Infecções nos hospitais
O senhor director-geral da Saúde, produz uma interessante e grave declaração: «Pelo menos sete por cento dos doentes internados sofrem infecções hospitalares devido a erros médicos», coisa que deixa uma pessoa abananada.
É que assim, para já, 7% parece uma grande percentagem.
Explica depois que «Controlar a resistência das bactérias aos antibióticos e lavar frequentemente as mãos» são medidas que podem chegar para que esta percentagem baixe. Parece simples demais. Lavar as mãos?
É interessante, ler os comentários que este artigo provocou porque é fácil de imaginar que grande parte deles é escrita por médicos. Reparem: 1-«O Dr Francisco George já trabalhou em algum hospital? Conhece a prática hospitalar? Seria interessante apresentar o estudo em que se baseou para tais afirmações»; ou 2-«muitos hospitais não têm condições mínimas para se lavarem as mãos...e isso não diz este sr director político» ou 3-«Já agora podiam também dizer que muitas das infecções hospitalares são transmitidas pelas visitas. À semelhança daquilo que existe no Reino Unido, deveria ser obrigatório lavar as mãos com uma solução asséptica à entrada do quarto dos pacientes. Para além disso, há muitos hospitais que têm muito poucas condições para os profissionais realizarem bem o seu trabalho e com diminuição do perigo para os pacientes». Interessante, não?
Por outro lado, se a DECO « identificou níveis de bactérias no ar superiores ao recomendado na maioria de 19 hospitais públicos e privados» parece que essa do ‘lavar as mãos’ é o que o Sr. Director Geral da Saúde está a fazer… metaforicamente.
É que assim, para já, 7% parece uma grande percentagem.
Explica depois que «Controlar a resistência das bactérias aos antibióticos e lavar frequentemente as mãos» são medidas que podem chegar para que esta percentagem baixe. Parece simples demais. Lavar as mãos?
É interessante, ler os comentários que este artigo provocou porque é fácil de imaginar que grande parte deles é escrita por médicos. Reparem: 1-«O Dr Francisco George já trabalhou em algum hospital? Conhece a prática hospitalar? Seria interessante apresentar o estudo em que se baseou para tais afirmações»; ou 2-«muitos hospitais não têm condições mínimas para se lavarem as mãos...e isso não diz este sr director político» ou 3-«Já agora podiam também dizer que muitas das infecções hospitalares são transmitidas pelas visitas. À semelhança daquilo que existe no Reino Unido, deveria ser obrigatório lavar as mãos com uma solução asséptica à entrada do quarto dos pacientes. Para além disso, há muitos hospitais que têm muito poucas condições para os profissionais realizarem bem o seu trabalho e com diminuição do perigo para os pacientes». Interessante, não?
Por outro lado, se a DECO « identificou níveis de bactérias no ar superiores ao recomendado na maioria de 19 hospitais públicos e privados» parece que essa do ‘lavar as mãos’ é o que o Sr. Director Geral da Saúde está a fazer… metaforicamente.
5 comentários:
Nem sei em que terra é que o senhor acha que está.
Entrar no «quarto do doente». ????? No quarto do doente? Quando os corredores das urgências estão atafulhados com macas e camas improvisadas?!!! E os doentes têm quarto ou enfermaria? Mesmo que sejam 'quartos' de 3 ou 4 camas essa desinfecção teria de ser feita ao passar de uma cama para outra, e muitas vezes são até os próprios doentes que passam objectos entre si.
É evidente que a desinfecção é uma norma tão óbvia que nem precisa de ser chamada à ordem, mas... o mal deve vir de muito mais acima.
Como comecei por dizer, basta passar um dia numa urgência (como é vulgar, basta ir lá por um motivo menor) para se vir contaminado por tudo e mais alguma coisa.
O ministro já falou diversas vezes disso.
Se assim é, os técnicos de saúde deveriam trazer à cintura um frasco de desinfectante que iam usando sempre que se dirigiam a uma pessoa diferente. Talvez assim.
Talvez ler de outra maneira. Seo director geral acha que, só, lavar as mão reduz da maneira que diz reduzir, façamos as contas e digamos o que reduziria se fossem cumpridos todos os outros parâmetros, de higiene.
Quando tive o AVC, fiquei por ali, pelos corredores, felismente não muito tempo, mas o tempo mais que suficiente, para me cruzar com as mais variadas patologias possíveis, e é certo que, nessas condições, as condições de higiene, não podem ser, as razoáveis.
Os Hospitais e centros de saúde são um tópico sempre arrepiante que nos coloca por vezes junto a países menos desenvolvidos e isso dói, porque fazemos afinal parte da UE. Desde que vivo na NL mais me apercebo do sistema caótico de saúde em Portugal. Aqui tb se queixam, é claro, mas eu sei que em Portugal infelizmente é quase sempre pior; não digo os médicos mas o sistema de atendimento, a infra-estrutura, o pessoal de apoio...Talvez achem interessante saber como funciona aqui, apesar de quererem fazer algumas mudanças no futuro. Os serviços de urgência dos hospitais, sem consulta marcada, são só para urgências imediatas como acidentes, roturas, ataques cardíacos…(nunca vi essa secção, porque tem uma entrada própria). Para ter consultas regulares diurnas, policlínicas, nos hospitais, temos de ir primeiro ao consultório do médico de família. A marcação é simples, liga-se nos dias úteis entre as 8:00-8:30 para ter consulta no mesmo dia ou no seguinte. Este médico avalia se acha necessário ir a um especialista ou fazer exames adicionais.
Todos os especialistas têm os seus consultórios dentro dos hospitais (geralmente 3 ou 4 por especialidade) e uma secretaria, com secretárias e enfermeiras de apoio, de acordo com a especialidade…É com as assistentes/secretárias que se marca a consulta por telefone das 8:00 às 17:00.. Não precisamos de madrugar, nem esperar horas. Vamos ao encontro marcado e somos atendidos, de acordo com o dia e hora da marcação antecipada…Simples, ou não?
Assim acho que já controlam melhor o fluxo caótico de pacientes e as bactérias/vírus provenientes de cada especialidade?? Como existe uma separação clara entra a secção policlínica (diária e diurna), as urgências e os internamentos, há tb menos mistura entre quem vem de fora e quem está internado ou nas urgências…
Sabes, Lia, o interessante é que em teoria esse processo tem algumas semelhanças com o que devia existir nos nossos Centros de Saúde. Realmente, em vários também se pode marcar a consulta por telefone a partir das 8 da manhã.
É assim, depois de se lutar uns tempos com a linha ocupada, conseguimos falar com a menina e fazer a marcação. Claro que o médico só está lá de manhã ou de tarde, de um modo geral, pelo que a partir de uma certa hora já está bloqueado. Mas marcam-nos a hora. Vamos para lá tentando ser pontuais, e depois somos atendidos duas horas depois!!! Porque uma coisa é a teoria e outra a prática!
De resto, é certo que muitos casos vão às urgencias não sendo «tão urgentes como isso» mas recorrem aí em desespero de causa, porque não conseguem ser atendidos em mais lado nenhum.
Claro que a «lavagem das mãos» decerto ajuda. Se as lavamos em casa antes de comer, depois de ir àcasa de banho e smepre que nos parecem sujas, por maioria de razão se deve fazer num Hospital. De estranhar são os comentários que nos informam que isso nem sempre é possível!
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