quarta-feira, novembro 14, 2007

O Sal

Este foi um golpe baixo, para mim!
Até aqui as críticas ao alimentos que habitualmente consumimos, não me tem tocado muito porque, mais coisa menos coisa, não está muito longe dos meus hábitos. Não aprecio muito fritos, gosto de legumes e fruta, como várias vezes por dia e não muito de cada vez, enfim, espontaneamente «porto-me bem» e sentia-me segura em como não precisaria de alterar muito a minha dieta para manter a saúde.
Mas agora vêm-me com o sal!
Grande derrocada nas minhas convicções. Parece que nós
gastamos 1,3 a 2 vezes mais sal que muitos dos outros europeus
Ai, ai, ai…
Até o pão.
Aqui há bastante tempo a
Saltapocinhas escreveu lá no seu blog que o padeiro onde se abastecia tinha estado de férias ou coisa assim, e durante esse tempo ela estranhou muito porque achava que o pão que comprava noutros locais era ‘salgado’. Estranhei. Mas pelos vistos é mesmo assim – o nosso pão habitual, é salgado!
Para não falar no queijo de que tanto gosto, nos enchidos, etc, etc.

"A dependência do sal é uma das piores toxicodependências dos portugueses" diz um médico especialista, e ainda continuam a assustar-nos afirmando que «em Portugal se morre mais por AVC do que por doença coronária».

Comida insonsa…?
Já me estragaram o dia, logo de manhã!

10 comentários:

Farpas disse...

Eles querem reduzir tudo o que tenha a ver com sal... incluindo o SALário...

cereja disse...

Tás a ver?
Dantes o sal era tão precioso, que era uma «moeda» de pagamento. Como é que deu uma volta tão grande...?
Mas, enfim, aceito (que remédio...) mas lá que me custa, isso custa.
Para nós, portugueses, o sal realça o sabor. Para mim a comida sem sal não sabe a nada.

Anónimo disse...

Ele há uns 'substitutos'. As ervinhas que dão sabor, etc e tal.
E assim como há açúcar que não é açúcar, também se vende um sal que não é sal. Caríssimo, é claro, mas...

Mas dizes bem: e o queijo?... Ai,ai,ai...

Anónimo disse...

Mas não é sem sal -é com pouco sal e mais ervas (daninhas já temos).E depois há por aí um negócio da chamada "flor de sal"muito na moda.AB

josé palmeiro disse...

Sobre isto, vou falar a sério. Não que outros o não tenham feito, antes de mim, só que abordando outros vectores do problema.
Eu, já tive um AVC.
Eu, já fiquei sem a mão esquerda, temporariamente porque a fisioterapia me ajudou a recuperá-la.
Eu comia tudo e muito bem temperadinho, enchidos, queijinhos, etc., etc,.
Hoje como sem sal!
Ainda usei as tais ervas, para enganar, mas habituei-me ao sabor dos alimentos e creiam que é uma agradável descoberta.
Como não sou radical, uma vez por outra, mas muito poucas, abuso e mato saudades do tempo em que comia de tudo.
Com tudo isto, mantenho a pressão equilibrada, com a ajuda de farmacos e da dieta, sem sal, que convenhamos é, em Portugal, um abuso.

Anónimo disse...

Também vinha lançado para falar na tal «Flor do Sal», que é tudo aquilo que o sal vulgar não é!!! Uma beleza. Dizem que «A flor do sal contém todos os 84 oligoelementos e micronutrientes encontrados no mar. Um nível adequado deste sal é muito importante para o bom funcionamento do nosso organismo.»
E cá vem:
• Uma dieta com pouco sal para o tratamento da pressão alta é uma desgraça baseada em um dogma e não em provas.
• Uma dieta com restrição de sal pode aumentar a pressão sanguínea.
• A falta de sal pode acelerar o envelhecimento e a degeneração celular.
• A falta de sal pode enfraquecer a saúde, causar problemas hepáticos e renais e um forte esgotamento adrenal.
• Uma dieta sem sal cansa os músculos do coração e pode causar um enfarte.
• O poder de cura da flor do sal equivale a vitamina C, vitamina E e muitos outros nutrientes.
O que querem mais...?

Anónimo disse...

Esperem, esqueci-me de falar no preço! Não fui ao Supermercado portanto só tenho aqui à mão a net, e vejo ali valores de 2,50 € mas creio que é por um frasco pequeno, não é um quilo...
Resumindo e concluindo, com esse preço só mesmo para polvilhar ligeiramente a comida, talvez quando já estiver no prato.

(Li agora o Palmeiro, e o depoimento dele assusta um pouco... Se calhar é como com os fumadores, só com um susto se deixa de fumar! Eu como tenho tido a tensão bastante baixa, não me tenho ralado, mas...)

josé palmeiro disse...

Caro King, susto não tive, pois o que aconteceu é que me levantei, tinha passado uma noite bastante agitado, dirigi-me à casa de banho e não consegui abrir a porta, a mão não obedecia, pura e simplesmente. Tomei banho, meti-me no carro e disse á minha mulher: "Telefona para o Jardim de Infância e diz que hoje não vais trabalhar, pela razão de me acompanhar. Conduzi até ao Centro de Saúde, onde fui imediatamente assistido pelo meu médico de família e a tensão arterial era só 23/15. Não d´para assustar, dá para morrer. Depois dos procedimentos competentes, fui evacuado pae o Hospital de Évora, onde fui internado no serviço de cardiologia, e por lá estive três semanas.
Agora para assustar é estar na enfermaria e ver chegar um rapaz de trinta e poucos anos com um AVC hemorrágico e todo apanhado, de forma totalmente irreverssível.

Anónimo disse...

Mas já devia haver sinais de hipertensão, não? Até ao momento estava tudo perfeitamente normal?
Acontece muito uma pessoa sobretudo se é jovem nem pensa em fazer chekups e coisas dessas. Mas penso que se nós com os carros verificamos a pressão dos pneus, vemos o nível do óleo, para além de fazermos as revisões periódicas, com o nosso corpo devíamos ter um cuidado semelhante.
Claro que se os especialistas dizem só podemos é aceitar, mas dão a Dinamarca como exemplo, e se a comida de lá tem pouco sal (pode ser, mas comem aqueles peixes fumados que parecem salgados...) também é certo que bebem como peixes, e se alcoolismo cá é grave, nessas terras a «cultura do Pub» é o que sabemos. Não dá saúde, de certeza!
Bem, pelo que vê ali, nós morremos de AVC e eles de doença coronária... Entre os dois...não queria escolher nenhum.

josé palmeiro disse...

Há uma certa razão no que dizes, amigo. Na verdade já havia indícios de tensão alta, aliás era hereditário.
Mas esta, foi só a minha experiência e não me coibo de comer e beber, só que agora, com muito mais cuidado e moderação.