quarta-feira, outubro 10, 2007

Pena Morte



Hoje deve ser o Dia Mundial Contra a Pena de Morte
Contudo, pela atitude da Polónia, na Europa não se fala a uma só voz e não poderemos ter o «Dia Europeu contra a Pena de Morte» e sim uma aproximação – Dia contra a Pena de Morte …a nível do Conselho da Europa. Ontem tinha falado das minhas dúvidas sobre o caminho que a Polónia segue, e este exemplo só vem confirmar a que ponto podem conduzir os fundamentalismos.
Portugal quanto a isso pode ter a satisfação de ter sido pioneiro. Na Europa, creio que só São Marino se nos antecipou, até a progressiva Holanda aboliu a pena de morte depois de nós!
O site da Amnistia Internacional para além dos números conta-nos histórias, e isso deveria abalar a nossa consciência.
Apesar de sabermos que este caminho é irreversível e que dentro de anos em todo o mundo se vai considerar que o Estado não pode descer ao nível dos seus criminosos (mesmo que comprovadamente o sejam) a verdade é que a velocidade com que se percorre esse caminho é importante, porque quanto mais tempo se for perdendo mais execuções se continuam a fazer. E isso tem de parar!

8 comentários:

Anónimo disse...

Vê lá tu o que um só país pode fazer no conjunto dos países...Não se percebe que para outras coisas a mesma coisa não se faça sentir...Ou será que os países não se "sabem"fazer ouvir?AB

Anónimo disse...

Já ontem, alguém, creio que o Zorro ou um dos 'habituais' tinha dado o lamiré no teu post sobre a Polónia.
Filhos da.....!
Como aqui dizes, a m**** dos fundamentalismo religiosos são iguais em toda a parte.

josé palmeiro disse...

Não gosto dos Dias, de...
Ou nós, enquanto sociedade, assumimos todos os dias e moldamos o nosso comportamento em torno do bem, do humanismo, sem persupostos, ou então, não vamos a lado nenhum. Quanto à pena de morte, estamos aqui a falar da institucional, e a/as outras, aquelas que se vão praticando, a par a passo, cada vez num ritmo mais acelerado? Darfur, por exemplo? Iraque? Afeganistão? Uma qualquer rua duma qualquer cidade? Uma dependência de qualquer lar? E por aí fora...

Anónimo disse...

o facto de Portugal ter sido dos primeiros países a abolir este resquicio medieval é de facto um orgulho nacional e tenho gostado de ver a pena de morte na ordem do dia pois ainda há países (demais) que a aplicam e é um assunto que ao ser discutido pode trazer mudanças.
Quanto aos polacos estou como tu, não conheço muito e as poucas noticias que oiço são sempre bizarras, desde os gémeos à liga das familias mas tudo com um substrato muito conservador e católico-conservador.

Anónimo disse...

ena, não queria pôr tantos adjectivos "conservador" mas foi um lapsus e é assim que fica.

Anónimo disse...

Graças ao Senhor que esta caixa de comentários tem de vez em quando divergências.! Uff...
Desta vez não concordo com o Zé Palmeiro. Evidente que se encararmos um «Dia de ...» como o cumprir uma obrigação com qualquer coisa e depois disso lavarmos as mãos, é claro que ninguém concorda. Mas os «Dias de...» servem para CHAMAR A ATENÇÃO, e não para resolver nada. Pelo menos alguém pode ficar sensibilizado por um problema, porque foi despertado para a sua existência no Dia de. Não quer isso dizer que chegue. Quer dizer é que a partir daí pode haver mais gente a pensar no caso, que sem esse Dia nem nunca se tinha detido a pensar nisso...
É por isso que em geral não sou nada contra os Dias de.
Em concreto no caso da Pena de Morte, também penso que sendo evidente que os casos que o Zé cita são de bradar aos céus e nunca podem ser esquecidos, o facto de ainda haver bastantes países que se julgam no direito de pagar olho por olho, e assassinar através da «Justiça» deve ser denunciado e trabalhar-se para que tal acabe.
Quanto à Polónia... sem palavras!

josé palmeiro disse...

Mas King, o que eu queria dizer é que para mim, "TODOS OS DIAS", são dias de, tudo o resto é hipócrisia, quando o que vemos, quotidianamente, é o que descrevo, com os governantes a não saberem de nada e a desresponsabilizarem-se, de tudo.

cereja disse...

Claro que não, AB. Tá na cara que para muitas outras coisas os países sobretudo os pequenitos, não se fazem ouvir.
Zé Palmeiro, entendo a tua posição, realmente muitas vezes parece que os responsáveis «lavam as mãos» com a instituição de «um dia de...». Isso é um mau princípio. Contudo também percebo o que o King quer dizer. Sem pensarmos em responsáveis e em governos, para o cidadão anónimo, é um modo de o despertar para certos problemas que lhe podiam passar ao lado.
Pedro Tarquínio, olá!!! De vez em quando sempre dás um ar da tua graça, e eu agradeço... :D Lá os polacos mais os gémeos não me parecem que cheirem a rosas, mesmo que se esforcem, aqui não cheira bem. A não ser o «odor de santidade», da santidade oficial da Santa Igreja Apostólica Romana.
Huuummm...