A ficção e o dia a dia
Já aqui tenho contado que vejo com muita frequência séries passadas em serviços de saúde: O antigo «Serviço de Urgência», o «Anatomia de Grey», o «Dr. House».
Distraem-me, e acho interessante a mistura de histórias pessoais com situações profissionais. Mas nunca perco de vista que aquilo é mesmo ficção, sobretudo se visto daqui, de Portugal.
Veio agora para as páginas dos jornais uma história sinistra, de um homem de 30 anos que morreu no recobro de um hospital, agonizando durante 3 horas sem lhe ter sido prestado assistência.
A operação a que tinha sido submetido era muito simples, mas seguiu-se uma reacção alérgica a que os profissionais de saúde não deram importância apesar de insistentemente serem chamados à atenção pela família que acompanhava o doente. Pelo que se consegue entender, um dos sinais manifestados era ansiedade, e a responsável por tomar uma decisão deve ter considerado que os demais sintomas eram causados por essa ansiedade optando por chamar alguém que estava ocupado na altura, e adiando assim a intervenção necessária.
Bem sei que naquelas séries, apesar de os vermos sempre super-ocupados, é certo que o ‘palco de operações’ formiga de médicos e enfermeiros. Há sempre por ali alguém a quem deitar a mão e exigir o atendimento num caso destes. Creio que nesta história a ‘oferta’ era apenas o médico que o operou e estava noutro Hospital, e o cirurgião de serviço. E as enfermeiras que havia seriam possivelmente muito poucas para vigiar convenientemente todos os casos.
Contudo, é chocante a diferença entre a vida real e a do ‘pequeno ecrã’.
Maior do que a de uma telenovela mexicana e o nosso rotineiro dia a dia.
Distraem-me, e acho interessante a mistura de histórias pessoais com situações profissionais. Mas nunca perco de vista que aquilo é mesmo ficção, sobretudo se visto daqui, de Portugal.
Veio agora para as páginas dos jornais uma história sinistra, de um homem de 30 anos que morreu no recobro de um hospital, agonizando durante 3 horas sem lhe ter sido prestado assistência.
A operação a que tinha sido submetido era muito simples, mas seguiu-se uma reacção alérgica a que os profissionais de saúde não deram importância apesar de insistentemente serem chamados à atenção pela família que acompanhava o doente. Pelo que se consegue entender, um dos sinais manifestados era ansiedade, e a responsável por tomar uma decisão deve ter considerado que os demais sintomas eram causados por essa ansiedade optando por chamar alguém que estava ocupado na altura, e adiando assim a intervenção necessária.
Bem sei que naquelas séries, apesar de os vermos sempre super-ocupados, é certo que o ‘palco de operações’ formiga de médicos e enfermeiros. Há sempre por ali alguém a quem deitar a mão e exigir o atendimento num caso destes. Creio que nesta história a ‘oferta’ era apenas o médico que o operou e estava noutro Hospital, e o cirurgião de serviço. E as enfermeiras que havia seriam possivelmente muito poucas para vigiar convenientemente todos os casos.
Contudo, é chocante a diferença entre a vida real e a do ‘pequeno ecrã’.
Maior do que a de uma telenovela mexicana e o nosso rotineiro dia a dia.
8 comentários:
As urgências de um hospital são tudo menos "fílmicas". talvez por isso gostemos tanto de ver as séries onde as coisas costumam correr bem.
Bom fim-de-semana!
Olá Ciranda!!!
Claro que tens razão. Conheço (infelizmente!!!!!!) as urgências de grandes hospitais, e a imagem com que fico é bem má!
Aliás a primeira diferença entre as 'fílmicas' e as nossas, é que nas outras, há um acompanhante que está junto do doente - por vezes até quando o estão a salvar o que me faz impressão - e nas nossas o segurança do hospital só deixa entrar o doente.
O acompanhante fica a roer as unhas horas e horas cá fóra à espera.
Olha, olha! Este morreu e o outro que, sendo muito resistente, tempos depois vomitou uma compressa pequena, dois ganchos e fio de sutura e ainda lá tinha uma tesoura com 20 cm
Isto é um espanto!!!
E neste último caso parece que a culpa foi da enfermeira...
Se calhar há para aí muitos mais casos que nem se sabe o que se passou.
O caso que contas aqui, como tinha a família ao pé a coisa deu para o torto. Se fosse um idoso que estivesse ali sozinho, morria e pronto!
Ainda fui ler o link que a Mary deixou.
Escandaloso!
Uma das coisas positivas que os EUA têm é aquela coisa das Seguradoras e as indemnizações.
Nestes casos, a tal indemnização seriam tão brutal, que as pessoas tinham de ter mais cuidado com o que faziam!
Mas não se esqueçam que as séries são ficção da pura!!! Aquilo lá também não é flor que se cheire, e se o desgraçado não tem seguro de saúde, Deus o acuda!
Tens razão Raphael, e com certeza que «por lá» também se passam coisas deste tipo - num pais tão grande a percentagem de erros destes deve ser maior do que o nosso. Mas não nos consola nada. Este caso aqui relatado é revoltante. Deixar-se morrer uma pessoa DENTRO de um hospital! E o pobre a queixar-se...
Custa acreditar.
Vinha dizer mais ou menos o que o Raphael e o King disseram. O "modo americano de vida" é um ecrã onde se projecta o que se quer... e eu sei que aquelas séries são cinema.
Mas esta história é de arrepiar! E são capazes de se lamentar que ficam com a carreira arruinada! Não deviam era ter tido 'carreira' para começar!
Tudo como é sintetizado pela Emiéle, no fecho.
No outro escrito ia a dizer o que tinha sido a minha vida e não acabei, porque a irritação foi maior. Já não suporto aquelas notícias e o ênfase que se lhes dá, gente daquelas só merece despreso que é o que eles sempem por nós.
Mas hoje, eu andei na agricultura, foi a parte que ficou por fazer, quando da mudança, o arranjo do quintal e das árvores que o habitam. Andei na limpeza de laranjeiras, incenceiros, ameixeiras e goiabeiras. Enfim põr tudo em condições para na Primavera, tudo começar a florir e a ficar bonito.
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