueles projectos da autoria e responsabilidade do "primeiro", como ele afirma, estão bem implantados? É que do ponto de vista estético, são para Deus me levar!
Palmeiro, como foi lá para as alturas não devem sofrer de inundações... só talvez derrocadas!
Cá em Lisboa seria de rir se não fosse tão triste, é que agora é que o teu boneco tá certo - «foi ele, foi ele...» - como se o estado a que isto chegou não fosse de todos!!!
Tá visto que a culpa é mas é nossa que os temos mandado para lá! Uns e outros, ambos!
Não consigo entender os pressupostos, como podem acontecer. primeiro que se construa em leitos de cheias (e ainda se fala em Moçambique!) e depois que se deixem os locais de escoamento entupidos.
Se fosse na América, mandava-se para a entidade responsável pelos esgotos e sargetas (Câmara, não é?) a conta dos arranjos dos automóveis.
Já passavam a mandar limpar essa coisa a tempo!
Se calhar tens alguma razão, Raphael, o pior é que essas indemnizações acabavam por ser pagas pelos munícipes na mesma. Se saíssem da bolsa dos responsáveis talvez a coisa valesse a pena.
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