Modas...
Só pode ser uma moda.
Desde há uns tempos que as notícias de diversos acontecimentos, acrescentam à narração do mesmo, a profissão exercida pelos seus intervenientes.
É evidente que muitas vezes a profissão é necessária ou interessante para se entender bem uma notícia. Ainda hoje escrevi um post a brincar com o facto de um GNR ter detido um PSP. Faz sentido referir isso. Nas diversas notícias que tem aparecido de alunos ou os seus pais a agredirem professores, tem interesse saber que são professores ou a notícia não ficava clara.
Mas a verdade é que a moda é a profissão acabar por substituir o nome ou a identificação da pessoa.
O primeiro caso que me recordo ter considerado absurdo, foi na telenovela do caso da menina de Vendas Novas, falar-se por sistema no pai adoptivo da menina como “o sargento”. Certo, o homem é sargento, e depois?... Mas esse foi o primeiro caso de que me lembro, porque desde então é frequente ao relatar-se seja o que for, definir os seus protagonistas pela profissão.
Experimentem dar uma vista de olhos pelos jornais e vejam se eu não tenho razão. Ainda hoje:
Ex-árbitro suspeito de esfaquear bancário
Vai-se a ver e se, como se lê no final da notícia, a cena se passou à porta de um apartamento e se pode ter tratado de um "ajuste de contas relacionado com questões de natureza financeira e verificado num quadro de contornos passionais", o que interessa se um dos indivíduos era árbitro e o outro bancário…? A não ser o pormenor de o agressor, o tal árbitro, justificar a presença de uma navalha como “uma recordação ligada à actividade profissional que exerceu”.
E a gente a pensar que era o apito.
Desde há uns tempos que as notícias de diversos acontecimentos, acrescentam à narração do mesmo, a profissão exercida pelos seus intervenientes.
É evidente que muitas vezes a profissão é necessária ou interessante para se entender bem uma notícia. Ainda hoje escrevi um post a brincar com o facto de um GNR ter detido um PSP. Faz sentido referir isso. Nas diversas notícias que tem aparecido de alunos ou os seus pais a agredirem professores, tem interesse saber que são professores ou a notícia não ficava clara.
Mas a verdade é que a moda é a profissão acabar por substituir o nome ou a identificação da pessoa.
O primeiro caso que me recordo ter considerado absurdo, foi na telenovela do caso da menina de Vendas Novas, falar-se por sistema no pai adoptivo da menina como “o sargento”. Certo, o homem é sargento, e depois?... Mas esse foi o primeiro caso de que me lembro, porque desde então é frequente ao relatar-se seja o que for, definir os seus protagonistas pela profissão.
Experimentem dar uma vista de olhos pelos jornais e vejam se eu não tenho razão. Ainda hoje:
Ex-árbitro suspeito de esfaquear bancário
Vai-se a ver e se, como se lê no final da notícia, a cena se passou à porta de um apartamento e se pode ter tratado de um "ajuste de contas relacionado com questões de natureza financeira e verificado num quadro de contornos passionais", o que interessa se um dos indivíduos era árbitro e o outro bancário…? A não ser o pormenor de o agressor, o tal árbitro, justificar a presença de uma navalha como “uma recordação ligada à actividade profissional que exerceu”.
E a gente a pensar que era o apito.
12 comentários:
Andas a contradizer-te rapariga...Afinal sempre é útil saber que os árbitros usam navalha e que esfaqueiam bancários por razões financeiras...essa do "quadro passional"também é relevante nos casos particulares dos árbitros e dos bancários...quem não fica danado com uma má aplicação financeira ou com uma imobilização de dinheiros?Secalhar só a apitar não dá...e depois nem toda a gente pode demitir-se com aquela dignidade de quem roubou cidadãos a vida toda com o beneplácito da água benta.Isso é só para alguns...os outros "apitam" de navalhada...AB
Total e incondicionalmente de acordo com o que dizes.
Só uma precisão: A menina, do sargento, é de Torres e não de Vendas, (Novas).
Caso raro e nunca visto eu chegar aqui antes da Joaninha!!! A AB e o Zé P. já eu sei que são madrugadores, mas a Joaninha costuma andar-lhes logo no encalço.
Quanto ao que dizes, é um tic jornalístico, é claro. Alguém um dia achou que se usam títulos (Dr. Eng. Arquitecto...) também era justo que dissessem alguma coisa de quem tinha outras funções, e cá vem o carteiro, o sargento, o informático, o árbitro...
Ainda hoje o título do 24 horas, ou Correio da Manhã era exactamente «menina retirada ao sargento depois do Natal», mais ou menos (não fixei bem).
:)))
Oi pessoal! Saúdo especialmente a AB, que ao fim deste recolhimento de alguns dias, reapareceu. E com o seu estilo inconfundível...
De resto, Mary, olha que acontece. Eu abro o Pópulo, ritualmente, logo de manhã, mas nem sempre consigo tempo para dizer de minha justiça.
Este tema já o tinhas tocado, de outra forma, mas exactamente por causa do tal pai da menina-adoptada-que-o-não-é. Era esquisito que este fosse «o sargento» e o outro não fosse «o electricista» ou lá o que o senhor é.
Esta notícia que citas é espantosa!!!
Para além "dessa coisa" das profissões das pessoas que não interessam para nada, gostei da justificação do outro : "estava longe de imaginar que o o homem tinha caído em cima de uma faca"!!!! De facto, que coisa estranha estar uma faca no chão e virada para o ar, na altura em que um tipo cai. Ele há coisas. Caso para o CSI, decerto.
Desta vez perdi-me na relação da grvura com o post. Costumo apanhar a ideia logo (e aliás uma das coisas de que gosto neste blog é da tua «mania» e ilustrares sempre o que dizes) mas hoje estou com dúvidas.
A gravura é bem bonita, por sinal, mas o que pretendes é dizer que as pessoas são "pessoas" no seu dia a dia e não pela profissão? Foi a leitura que fiz, mas desta vez não sei.
Estou aqui desde manhã a pensar se conto uma história real ou não...é que ás vezes a profissão pode distinguir as pessoas especialmente se tiverem nomes iguais...Como já disse sou cada vez menos militante do que quer que seja, embora não renegue as causas porque me bati e, provavelmente ,se surgir uma pela qual ache que vale a pena, vou á luta...bom,isto para dizer que em determinada altura o meu nome era bem conhecido em determinados meios.Passaram os anos e houve quem dicidisse fazer uma homenagem a pessoas que naquela determinada causa tinham dado o litro o meio litro ou os decilitros que podiam (é sempre dificil arranjar uma medida para estas coisas)e telefonaram-me para saber se eu enfim estava disposta etc,etc,.Nestas coisas das organizacões há sempre uma gente muito activa mas que pensa que a história começa só quando eles ou elas chegam ás coisas e além de terem chegado "aboletam-se" e transformam rapidamente as causas em empregos,logo há que defender o empregador seja ele o patrão, a igreja ou o partido.Ora bem quem me falou foi uma dessas que depois de obter um "sim" assim para o hesitante me dispara."Por acaso não tens um apelido intermédio?"Como nunca ninguém me tinha perguntado tal coisa vislumbrei uma piada a alguma remota origem aristocrática, coisa que nas causas é pior que bater na avó,e respondi a medo, "tenho, mas ninguém me conhece por aí...mas porquê?Resposta :"è que no nosso(igreja, partido, organização) há uma pessoa com o mesmo nome e era para não haver confusões.Bom,a confusão começou mesmo aí e acabou mal e passei a explicar que a pessoa em questão(que é porreira)era mais nova e que eu iria estar muito atenta ao que ela dizia não fosse por acaso não coincidir com aquilo que eu pensava e não fosse o resto do mundo pensar que era eu(devo dizer que a confusão ainda hoje se gera).E mandei ás urtigas a homenagem que isto de homenagens com identidades "ad hoc" não são comigo.Ora aqui está um caso em que a profissão tinha salvo o assunto.AB isto,AB aquilo e não havia confusão nanhuma.Mas enfim como o dito acontecimento era na Praça da Ribeira não se perdeu grande coisa...gosto mais dela nos bailes dos velhotes.AB
Olá Joaninha e olá King e olá os outros todos já agora.AB
Eu não dizia que a AB faz falta...?!
(onde é que eu já ouvi isto?)
Uma notícia que algum dia poderemos encontrar, embora deseje que não seria.
"Desempregado come ministro"
Tens muita graça Joaninha.!..AB
Ruuuuui!! mas que ideia, essa :) Alguma vez "desempregado" é profissão?
Olá AB. Essa história é espectacular! lata de algumas pessoas é igual à sua cegueira.
Zé Palmeiro - tens razão. Não sei como troquei as terras, deve ter sido por causa das «Novas» :)
King - realmente o azar do outro em cair em cima da faca dele, perdão, da faca que estava no chão...
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