terça-feira, novembro 13, 2007

Boas contas

São dois títulos de primeira página no DN. Imagino que este alinhamento vai fazer o nosso Primeiro dar alguns pulos de irritação (será que ele pula de irritação, ou é ‘superior’ a isso?) mas, sendo um pouco de malandrice, do ponto de vista jornalístico não vejo nada de mal. São factos.
Ficamos a saber que O Ministério da Justiça adquire viaturas de luxo . Taditos, bem deviam precisar. Os carrinhos estavam a cair da tripeça, e qualquer dia ficavam apeados na estrada, não é? Compraram uns carrinhos por cerca de 176 mil euros, por ajuste directo, sem recurso a concurso público. Nada de estar para aí a empatar, que estas compras antes do Natal saem sempre mais em conta…
Bom, mas tem de se arranjar dinheiro para estes «alfinetes» portanto nada mais natural que sejam as estradas, esse local por onde se irão deslocar os automóveis, a pagar. Assim ficamos a saber que as estradas vão pagar rendas de milhões de euros .
Houve um interessante negócio, o Estado vendeu as nossas estradas por 92 anos às "Estradas de Portugal", e recebeu uns trocos: aí uns 600 milhões de euros.
Já deve chegar para uns tantos carritos topo de gama.
Foi um negócio bem feito das cabecinhas pensadoras.

7 comentários:

Anónimo disse...

Essa coisa é das mais incríveis! Quem tem uma ideia mais realista do que se passa na Administração Pública sabe que a disparidade entre os carros existentes reflecte um pouco o que se passa na nossa sociedade.
O 'maralhal', ou seja a malta que precisa de se deslocar em serviço para zonas atrás do sol posto onde não existe outro transporte senão o carro, tem para seu uso o parque automóvel mais degradado e envelhecido que se pode imaginar. Os carros dos Serviços que os têm para uso diário, tem dezenas de anos e estão a cair aos bocados. (para além de não terem seguro, porque o Estado não se segura a si próprio)
Depois, o ponteiro gira 180º, e as carros das Excelências, são topos de gama de último modelo!!!! Até como aqui se conta, tipo limosine.
Terceiro mundo?? Não?

Anónimo disse...

Sempre tinha ouvido, que sobretudo no Ministério da Justiça e Administração Interna, iam usando os carros apreendidos, e que eram óptimos.
Pelo que se vê, agora piam mais alto. Limousine, heim?... Coisa chic.

Anónimo disse...

às vezes penso que andamos sempre a bater no mesmo, mas... eles é que se põem a jeito, não é???
Este caso vai dar que falar, mas de quem foi a culpa. Então quando faltam coisas básicas por falta de verba, vão comprar carros?????

josé palmeiro disse...

Pois é King, eles põem-se a jeito, nós batemos, mas o resultado é sempre o mesmo. Raphael, era essa, efectivamente, a versão que corria, e fazia todo o sentido. Imensos carros de último modelo, apreendidos, que apodrecem e são aliviados dos seus componentes, mais rentáveis, nas garagens que os acolhem, anos sem conta, à espera de uma decisão judicial. Quanto a ti, Joaninha, minha amiga, o que afirmas é a nossa sina e conpete-nos a nós e só a nós inverter a situação. A questão, que falas, dos seguros é assim mesmo. Por fim dizer à Emiéle a pertinência deste alerta, aliás como sempre.

josé palmeiro disse...

Com a prosa esqueci-me de referir a única coisa que acho mal, no post. A ilustração, e só por uma razão: Os pratos da balança deviam estar desalinhados, só assim fazia sentido.

Anónimo disse...

O homem, este Costa da Justiça ,parece fazer sempre um frete tão grande em ser ministro tem que ter alguma compensação,coitado, para aguentar o intenso sofrimento que demonstra em estar no cargo (aquele esgar tb.pode ser ulcera.Digo eu.).AB

cereja disse...

(Por acaso quando escolhi o boneco parecia que o prato do lado direito estava um tanto torto, mas é certo que lá o fiel parece correcto)
Joaninha, é isso mesmo. A frota da arraia miúdo é uma lástima, depois os senhores directores de serviço para cima, upa, upa. E chegando aos VIPs é o que se vê.
Quanto ao ministro realmente costuma ter uma cara de sofrimento isso é certo. Tadinho...