Dá que pensar
Parece que o sistema de apoio à família de que «beneficiamos» é tão bom ou tão mau, que já mais de 50 empresas incluem na folha de remunerações dos seus trabalhadores um "cheque" destinado a co-financiar as despesas com as creches dos seus filhos.
É o ovo do Colombo.
Por um lado, para essas empresas «é uma forma de isentar parte da remuneração das contribuições para a Segurança Social» que evidentemente que vai ficar mais enfraquecida mas não faz nada para o evitar, e por outro, para os trabalhadores é um recebimento «em espécie» que lhes dá muito jeito pois ficam dispensados de pagar IRS.
Liberalismo?
É o ovo do Colombo.
Por um lado, para essas empresas «é uma forma de isentar parte da remuneração das contribuições para a Segurança Social» que evidentemente que vai ficar mais enfraquecida mas não faz nada para o evitar, e por outro, para os trabalhadores é um recebimento «em espécie» que lhes dá muito jeito pois ficam dispensados de pagar IRS.
Liberalismo?
6 comentários:
Esta é uma prática comum ,nestes moldes e noutros, nas empresas,sobretudo nas multinacionais.Seguros de saúde de grupo que se estendem a filhos menores,ou até criação de creches próprias qd.ultrapassam os 50 trabalhadores com filhos.O curioso é que as quantias são na proporção inversa da necessidade ou seja na proporção directa dos salários.Os que ganham mais tem maior percentagem de ajuda.,,AB
Acrescento que a "porca só torce o rabo"na altura do "despedimento" porque nada disto entra na nagociação de indemnizações,como por exmplo os 15ºmeses e bónus que são frequentes tb.não entrando na Segurança Social não são contabilizados para efeitos de reforma...e toda a gente sabe isto desde a própria Segurança Social,que perante provas ordenados ou suplementos de ordenado não declarados não actua,nem os próprios sindicatos que aconselham(oh,espanto)que um acordo mesmo mau é preferivel a um conflitoAB
As creches próprias é uma prática muito antiga. faz até algum sentido, a mãe vai para o trabalho e deixa o filho mais ou menos perto de si.
Achei curioso foi o «cheque creche» porque mataram-se vários coelhos de uma cajadada. Ajuda-se «o privado», foge-se aos impostos (e realmente se com os nosso impostos não se tem a resposta necessária, talvez tal se justifique) e não se tem esse problema a resolver pela própria empresa.
Os «seguros de saúde» que lembras bem, é exactamente o mesmo. Se a saúde pública não funciona, é um modo de arredondar o salário.
Olha, mas que seja!
Afinal, os impostos não deviam ser para dar condições aos cidadãos de saúde, educação, etc...? Se o não fazem, que se faça «pelas próprias mãos».
A AB tem razão quando chama a atenção para que a percentagem recebida é mais de acordo com o salário quando deveria ser na proporção inversa: quem recebe menos deveria ter mais para esses fins e o contrário, quem já recebe um salário decente não precisa tanto dessas 'ajudas'.
Bem visto o escrito e bem secundado pelos comentários, tanto da AB, como da autora. Situação a ser escalpelizada, até à exaustão pelos que hoje, embarcam nessa náu. Por mim, só posso ajudar, e estou cá para isso.
Essa dos auxílios ser na proporção directa dos salários, representa a inversão de tudo para que lutamos, uma vida.
É um truque.
Mas porque não...?
O negativo é (também me tinha lembrado disso) é nos despedimentos e indemnizações. Aí, só vale o que consta na folha.
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