quinta-feira, janeiro 10, 2008

Ética

Ah! Afinal era um caso de Ética.
Pronto, está tudo explicado.

Então é assim:


1- há uma ampla maioria em Portugal a favor do projecto europeu;
(por isso não se faz o referendo, como já se sabe o resultado não deve valer a pena)

2- um referendo em Portugal teria implicações negativas em outros Estados-membros, colocando em causa processos de ratificação por via parlamentar;
(isso não se sabe porquê, mas pronto, tinha 'consequências negativas')

3- não há qualquer compromisso eleitoral de fazer uma consulta sobre o Tratado de Lisboa, cujo conteúdo é diferente do defunto Tratado Constitucional da UE.
(como a maioria das pessoas nem sabia bem o que dizia o primeiro nem o que diz o segundo, se são diferentes ou não fica para os especialistas)

Perceberam?...Não acredito que não percebessem.


Esta é a batata, é claro,
não pensem que é a lógica.


10 comentários:

Anónimo disse...

Sem comentários. A postura dele, ontem no parlamento, fala por si. O tipo é de uma arrogância tremenda. Embora todos eles se comportem, por norma, como animais acossados na sua toca, Sócrates está a anos-luz de um Guterres, por exemplo... De qualquer modo, vamos andando ao sabor do maestro. Ontem nas Lajes, hoje em Lisboa. E é assim.

Anónimo disse...

Ainda bem que o Miguel chegou antes de mim, porque não gosto de ser eu a bater sempre na mesma tecla, e sinto-me melhor assim acompanhada (Olá Miguel!)
E a tecla é a tal arrogância deste senhor dono da dita maioria absoluta.
Como é que isto não irrita toda a gente?...

Anónimo disse...

Realmente o gajo ontem no parlamento metia claramente os pés pelas mãos...
O que chateia nisto tudo, é que o PSD (e até o CDS) não tem moral nenhuma para criticar o que eles mesmos fizeram ou fariam se lá estivessem. A oposição de direita, anda atrapalhada porque está a receber a papinha feita, e depois faz a pirueta de criticar à esquerda.
Onde já se viu?...
O Portas a perguntar se ele sabe quanto custa o leite. Claro que ele não sabe e o Portas também não (claro que antes de fazer a pergunta pode ter-se informado, mas se lho perguntassem quando estava no governo não sabia de certeza!)

Anónimo disse...

Que grande batata!
Muito maior do que a lógica do raciocínio...

Anónimo disse...

Por mais sofismas que este sr utilize, para mim, fez uma coisa muito feia e condenável: mentiu.
E pela lógica da batata quem mente é mentiroso.

Anónimo disse...

Gostei da «ética».
Ética????
O encadeado dos motivos para não fazer o referendo é sensacional! Não é que eu pense que esse referendo fosse ter uns valores aí acima dos 5%... N´so e os referendos não temos uma boa relação, mas á partida este dito por não dito parece mal...

josé palmeiro disse...

Mas será que só, esta minoria, que somos nós, vê o comportamento desse indivíduo?
Então quando ele se vira para um deputado, neste caso o Louçã e lhe diz que ele ali nada representa porque os votos que tem assim o diz, é duma arrogância extrema e reveladora dum super-poder que eu julgava derrubado com o 25 de Abril.

Anónimo disse...

A razão porque não temos bons resultados em referendos é que refila,refila, mas quando chega a decidir os outros que o façam."Eles" e não nós.E "Eles" sabem isso tanto como nós.E abusam.Mas os votos do Louçã,se lhe tivessem retirado a maioria absoluta eram concerteza de ter em conta.Embora eu ache também que aquele partido,mesmo minoritário está cada vez mais igual aos outros...AB

josé palmeiro disse...

AB, quando referi o Louçã, fi-lo pelo facto em si e nada mais porque, cada vez mais, é como dizes.

Anónimo disse...

Pois ,Zé Palmeiro, o facto em si é importantissimo.Porque não é o Louçã, mas os portugueses que votaram nele e pelos quais o 1º ministro não tem qq.consideração porque não têm segundo ele"relevancia politica".AB