sexta-feira, outubro 19, 2007

Continuamos à espera

Não é nenhuma novidade.
Com a saúde cada vez mais espartilhada, não seria de esperar que as famosíssimas «listas de espera» tivessem diminuído.
Só me admira que seja o Tribunal de Contas
a confirmar esse facto: o sistema não assegurou "os objectivos de equidade no tratamentos do utentes e de rentabilização da capacidade dos hospitais".
Pois não.

Viu-se ainda que «a articulação entre os centros de saúde e os hospitais, para a marcação de consultas de especialidade, provoca esperas de anos aos utentes» sendo o recorde, pelos vistos, em Faro onde se espera 5 anos…!

Mas… Tribunal de Contas?
O Ministério da Saúde não tem um Serviço que inspeccione estes casos? Afinal isso tem a ver com «contas»?...

6 comentários:

Anónimo disse...

Muitas vezes penso que generaliso demais por aquilo que se passa comigo. No outro dia tive uma troca de palavras mais impetuosa com uma amiga, aliás nada favorável ao governo, mas que tem um bom Centro de Saúde e um excelente médico de família já há muitos anos. Diz-me que praticamente não tem queixas e deu-me vários exemplos.
Mas sei que se há excepções (e acredito que haja várias) a regra é esta tanto assim que é o próprio Tribunal de Contas a dizê-lo. A resposta pelo SNS é de tal modo lenta que quem tem um pouco mais de posses mesmo com sacrifício, opta por uma resposta no privado.

Anónimo disse...

A pouco e pouco têm conseguido que a água chegue ao moinho. Já muita gente da classe média (ainda existe, tadinha?...) tem um seguro de saúde. Alguns um tanto mixurucas, mas vão dando para se recorrer a alguns serviços privados e haver uma resposta mais a tempo. E, se calhar, quando 8 décimos dos portugueses recorrerem aos Seguros, os 2 décimos podem vir a ter um atendimento decente no fraquíssimo SNS.

Anónimo disse...

Tribunal de Contas?Acho que é o tribunal errado.Devia ser o dos Direitos Humanos.AB

Anónimo disse...

Atão não tem a ver com Contas? A saúde é para render. Quando as «taxas moderadoras» foram superiores aos custos da actividade praticada, vais ver que até se deseja que todos adoeçam para se ter mais uns cobres lá nos cofres dos Hospitais.

josé palmeiro disse...

Dada a minha condição de transumante, não tenho médico, de família, o que é lógico, pois teria que ter, pelo menos, um no Alentejo, outro no Algarve e agora mais um nos Açores. A mim acontece-me por opção, mas à maioria dos portugueses, meus compatriotas, é o que vai acontecer com a dita "mobilidade", no emprego. Pelo menos dois, um no local de trabalho e outro no de habitação.
Tenho, felismente médicos amigos, e as urgências, que serão sempre a safa de quem escolheu este país para viver. Nada faz sentido. Se se está doente, deveria haver médico, e mais nada, para além de um serviço devidamente informatizado, onde fosse possível em qualquer hora e em qualquer lugar, saber o histórico do doente. Todas as outras inovações, são VELHAS!

Anónimo disse...

Bem visto.
Realmente deveria ser o Tribunal dos Direitos Humanos a tratar disto.
JP