O negócio do casamento
A propósito da «Exponoivos» a Feira para Noivos que começa hoje, muitas reflexões me vêm à cabeça.
Uma é o espanto da dimensão desta indústria.
Longe vai o tempo onde o casamento era uma festa mais ou menos íntima para as famílias dos noivos - agora há listas com centenas de convidados, e para juntar toda esta gente nunca poderá ser numa casa mesmo que fosse muito grande, nem num restaurante.
Ou seja a partir da oferta de um lugar bonito mas onde caiba essa multidão de convidados, e tudo o que se segue – os enfeites desse lugar, o copo-de-água, as ‘variedades’ que muitos oferecem para entreter essa multidão, é tudo a fazer tilintar as máquinas registadoras. Parece que se gasta nesta função uma média de 20 mil euros.
Vinte mil euros.
E afinal isso corresponde a um casamento ‘apenas’ para cem convidados, se chegar aos 200 como acontece muito – basta haver famílias grandes – serão talvez quarenta mil…
A outra reflexão, mais sorridente, é o aspecto curioso de que o alvo desta indústria é feminino. Oiçam a frase "Aqui temos tudo o que é preciso para casar, excepto o noivo. Mas se procurar bem até pode encontrar um" e está tudo dito. Se se ‘procura’ um noivo é porque quem quer casar é «ela».
E está tudo pensado e oferecido para venda «desde o pedido de casamento, o aluguer do automóvel, a cerimónia, a boda, os fatos dos noivos, as lembranças e a lua-de-mel» E as fotografias. E o filme em dvd. E as ‘listas’ para as prendas dos convidados em lojas.
Enfim, eu já tinha uma noção, mas fico ainda um tanto surpreendida. Como uma das ideias é «ter um bolo com a sua cara» pelos vistos no final ainda se podem comer os noivos.
Mas, enfim, isto é só para quem quer.
Uma é o espanto da dimensão desta indústria.
Longe vai o tempo onde o casamento era uma festa mais ou menos íntima para as famílias dos noivos - agora há listas com centenas de convidados, e para juntar toda esta gente nunca poderá ser numa casa mesmo que fosse muito grande, nem num restaurante.
Ou seja a partir da oferta de um lugar bonito mas onde caiba essa multidão de convidados, e tudo o que se segue – os enfeites desse lugar, o copo-de-água, as ‘variedades’ que muitos oferecem para entreter essa multidão, é tudo a fazer tilintar as máquinas registadoras. Parece que se gasta nesta função uma média de 20 mil euros.
Vinte mil euros.
E afinal isso corresponde a um casamento ‘apenas’ para cem convidados, se chegar aos 200 como acontece muito – basta haver famílias grandes – serão talvez quarenta mil…
A outra reflexão, mais sorridente, é o aspecto curioso de que o alvo desta indústria é feminino. Oiçam a frase "Aqui temos tudo o que é preciso para casar, excepto o noivo. Mas se procurar bem até pode encontrar um" e está tudo dito. Se se ‘procura’ um noivo é porque quem quer casar é «ela».
E está tudo pensado e oferecido para venda «desde o pedido de casamento, o aluguer do automóvel, a cerimónia, a boda, os fatos dos noivos, as lembranças e a lua-de-mel» E as fotografias. E o filme em dvd. E as ‘listas’ para as prendas dos convidados em lojas.
Enfim, eu já tinha uma noção, mas fico ainda um tanto surpreendida. Como uma das ideias é «ter um bolo com a sua cara» pelos vistos no final ainda se podem comer os noivos.
Mas, enfim, isto é só para quem quer.
12 comentários:
É completamente uma moda, e importada. Repara nos filmes que se vêem acerca de casamentos nos últimos anos. Surgem lá dos States ou de Inglaterra e a gente vai logo atrás. E depois, como dizes, é uma indústria que faz viver muita gente o que não tem nada de mau. Não fosse isso endividar outra «muita gente» de um modo inacreditável!!!
É um autêntico "despaltério"!
Não sei, nem me interessa, se a palavra existe ou não, mas para mim e para este caso, faz todo o sentido.
Dizem uma média de 20.000 € mas média é mesmo uma força de expressão. Até pode haver um ou outro mais barato, mas a verdadeira média é bem superior a isso. Pelo que me contam. Só o famosos vestido de noiva é acima de 5.000€, as fotos, vídeo etc, outro tanto, o aluger das Quintas especiais para o evento então é uma batelada, depois os arranjos de flores pelo que me dizem também coisinha de vários zeros à direita!
E pensar que aquele casal com esse dinheiro mobilava a sua casa primrosamente ou até dava uma entrada para a compra de uma!!!!!!
Enfim, opções!
E eu a lembrar-me que o meu "copo d'água", foi ali no S. Carlos, na rua da Beneficência, com os meus pais que foram os padrinhos da noiva e os meus sogros que foram os meus padrinhos, mais os cunhados e dois ou três amigos... E que bom que foi!!!
Oh, Zé Palmeiro, ao pé da Cova Funda?No Quartier Latin ?Grandes comezainas no S.Carlos e arredores ah, pois é...andamos vizinhos em várias coisas...AB
Ainda cá volto que isto dos comentários dos outros 'abre o apetite' a meter a nossa colherada.
Quando vejo a imagem dessa mesa, que aliás não fica à frente de muitas que tenho visto por aí nesses «casamentos da moda», ou o parzinho de noivos-de-bolo que ilustra lá em cima o post, lembro-me como é inevitável, e o Zé despoletou, as imagens dos «nossos casamentos»
Realmente há umas dezenas de anos (e nem são assim tantos) o casar era passar pelo registo, e padrinhos, pais e dois ou 3 amigos fazer-se uma almoçarada descontraída e alegre num sítio simpático. E acabou. Se alguém nos dissesse que os nosso filhos iam alugar uma quinta, vestir-se como a princessa Diana, e irem de limousine ou coisa que o valha para o casamento, largávamos á gargalhada.
Afinal...
Reparem que há por aí muito quem se case pela igreja, não por serem católico (foram baptizados quando nasceram) mas por ser mais bonito.
Nunca foram à missa nem vão voltar a ir, mas é moda e pronto!
...e depois os casamentos duram 1 ou 2 anos!
no meu casamento éramos uma multidão de 12 (doze!!)
isto porque o padrinho de casamento teve de levar a mulher e o filho, e ainda havia o fotógrafo, senão seriamos 9!
e se casasse hoje ia sozinha (com o noivo, claro!!)
Oh Saltapocinhas, não vou ao extremo de dizer que quanto mais pompa mais asneira que a gente também se separou muito (não tão depressa...) mas o que o Zé, a Joaninha, tu e até eu podia contar é esse modelo «minimalista» que nos sabia muito bem. O essencial éramos nós!
Mas sabemos que os nossos filhos não pensam assim. (alguns, alguns...é claro!)
Quando digo aqui «a gente» digo malta do meu tempo, quer tu, quer o Palmeiro são a prova de que há casamentos resistentes!!!
Ele há casos de resistencia e de teimosia também.O meu casamento com "papeis" levou 3 minutos de paleio de conservador de Conservatoria e nem te digo quantos anos e paleios de advogado para o divórcio...vai daí decidi simplificar nos 3 minutos de paleio do conservador e fazer uns jantares comemorativos mais prolongados (tb.para as separações).AB
Quanto aos filhos, dos meus o único que constituíu família, não é sequer casado. Praticou aquilo a que se chama "união de facto", ainda foi mais minimalista que nós.
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