Demasiados acidentes
É lamentável que seja necessário ter havido acidentes terríveis, mortais e aparatosos para se voltar a falar e reflectir sobre a segurança nas estradas.
Por um lado há a tendência a fazer ‘julgamentos sumários’ sobre culpas, e isso reflecte-se não apenas na imprensa tablóide mas em toda ela e depois, como bola de neve, todos damos a nossa opinião. Falo por mim que já disse as minhas sentenças, com base em coisas que «ouvi» e depois de ler alguns relatos vi que estava enganada no juízo que tinha feito.
Contudo, algumas coisas começam a aparecer tal como a responsabilidade dos municípios nalguns casos de acidentes nas cidades.
Que os nossos condutores têm imensas culpas no cartório, isso nem se discute. Estamos todos de acordo, incluindo esses maus condutores quando falam nos «outros». Acelera-se estupidamente, fazem-se ultrapassagens arriscadas, muitas vezes nas cidades há gente de volante nas mãos que parece andar a praticar uma gincana com prémio no final.
Por outro lado os peões também não têm uma cultura rodoviária decente. Atravessa-se no sítio que dá mais jeito, seja ou não passadeira. Muitas vezes a passadeira esta a poucos metros de distância, mas ali é mais a direito… Não direi que seja toda a gente mas é uma enorme percentagem!
E quanto ao critério de distribuição de passadeiras também tem muito que se lhe diga. Muitas vezes parece completamente ao acaso, ou segundo o gosto do calceteiro daquela zona – tanto pode haver duas em cada quarteirão, como uma rua enorme com uma em cada ponta!
Mas que parece que, pelo menos por agora, os responsáveis ficaram preocupados, isso é certo. Até, imagine-se, a Governadora Civil de Setúbal deu prendas aos condutores : «cartas personalizadas e estrelas aos condutores que atravessaram as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama» e já tinha distribuído flores.
A ver se resulta….
Por um lado há a tendência a fazer ‘julgamentos sumários’ sobre culpas, e isso reflecte-se não apenas na imprensa tablóide mas em toda ela e depois, como bola de neve, todos damos a nossa opinião. Falo por mim que já disse as minhas sentenças, com base em coisas que «ouvi» e depois de ler alguns relatos vi que estava enganada no juízo que tinha feito.
Contudo, algumas coisas começam a aparecer tal como a responsabilidade dos municípios nalguns casos de acidentes nas cidades.
Que os nossos condutores têm imensas culpas no cartório, isso nem se discute. Estamos todos de acordo, incluindo esses maus condutores quando falam nos «outros». Acelera-se estupidamente, fazem-se ultrapassagens arriscadas, muitas vezes nas cidades há gente de volante nas mãos que parece andar a praticar uma gincana com prémio no final.
Por outro lado os peões também não têm uma cultura rodoviária decente. Atravessa-se no sítio que dá mais jeito, seja ou não passadeira. Muitas vezes a passadeira esta a poucos metros de distância, mas ali é mais a direito… Não direi que seja toda a gente mas é uma enorme percentagem!
E quanto ao critério de distribuição de passadeiras também tem muito que se lhe diga. Muitas vezes parece completamente ao acaso, ou segundo o gosto do calceteiro daquela zona – tanto pode haver duas em cada quarteirão, como uma rua enorme com uma em cada ponta!
Mas que parece que, pelo menos por agora, os responsáveis ficaram preocupados, isso é certo. Até, imagine-se, a Governadora Civil de Setúbal deu prendas aos condutores : «cartas personalizadas e estrelas aos condutores que atravessaram as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama» e já tinha distribuído flores.
A ver se resulta….
6 comentários:
Emiéle, pego só num ponto que focas logo de início: afinal o que se passou? Como dizes tanto se diz que as causadoras dos acidentes fugiram, como foram calmamente a conduzir um carro, como ficaram em choque, como...
Por vezes a opinião pública na pressa de encontrar responsáveis pode ser bem cruel. Tenho lido as coisas mais contraditórias.
De qualquer modo, é certo que houve sempre excesso de velocidade, mas sei de países onde o limite de velocidade nas estradas é até superior à nossa e não há tanto azar..!
Eu, não saberia dizer melhor. Focas com precisão os problemas que, associados, resultam no caos em que vivemos.
Realmente nem sei quem tem mais culpas. Os condutores é um «ver-se-te-avias»!!! Passar com sinais vermelhos, manobras perigosas, ultrapassagens sem visibilidade, velocidade excessiva, um cacharolete de disparates.
Os peões muitas vezes imaginam que estão numa arena a tourear um touro. Passam fora das passadeiras, também passam nas passadeiras quando está vermelho para peões, por vezes provocadoramente passam a arrastar os pés nas passadeiras para fazerem os carros esperar - assim que chegam ao outro lado começam a andar bem ligeiros...
O incivismo é a moeda corrente.
Realmente nem sei quem tem mais culpas. Os condutores é um «ver-se-te-avias»!!! Passar com sinais vermelhos, manobras perigosas, ultrapassagens sem visibilidade, velocidade excessiva, um cacharolete de disparates.
Os peões muitas vezes imaginam que estão numa arena a tourear um touro. Passam fora das passadeiras, também passam nas passadeiras quando está vermelho para peões, por vezes provocadoramente passam a arrastar os pés nas passadeiras para fazerem os carros esperar - assim que chegam ao outro lado começam a andar bem ligeiros...
O incivismo é a moeda corrente.
Ainda hoje reparei: na estrada que liga a Praça de Espanha à Universidade Católica (não me lembro agora do nome) só há uma passadeira junto à Praça de Espanha e outra junto à U.C.
Asneira, é claro. Mas, também é verdade que numa via onde se anda depressa, (porque o certo é que há três faixas de rodagem o que permite andar um pouco mais depressa) quando passei por lá contei 3 pessoas a passarem completamente fora do sítio!!!!!
(não foi de propósito que escolhi a foto de um semáforo que não deixa virar à esquerda...)
Resumindo e concluindo: civismo e educação precisam-se, não é?
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